Evento da Medicina estimula alunos em maratona de inovação
Primeira edição do Hackathon desafiou, por meio de atividade empreendedora, os futuros médicos a colaborarem na criação de soluções impactantes para minimizar o estresse emocional no ambiente acadêmico
Como parte da programação do 32º Congresso Médico Estudantil de Presidente Prudente (Comepp), estudantes da Faculdade de Medicina (Famepp/Unoeste) também participaram do 1º Hackathon na Medicina, uma maratona empreendedora inédita no ambiente acadêmico do curso. Com foco em solucionar problemas reais, o evento, que começou no dia 8 deste mês e terminou na última quinta-feira (14), véspera do feriado da Proclamação da República, desafiou os futuros médicos a colaborarem na criação de soluções inovadoras e impactantes para um dos principais desafios enfrentados hoje no ambiente acadêmico.
O tema do hackathon — "Como a universidade pode contribuir para minimizar o estresse emocional e aumentar o engajamento acadêmico do curso de Medicina" — foi cuidadosamente escolhido para promover discussões e incentivar os estudantes a desenvolverem ideias que possam transformar o cenário universitário e melhorar a experiência acadêmica. Ao todo, 18 estudantes se dividiram em equipes e participaram da maratona empreendedora que, nesta primeira edição, teve um enfoque especial no bem-estar acadêmico.
O evento foi todo organizado pelo coordenador do Internato Médico da Faculdade de Medicina de Prudente, Dr. Fernando Antônio Mourão Valejo, e pela gerente da Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp) e coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da Unoeste, professora Fernanda de Lima Bagli, que também leciona as disciplinas de Empreendedorismo e Inovação em vários cursos da universidade. O mentor que contribuiu para que os trabalhos ocorressem foi o professor William Hiroshi Takata.
Dr. Valejo explicou que esse tema central da primeira edição surgiu depois de identificarem com os próprios acadêmicos o que mais lhes traziam dificuldades no transcorrer do curso médico. E a resposta quase que unânime era a mesma, segundo ele: o estresse acadêmico. “Não o estresse do ponto de vista geral, social, mas o estresse com as atividades mesmo, com excesso de afazeres, porque o curso de Medicina é um curso pesado, que exige muito. Então, a partir dessa angústia, tivemos a ideia de trazer essa temática de como mitigar, como reduzir o estresse acadêmico no ambiente universitário e melhorar a qualidade de vida deles durante o curso”.
Nos cinco dias de trabalho, ele conta que houve envolvimento de todos os alunos que vivenciam essas situações no dia a dia na tentativa de solucionar o problema. Somado a isso, foram desafiados ainda no que tange à inovação e ao empreendedorismo. “Isso é fantástico, traz um desenvolvimento do empreendedorismo no estudante que também faz parte da nossa proposta educacional. E o legal é que esse tipo de atividade faz com que eles deixem de pensar somente em si, no seu problema, para pensar no problema coletivo. E mais, pensar em soluções para resolver esse problema coletivo”, complementa.
Objetivos do Hackathon
A proposta do evento foi dar voz aos estudantes, incentivando soluções construídas a partir de suas perspectivas. A presença de todos nos cinco dias do evento foi obrigatória para que os participantes pudessem vivenciar todas as etapas do processo de criação e desenvolvimento, contribuindo para a construção de projetos sólidos e bem fundamentados.
Para cada uma das equipes, os cinco dias de Hackathon foram uma oportunidade única de aprendizado e desenvolvimento. A equipe que apresentou a solução mais inovadora e eficaz, segundo votação dos avaliadores, e que recebeu um prêmio em dinheiro no valor de R$2 mil, dividido igualmente entre os membros, foi a OrganizaMed, que tinha como integrantes os acadêmicos Carina Assakawa, Lucas de Oliveira Lima, Maria Regina Araújo Silva e Giovanna Ribeiro Lira.
Após a concepção da ideia, eles a materializaram construindo uma extensão da Plataforma Aprender com novas funcionalidades que tinham como intuito minimizar os impactos causados pelo estresse acadêmico, identificado por meio de pesquisa com alunos do curso. Na proposta, havia uma aba para organização de conteúdos, a possibilidade de criação de comunidades entre os alunos e até apadrinhamento. O grupo vencedor acredita que o grande destaque se deu pela funcionalidade “emoções do dia”, em que os alunos podem indicar suas emoções e ainda, se necessário, solicitar apoio ao Serviço Universitário de Apoio Psicopedagógico (SUAPp).
Grande envolvimento
Os outros grupos participantes nesta primeira edição foram os seguintes: Medsim, representado pelos estudantes Natan Rosa Rodrigues, Paulo Victor Pires Matias, João Matheus Ichiro Cardoso Saito, Gabriele da Silva de Oliveira e Isadora Lobato de Mauro; Unoquest, do qual fizeram parte os acadêmicos Thiago Alves de Oliveira, Joaquim Ferreira Brito, Natalia Afonso Cancian, Vanderlei Chimenez Junior, Marcela Casadei Fernedes; e Relaxium, que envolveu os estudantes Leticia Ferruzzi Sacchetin, Luisa de Oliveira França Teixeira, Matheus de Souza Camargo e Nathalia Akemi Camargo Koga.
O corpo de jurados teve em sua composição o pró-reitor Acadêmico da Unoeste, Dr. José Eduardo Creste, a coordenadora administrativa da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente Ilza Martha de Souza, o coordenador de Sistemas Web do Departamento de Tecnologia da Informação da Unoeste, Eduardo Henrique Rizo, a coordenadora do curso de Psicologia, Dra. Regina Gioconda de Andrade, e o ex-aluno do curso de Medicina e atual residente em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Regional de Prudente, Eraldo Coelho.
A professora Fernanda de Lima Bagli destacou a importância do envolvimento dos acadêmicos nessa maratona empreendedora que os desafiaram num espaço curto de tempo a desenvolverem soluções para problemas reais. “O que eu observei durante estes dias de trabalho foi uma evolução muito significativa nas propostas desenvolvidas pelos alunos. Também o engajamento, a entrega de todos os alunos participantes que pesquisaram, ouviram o público-alvo, que é o aluno da Medicina, e que passa por esta dor que foi identificada dentro da instituição”.
Ela ainda comentou que todas as propostas apresentadas no 1º Hackathon são muito significativas, viáveis e possíveis de serem implementadas na faculdade. “Esse é o grande objetivo do Hackathon, fazer com que as soluções sejam implementadas aqui no curso da Medicina. Por se tratar de um desafio real, uma problemática já levantada pelos alunos, é claro que nós conversaremos com todos os departamentos responsáveis pela implementação e convidaremos novamente os estudantes para que eles participem de todo esse processo de construção”, finalizou.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste