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Adubação verde em cultura perene promove vários benefícios

Modelo adotado em pomar citrícola da Unoeste serve ainda para outros cultivos em chácaras, sítios e fazendas


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Foto: João Paulo Barbosa Adubação verde em cultura perene promove vários benefícios
Santos em meio à plantação de crotalária
Foto: João Paulo Barbosa Adubação verde em cultura perene promove vários benefícios
Raiz da planta também interfere no solo
Foto: João Paulo Barbosa Adubação verde em cultura perene promove vários benefícios
Crotalária entre as linhas do laranjal


A florada da crotalária chama a atenção pela beleza, no bonito contraste do amarelo com o verde. As cores símbolos do ouro e da esperança, nesta época do ano enfeitam o espaço entre as linhas do pomar de laranja no campo agronômico da Unoeste. Mas, não é somente belo visual que essa leguminosa proporciona. Ela é poderosa. Oferece uma série de benefícios para as culturas perenes. Entre eles, a adubação verde. Um modelo que pode ser utilizado em chácaras, sítios e fazendas.

A planta de nome científico Crotalária spectabilis tem o ciclo vegetativo anual e o tempo de formação em 90 dias, quando floresce. Sua produção de massa seca é de 10 toneladas por hectare/ano e proporciona adubação orgânica ambientalmente correta, na qual a matéria seca devolve nutrientes ao solo. Assim, evita a adubação com componentes químicos, prejudiciais ao meio ambiente e à vida. É a chamada adubação verde, ambientalmente correta.

Ao virar massa seca, depois de cortada, além de nutrir, retém umidade (portanto, reduz o déficit hídrico) e protege o solo contra erosão. Quando está crescendo, suas raízes promovem a descompactação do solo, melhorando a densidade e promovendo a porosidade, o que facilita a oxigenação e aumenta a taxa de infiltração de água. Com isso, ocasiona o aumento de produção, não somente no caso da laranja, mas de outras culturas, em especial a fruticultura.

Suas flores atraem os insetos benéficos, como no caso das abelhas para a produção de mel. Ainda há outra vantagem: a de que não precisa ficar capinando o pomar. Os professores que trabalham com nutrição de plantas e fertilidade do solo nos cursos de Agronomia, como é o caso de Carlos Henrique dos Santos e José Eduardo Creste, apresentam os benefícios do ponto de vista acadêmico.

“Os nossos alunos estão envolvidos neste experimento, que a partir de agora, ocorre anualmente. A proposta de continuidade permitirá estudos comparativos. A crotalária está plantada numa parte do pomar, o que permitirá avaliar a diferença do manejo e a influência da leguminosa nas características química e física do solo. A graduação e a pós-graduação, lato sensu e stricto sensu, estão envolvidas”, conta Santos.

Conforme Creste, são realizados estudos sobre a absorção de nutrientes pelos pés de laranja. Os professores de nutrição e fertilidade, juntamente com o professor de fruticultura Pedro “Tomate” Veridiano Baldotto, estão empenhados em estimar a planta toda. “É algo inédito e que vai permitir a melhor aproximação nos programas de adubação da cultura cítrica”, comenta Creste.

No campo agronômico da Unoeste, instalado no campus II, são desenvolvidas várias culturas, como cana-de-açúcar, café, lichia, milho e laranja, com um pomar de 160 pés; de acordo com o responsável professor Paulo Claudeir Gomes da Silva. O próximo cultivo da crotalária resultará da semente, que ficará no solo após a florada, de tal forma que não haverá a necessidade de novo plantio da leguminosa, utilizada em regiões de clima tropical, que apresentam períodos de chuvas intensas.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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