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Workshop trabalha cuidados a vítimas da violência de gênero

Projeto do curso de Psicologia faz parceria com a OAB de Prudente que também atende Delegacia de Defesa da Mulher


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Foto: Cedida Workshop trabalha cuidados a vítimas da violência de gênero
Workshop da aplicação da metodologia de roda de conversa

Desenvolvido com estagiários do último ano do curso de Psicologia da Unoeste, projeto sobre os primeiros cuidados psicológicos (PCP) a vítimas de violência é trabalhado em diferentes instituições e coletivos, desde março desse ano. A ação extensiva mais recente foi um workshop que teve início no dia 15 deste mês e foi encerrado na segunda-feira (22) desta semana na 29ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Presidente Prudente; conforme a responsável pelo projeto, a professora Dra. Andreia Duarte Alves Martins.  

O workshop foi realizado no auditório da Casa do Advogado e envolveu as comissões da Mulher Advogada, de Direitos Humanos e de Defesa das Vítimas de Violência Doméstica e Crimes Sexual, presidida pela advogada Aline Escarelli, co-fundadora da Frente pela Vida das Mulheres; e servidoras e servidores da Delegacia da Mulher em Presidente Prudente, juntamente com delegado Írio Miola Junior que também é professor do curso de Direito da Unoeste. São profissionais aos quais foi apresentado o protocolo de Primeiros Cuidados Psicológicos

Capacitação da linha de frente

A professora explica que os PCPs correspondem a protocolo internacional que estabeleceu um conjunto de orientações técnicas de atenção psicossocial em saúde mental para o atendimento primário a pessoas diante de emergências e situações traumáticas. É um instrumento que equivale aos primeiros socorros convencionais e podem ser aplicados por qualquer pessoa habilitada, pois não exige formação em psicologia ou na área da saúde.

“O projeto que tenho desenvolvido com as estagiárias do último ano de Psicologia adaptou o protocolo internacional de PCP, inicialmente direcionado a desastres e calamidades públicas, ao atendimento de mulheres em situação de violência. A finalidade foi capacitar quem atua na linha de frente do atendimento às vítimas de violência doméstica, de gênero e crimes sexuais, para oferecer acolhimento qualificado e fortalecer as redes de apoio psicossocial em busca de possibilitar maiores condições para as mulheres superarem a situação de violência”, explica.

Rede de políticas públicas 

Dra. Andreia conta que a necessidade inicial de tais capacitações surgiu de pedidos de orientação solicitados pela sociedade civil ao coletivo feminista do qual participa, que é a Frente pela Vida das Mulheres de Presidente Prudente, composto por mulheres de diversos campos profissionais e de movimentos sociais da região; voltados a promover redes de suporte e promoção de direitos das mulheres e população LGBTQIAP+. 

Conforme disse, a primeira formação realizada a partir da parceria do coletivo com as comissões da OAB foi no Coletivo Cultural Galpão da Lua, com participação de diversas lideranças de movimentos sociais e coletivos de Presidente Prudente. “A partir desse projeto foi desenvolvida uma cartilha com orientações sobre acolhimento inicial a vítimas de violência, com informações sobre PCPs e orientações sobre direitos. Esse conteúdo passou a ser compartilhado a outros públicos, resultando em convites para formações em outras instituições e outros espaços da rede de políticas públicas municipais e regionais”, conta. 

Conteúdo bem recebido 

Participaram do workshop 40 profissionais e o conteúdo foi muito bem recebido, as turmas compartilharam experiências, relacionaram as orientações dos PCPs com os principais desafios enfrentados no cotidiano dos serviços, destacando as contribuições desse conhecimento para a qualificação do atendimento e do suporte às vítimas de forma a favorecer meios de superação da violência. De acordo com a Dra. Andreia que cuida da produção do livro “Mulheres que acolhem Mulheres: orientações para os primeiros cuidados a vítimas de violência de gênero” a ser publicado pela Paco Editorial e com apoio da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da Unoeste.

Foto: Cedida Um dos grupos de participantes do workshop
Um dos grupos de participantes do workshop

“A ideia do livro surgiu a partir da receptividade de diferentes públicos ao conteúdo da cartilha na qual adaptamos as orientações do protocolo de PCP para o atendimento a vítimas de violência, buscando construir exemplos práticos de como aplicar. Para o livro incluímos além das orientações de PCP, também algumas informações sobre direitos e prazos jurídicos fundamentais de serem conhecidos por quem oferece o primeiro acolhimento a uma vítima de violência”, comenta e diz que a previsão de lançamento do livro é para novembro deste ano.

Qualificação do atendimento

A metodologia do workshop compreendeu rodas de conversa, apresentação de conceitos, exibição de trechos de vídeos e trocas de experiências. Ao final, foi disponibilizado questionário para os participantes responderem. O objetivo foi qualificar o atendimento às vítimas, garantindo cuidado humanizado e acesso à rede de políticas públicas a fim de promover condições subjetivas e objetivas para a superação da situação de violência; conforme o cadastro do projeto na Proext. 

A Dra. Andreia é psicóloga, mestre e doutora em Psicologia e Sociedade. Atua na perspectiva da psicologia comunitária, especialmente, com os impactos para a saúde mental coletiva de processos sociais de violência, como desastres, exclusão, discriminação e desigualdade; sendo que nos últimos anos tem se dedicado a discutir violências ligadas à gênero, raça, sexualidade e território.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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