Estudo oferta indicadores para educação especial e inclusiva
São contribuições para implementar políticas públicas de qualificação profissional e melhoria do ensino e aprendizagem

O Censo Escolar 2024 constata que somente um de cada três estabelecimentos com matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial oferece atendimento educacional especializado. Dado que atesta a importância de estudos nesse sentido.
E um estudo de doutorado recém concluindo oferece indicadores para esta modalidade educacional, com contribuições para implementar políticas públicas de qualificação profissional e melhoria dos processos de ensino e aprendizagem.
A tese “Construção colaborativa de indicadores para as políticas de formação docente na educação especial e inclusiva” revela ser necessário revisar as políticas dos processos formativos iniciais e continuados.
Revisão que implica na implementação de programas de políticas públicas, como a curricularização da extensão, a residência pedagógica e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), especialmente nos cursos de licenciatura.
“Além disso, é fundamental que essa proposta esteja integrada às políticas de formação local, levando em conta o contexto social e reduzindo a distância entre teoria e prática educacional”, pontua a autora do estudo, a pedagoga Rosana Cristina Miranda Dugois.
Diz ainda que, dessa forma, os futuros educadores poderão obter uma qualificação profissional que contribua para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Constatação extraída do estudo com seis pesquisas e em formato de artigos.
Coletânea de artigos
Na primeira delas, foram examinadas as deficiências teóricas e práticas que os docentes da educação regular enfrentam ao trabalhar com estudantes público-alvo da Educação Especial, definidos pela sigla EPAEE.
Também foram examinadas as técnicas adotadas para atenuar essas dificuldades. A pesquisa adotou uma abordagem analítica e interpretativa, utilizando análise documental e bibliográfica.
A segunda pesquisa, teve como objetivo analisar as políticas públicas e as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de licenciatura em pedagogia, focando nas iniciativas voltadas para a formação inicial e continuada dos educadores.
Análise que buscou compreender como essas ações se articulam e se consolidam para desenvolver competências docentes que favoreçam a construção de uma sociedade democrática e inclusiva.
Para isso, foi empregada a metodologia de revisão sistemática da literatura, além de relatos de estudantes do curso de pedagogia em uma cidade do interior de São Paulo, situada na região oeste do estado.
Avanço das pesquisas
A pesquisa três, mediante revisão bibliográfica, destacou a relevância e o avanço das pesquisas científicas sobre processos formativos de professores, administradores de políticas educacionais, questões internacionais e interculturalidade voltadas à inclusão.
Na pesquisa quatro, o objetivo foi compreender o ambiente organizacional relacionado às políticas públicas e às Diretrizes Curriculares Nacionais e do Estado de São Paulo, no que diz respeito à formação inicial.
“Essa análise se concentrou no diálogo entre três instituições de ensino superior (IES) de uma cidade do interior do noroeste paulista, utilizando análise de documentos e revisão bibliográfica”, explica a autora do estudo.
Na quinta pesquisa, o objetivo foi reconhecer os princípios fundamentais que orientam como aprimorar os documentos da Secretaria Municipal de Educação (SME) de uma cidade do interior de São Paulo, localizada a noroeste do estado.
Também o aprimoramento das Diretrizes Curriculares sobre estágios nos cursos de Pedagogia, em processo formativo e de enriquecimento da formação inicial e contínua para inclusão do EPAEE em turmas regulares; com suporte da educação especial.
Propostas e sugestões
Na sexta pesquisa, foram analisados estudos científicos, que se interconectam referenciando a tese e traduzem em propostas e sugestões de melhorias para o desenvolvimento de um trabalho docente com maior segurança e domínio.
Tudo isso relacionado ao EPAEE, em atendimento ao que preconiza as políticas públicas educacionais em relação à educação inclusiva, de acordo com as suas atribuições e diretrizes.
Rosana foi orientada pela professora doutora Elisa Tomoe Moriya Schlünzem e teve a sua tese aprovada para que possa receber o título de doutora em Educação, com elogios feitos pela banca examinadora.
Os avaliadores internos foram o professor doutor Ademir Henrique Manfré e a professora doutora Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos, ambos vinculados ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGA), pelo qual a Unoeste oferta mestrado e doutorado.
Foram avaliadoras externas: as professoras doutoras Kátia de Abreu Fonseca e Daniela Melare Vieira Barros, ambas vinculadas ao Programa de Pós-graduação Inclusiva da Unesp. A Dra. Daniela também tem vínculo com a Universidade Aberta de Portugal.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste