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Unoeste sedia encontro sobre cuidados paliativos

Com a presença do Dr. Fernando Kawai, evento em Guarujá abordou a implementação e a realidade da prática médica no Brasil e nos Estados Unidos


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Foto: Bárbara Camargo Unoeste sedia encontro sobre cuidados paliativos
Dr. Fernando Kawai palestrou no campus de Guarujá

Estima-se que em todo o Brasil cerca de 625 mil pessoas necessitem de cuidados paliativos, ou seja, atenção em saúde que permita melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves, crônicas ou em estágio avançado. Para debater o tema e conhecer as iniciativas realizadas nos Estados Unidos, a Unoeste sediou na última sexta-feira (14), no campus de Guarujá, o encontro "Cuidados Paliativos: uma experiência internacional". 

Iniciativa do Centro de Cuidados Paz e Vida, um hospital de transição especializado que será implantado na cidade, o evento teve como convidado o Dr. Fernando Kawai, médico do New York Presbyterian Queens, geriatra pela Harvard Medical School, paliativista pela Stanford University e clínico pela USP, além do Dr. Bruno Belo, docente da Unoeste. 

Belo, que é especialista no tema, informou que o Brasil está na triste posição de antepenúltimo no ranking dos países que implementam essas práticas em seus sistemas de saúde. "A nossa Política Nacional de Cuidados Paliativos foi implantada em maio deste ano. É importante lembrar também que cuidados paliativos são uma área de atuação e não uma especialidade médica no Brasil". 

O docente compartilhou sua experiência em hospitais públicos, mas também destacou a importância da tecnologia, que tem sido fundamental para o atendimento de pacientes em áreas remotas. "Para mim, é gratificante saber que, ao desligar uma videochamada com um paciente, ajudei alguém no Maranhão ou em outro local remoto". 

Realidade norte-americana

De acordo com o Dr. Kawai, a prática de cuidados paliativos é bem estabelecida nos Estados Unidos. "A principal diferença é que enquanto no Brasil está começando a ser estabelecida, lá já é parte integral do sistema de saúde. Os pacientes graves nos Estados Unidos têm algo pago pelo governo americano, o Hospice Benefits. Aqui no Brasil, nós estamos tateando ainda, o acesso é de qualidade, mas limitado. Então, a primeira grande diferença é o acesso".

Ele comemora o lançamento da Política Nacional de Cuidados Paliativos, mas acredita que o país está atrasado em se tratando do assunto. "Já temos políticas de saúde pública que estão colocando que os cuidados paliativos são parte do sistema de saúde. Mas em termos de treinamento de equipes, profissionais, presença de equipes nos hospitais, é algo que está engatinhando. Precisamos treinar muitas equipes, principalmente fora do eixo paulista", afirmou.

Formação acadêmica

A formação médica em cuidados paliativos na universidade foi uma das pautas debatidas durante o encontro. O coordenador do curso de Medicina da Unoeste, Dr. Ronald Pallotta, destacou a importância de o tema estar presente no currículo da graduação. “Aqui na Unoeste, em 2023, os cuidados paliativos estão na grade curricular e, a partir de 2024, serão uma disciplina do curso”, garantiu.

O Dr. Kawai comemorou a notícia. “Fiquei feliz em saber que aqui na Unoeste vocês têm uma disciplina de geriatria e, agora com o Dr. Bruno, também terão outra de cuidados paliativos. Eu, que fiz USP em 1998, tive zero horas de formação nesse tema. Quando fui para medicina, ninguém me disse que meus pacientes iriam morrer. E quem vai estar lá quando o paciente estiver grave seremos nós, médicos. Então, você quer ter um médico e uma equipe treinada. Vamos ensinar esses alunos a cuidarem das próximas gerações”. 

Durante e ao final do evento, o convidado ainda surpreendeu o público ao apresentar clássicos da música brasileira ao teclado.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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