Durante homenagem, ações na Unoeste chamam atenção do estado
Professora doutora Édima de Souza Mattos está entre 14 mulheres homenageadas com o Prêmio Ruth de Souza 2022
A professora doutora Édima de Souza Mattos está entre as 14 mulheres homenageadas com o Prêmio Ruth de Souza, em sua edição de 2022. A solenidade ocorreu sábado (23) no Museu Afro Brasil, em São Paulo. Chamou a atenção do governador Rodrigo Garcia a apresentação de suas ações para atender vulneráveis e a comunidade negra, entre as quais os estudos sobre a anemia falciforme junto à Faculdade de Medicina da Unoeste em Presidente Prudente. Fato que rendeu convite para encontro no Palácio dos Bandeirantes.
A premiação instituída em 2019 é de iniciativa da Secretaria da Justiça e Cidadania, através do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo e com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo. A realização tem relação com o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, instituído em 1992 com o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU); e Dia Nacional de Tereza de Benguela. Datas comemorativas que transcorreram anualmente no dia 25 de julho.
Saúde de vulneráveis
A carioca Ruth de Souza (1921-2019) foi a primeira artista negra do país a ser indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza em 1954, por seu trabalho no filme Sinhá Moça. Foi a primeira-dama negra do teatro, do cinema e da televisão. Tereza de Benguela (1700-1770) foi líder quilombola, no Mato Grosso. Baiana de Arapiranga, Édima, dos seus 72 anos de idade, 56 são dedicados ao ensino, considerando que aos 16 dava aulas de inglês no Colégio Joaquim Murtinho, em Presidente Prudente, depois de sua família ter morado em Ribeirão dos Índios e Presidente Bernardes.
A primeira formação da Dra. Édima foi em Letras e a segunda em Pedagogia, quando nasceu sua relação com a Unoeste e onde fez o mestrado em Educação, depois o doutorado na Unesp em Assis e pós-doutorado na USP. Dentre os cursos nos quais já lecionou e nos que leciona na Unoeste, pelo Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats) da Faculdade de Medicina sua linha de pesquisa é voltada à saúde de vulneráveis e da população negra. Um dos estudos desenvolvidos está o relacionado às lacunas de conhecimento de profissionais da saúde sobre a doença falciforme.
Cidadania e humanização
Estudo realizado juntamente com médicos e estudantes, resultando na implantação de projeto-piloto para servir como modelo no estado São Paulo e no Brasil. Também tem no seu currículo pesquisa de atenção à saúde de presidiárias da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista. Uma investigação científica sobre Determinantes Sociais e Saúde (DSS) em relação à saúde mental e sífilis, para fornecer à Secretaria de Administração Penitenciária o mapa de doença e do estado mental das presidiárias e as recomendações de protocolos para essas patologias.
No segmento da extensão universitária, tem projetos voltados à ação cidadã de resgate do ser humano e projetos voltados à saúde de vulneráveis, como o que trabalha informática e cidadania para promover sinergia de inclusão social; premiado no Enepe 2017; o Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Projeto realizado em locais de acolhimentos de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. São ações realizadas na Unoeste e que despertou o interesse do governador como mecanismo de implemento de políticas públicas.
Mais de 30 anos de Unoeste
Aposentada como professora na rede estadual de ensino, Dra. Édima tem mais de 30 anos de atuação na Unoeste, instituição com campi em Prudente, Jaú e Guarujá, sendo a 2ª melhor universidade particular do estado de São Paulo, conforme avaliação do Ministério da Educação (MEC). Tem orgulho em atuar na Unoeste, com quem divide as honras como esta do Prêmio Ruth de Souza, sobre o qual foi comunicada pelo presidente do conselho estadual da comunidade negra, Marcos Clarindo dos Santos e pela vice-presidente, Maria Aparecida de Souza Costa e Silva; do qual Édima é membro do Grupo Gestor de Saúde e Educação.
Dentre as homenageadas estiveram a procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Maria dos Santos Coimbra, na condição de primeira pessoa negra a assumir o cargo em 75 anos de existência do órgão; a consultora organizacional, Jorgete Lemos e conselheira da Universidade Zumbi dos Palmares; a fotógrafa, curadora, produtora cultural e audiovisual, Beatriz Santos Andrade; e a embaixadora da Universal Peace Federation e comendadora da Ordem Internacional dos Parlamentares da Língua Portuguesa e Nações de Língua Portuguesa, Maria Aparecida Pinto, a Cidinha Raiz.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste