Mais de 200 alunos da Florivaldo Leal recebem ações de saúde
Estudantes de Medicina e de Odontologia da Unoeste, em Presidente Prudente, fizeram atendimentos na escola estadual na manhã desta quarta-feira (23)

Mais de 200 alunos da Escola Estadual Florivaldo Leal, na Vila Tabajara, em Presidente Prudente, passaram por uma série de orientações de saúde na manhã desta quarta-feira (23), por meio do programa Saúde na Escola - desenvolvido pelos cursos de saúde da Unoeste para prestar atendimentos na rede pública de ensino.
Ao todo, participaram cerca de 70 alunos do curso de Medicina e três estudantes do curso de Odontologia, que se dividiram em salas para fazer testes de acuidade visual (para identificar alguma disfunção de visão ou se há necessidade de óculos) e orientações sobre nutrição, dengue, saúde bucal e sexualidade.
Entre os atendimentos, o de acuidade visual é um dos que mais podem fazer a diferença quando se fala em dificuldades de aprendizado. “A gente faz o diagnóstico precoce. Esse exame fazer uma triagem melhor e ao detectar algum problema, a criança pode ser encaminhada para consulta. Sempre há uma grande porcentagem de estudantes com algum tipo de problema”, conta a professora doutora Talita Franco.
Prevenção e promoção de saúde
A ação faz parte do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp) e é realizada continuamente com as instituições de ensino da cidade.
“A gente desenvolve vários temas com os alunos das escolas públicas. Eles levam essas informações para casa, replicam para a família e isso, consequentemente, vai minimizar as doenças”, explica a professora Denise Vasconcelos de Jesus Ferrari.
Ela ainda destaca que apesar de alguns desses serviços estarem disponíveis nos postos de saúde, a ida das equipes até as escolas facilita o acesso. “Muitas crianças ficam integralmente na escola e não conseguem ir na unidade de saúde. Às vezes, elas buscam informações com os professores mesmo. Por isso, a gente vai até as escolas passar essas informações de forma dinâmica”, conta Denise.
A ação também serve até como um impulso profissional. “Muitos deles até sonham em ser médicos, dentistas, e o olho deles brilha quando chegamos. Por isso, eles param, prestam atenção, tiram dúvidas”, relata.
Aproximação com as necessidades da população
Esse sonho de ser médico já está mais próximo na vida do estudante Leopoldo Dahlem Bohn, do 3º termo de Medicina. Natural do Rio Grande do Sul, ele veio de escola pública e começou o curso por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Ele destaca como ações como as do programa Saúde na Escola estimulam todos de uma forma produtiva.
“Gosto muito desse contato com os alunos, sempre gostei de falar com criança. Hoje viemos falar de alimentação saudável com eles. Tentamos trazer uma abordagem mais dinâmica, com dados que podem servir como um gatilho para que eles possam estudar mais e ter uma alimentação saudável. Dá saudade de vir na escola! Então fazer o bem para essa galera é muito bom”, diz Leopoldo.
A estudante Isabella Bandeira, do 3º termo de Medicina, estava recebendo os alunos para organizar os atendimentos de acuidade. Ela também destacou como isso faz diferença na formação do profissional.
“É muito importante, porque a gente consegue aproximar a nossa realidade de outras realidades. Durante a faculdade, é muito importante se aproximar do nosso público”, explica Isabella.
Desafios da escola
A ação desta quarta-feira vem de encontro a vários desafios presentes no dia a dia escolar. A questão da alimentação saudável é debate constante dos professores, segundo a vice-diretora Soraia Veroneze.
“Hoje a gente percebe que eles preferem salgadinhos do que a comida que é feita de forma balanceada, por nutricionistas, na escola. É preciso ter essa educação alimentar desde pequeno, porque a inatividade e a obesidade vêm crescendo”, conta.
Ela reforça que a informação de qualidade, dentro do ambiente escolar, faz toda a diferença. “Em questão da sexualidade mesmo, é importante orientar os jovens. Por mais que se fale em casa, ter mais instruções é sempre bem-vindo. A internet tem de tudo hoje, e os estudantes têm uma visão muito imediatista, nunca pensam em prevenção. Por isso, informações como as passadas hoje são fundamentais”, finaliza.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste