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Prática acadêmica alerta alunos para ações de urbanismo

Realizada pelo Núcleo de Urbanismo e Práticas Colaborativas do curso de Arquitetura e Urbanismo e vinculado ao programa Unoeste Sustentável, a ação mobilizou alunos no entorno da universidade


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Foto: João Paulo Barbosa Prática acadêmica alerta alunos para ações de urbanismo
Ação realiza na manhã de sábado (24) pelo Núcleo de Urbanismo e Práticas Colaborativas do curso de Arquitetura e Urbanismo

Tido como um conceito fundamental, a acessibilidade visa garantir que todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas, tenham igualdade de oportunidades para participar plenamente da sociedade. No contexto urbano, por exemplo, rampas de acesso, calçadas sem obstáculos, sinalização adequada e transporte público adaptado são essenciais para garantir a mobilidade de pessoas com deficiência física. Nessa proposta, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Unoeste realizou na manhã de sábado (24) um experimento com cadeiras de rodas a fim de levar os alunos do 3º termo a vivenciarem as experiências desses usuários e, posteriormente, projetarem algo viável com base na infraestrutura verde. A atividade está vinculada ao programa Unoeste Sustentável. 

Realizada no entorno do campus 2 de Prudente, a atividade tinha como principal objetivo fazer com que os alunos tivessem essa percepção na prática. Eles foram divididos em dois grupos. Um grupo se passava por deficiente físico utilizando cadeiras de rodas e outro ocupava o posto de acompanhante.  A professora proponente da atividade e arquiteta Yeda Maria Ruiz pontua que essa dinâmica proposta faz parte de um projeto de extensão vinculado a disciplina de Infraestrutura Urbana. “A ideia é para que eles entendam o quão importante as calçadas das nossas cidades terem os elementos de infraestrutura urbana de uma forma que seja realmente democrática, para que qualquer pessoa, independente de sua condição física, tenha acessibilidade”, esclareceu.

Yeda destaca que na atualidade ainda há a necessidade de se discutir ações que beneficiem a população de um modo geral. “Existem planos de arborização nacional, a cartilha de acessibilidade da cidade, ou seja, temos todos os elementos legais que me forçariam a ter uma calçada decente. Dentro do planejamento urbano a gente chama isso de mitigação, seria minimizar esse problema. Seriam os planos setoriais para contemplar bairro a bairro, de modo a entender as situações desses bairros, a dinâmica, entender como eu posso trabalha setor a setor. Lembrando que a calçada é pública, mas de responsabilidade privada”.

A docente explica que a atividade iniciou em sala de aula e que essa parte prática desdobra em discussões que serão trabalhadas nas próximas aulas. “Não foi apenas passear pelo bairro, os alunos fizeram anotações de percepção e sensações que tiveram e que serão apresentadas para o grupo. Esse é um projeto do Núcleo de Urbanismo e Práticas Colaborativas do curso de Arquitetura e Urbanismo vinculado ao programa Unoeste Sustentável”, emendou a professora.

Foto: João Paulo Barbosa Alunos anotavam pontos para debate durante dinâmica
Alunos anotavam pontos para debate durante dinâmica

Na prática

Camilly Vitória De Oliveira Pirajon é aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo e diferente dos demais que vivenciaram pela primeira vez situações de falta de acessibilidade, ela enfrenta essas dificuldades diariamente. Camilly é cadeirante e vivencia essa condição 24 horas por dia. “Não foi novidade, é uma rotina pra mim, mas a gente percebe que mesmo com a evolução do tempo as coisas não mudam muito. Vejo que não deveríamos estar passando por essa situação, muitas coisas já mudaram, mas outras nem tanto. Acredito que essa dinâmica de hoje seja um alerta a ter mais empatia com a vivência de cada um, pensar mais nos outros e principalmente com as minorias no mundo que a gente vive”. 

Para a Rafaela Siqueira dos Santos, embora importante a situação foi desconfortável. “Foi a primeira vez que fiz o uso de uma cadeira de rodas, bem desconfortável, os desníveis das calçadas me deixavam ainda mais desconfortável e ter que atravessar a rua devido à falta de guia, de espaço para andar e rampa me marcou. Minha percepção é que ainda assim, em lugares que falam que tem infraestrutura boa, quando a gente olha com outro olhar é perceptível que não tem. Acredito que essa vivência pode contribuir para minha formação e para ações que possibilitem um melhor trabalho dentro do urbanismo”.

Outro olhar

Quem acompanhou a atividade foi a Vanessa Nunes de Oliveira que é a mãe da Camilly. Para ela existem várias dificuldades, mas a falta de acessibilidade talvez seja a principal delas. “Dependendo do lugar que nós vamos, se não tiver acesso a gente não entra. Temos nosso transporte particular, não precisamos usar transporte público, mas sei das dificuldades que são enfrentadas por muitas pessoas. Vejo como muito importante essa atividade, eles serão futuros profissionais e é aqui que eles devem abrir a mente e pensar em todos, abrir os horizontes. A Camilly estar na universidade é muito importante por que ela vai ter experiência e vai poder mostrar para as pessoas que todos são capazes de realizar o que quiserem”, finaliza a mãe. 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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