CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Crianças são presenteadas no Natal Solidário da Fisioterapia

Ação extensiva organizada pela clínica do curso possibilitou arrecadar presentes para atender cartinhas escritas ao papai noel


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Emerson Sanchez Crianças são presenteadas no Natal Solidário da Fisioterapia
Presentes foram entregues às crianças que escreveram cartinhas de Natal e colocaram na árvore da Clínica de Fisioterapia

Aquela velha história de que o espírito natalino desperta a solidariedade nas pessoas está mais viva do que nunca na Unoeste. É que faltando exatos dez dias para o Natal, a Clínica de Fisioterapia, que fica no bloco E e atende crianças nos setores de pediatria e respiratória, realizou nesta quinta-feira (15) a segunda edição do Natal Solidário. A iniciativa, que envolve acadêmicos do curso, professores, colaboradores da Unoeste, além da Atlética da Fisioterapia e pacientes atendidos em outros setores, permitiu a entrega de presentes aos pacientes mirins que entre novembro e dezembro escreveram cartinhas de Natal endereçadas ao papai noel, e as deixaram na árvore que fica no balcão de recepção da clínica. Neste ano, foram cerca de 50 cartinhas recebidas e mais de 200 brinquedos, além de cestas básicas, arrecadados.

A professora Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani, que coordena a Clínica de Fisioterapia e é também supervisora do estágio de fisioterapia em pediatria, lembra que o Natal Solidário na clínica começou organicamente em 2021, ou seja sem pretensões nenhuma, apenas com o propósito de decorar a recepção da clínica para o fim de ano no clima do Natal. “Com a pandemia, nós ficamos mais sensibilizados e conseguimos nos organizar de modo a enfeitar a clínica para voltar a receber os pacientes. Começamos fazendo uma decoração, os professores se organizaram com doações e de repente os pacientes começaram a colocar cartinhas embaixo da árvore. E aí nossas meninas da recepção, que também são alunas do curso, me chamaram e falaram: - ‘pro, a gente vai ter que fazer alguma coisa porque tem muita cartinha lá embaixo [na recepção]. E aí a gente começou a receber doações na forma de brinquedos, cada um decidiu adotar uma criança. Professores, alunos, funcionários e até pacientes de outros setores que se sensibilizaram com essas crianças”, contou.

Os pedidos em cada cartinha, em sua maioria, são simples. Mas de acordo com a coordenadora da clínica, alguns surpreendem pela forma que as crianças se expressam. Ao invés de brinquedos, algumas chegam a pedir até cestas básicas para a família. “Num primeiro momento a gente acha que elas vão pedir os brinquedos tradicionais, a exemplo de bolas, bonecas, quebra-cabeças, mas surpreendentemente a gente se deparou com pedidos do tipo cesta básica, ou algum produto natalino que ela não tinha em casa como, por exemplo, panetones e chocotones. Nunca imaginamos que uma criança fosse pedir um chocotone, uma cesta de natal. Conseguimos fazer essas cestas também, desde o ano passado, e até celulares conseguimos porque foram pedidos. Usados, mas em bom estado que nos permitiu doá-los”, revelou.

Agora o pedido mais inusitado e que chamou a atenção foi feito ano passado, na primeira edição do Natal Solidário. A professora Deborah diz que uma criança escreveu para o bom velhinho pedindo emprego para o pai. “Sensibilizado com aquele pedido, um aluno levou para o pai dele que conseguiu uma entrevista de emprego e, por mérito próprio, conquistou a vaga. Então mudou a vida dele de alguma maneira. Isso é gratificante. A gente nunca sabe de que maneira a fisioterapia, a Unoeste, pode impactar na vida de uma pessoa”, completou, em tom de satisfação.

A alegria dos pequenos

A cada entrega de presente, eram nítidos o entusiasmo e felicidade das crianças. A Stephanie Carmelita Mairink, de 11 anos, não se continha de felicidade por ter ganhado o livro da youtuber Mileninha. “Eu ganhei o livro da Mileninha que eu queria. Eu estou muito feliz porque gosto demais de vir aqui. As meninas são muitos legais, tenho amigos”, contou muito sorridente a garotinha atendida no local há mais de sete anos e desejando um feliz Natal a todos.

A mãe dela, a dona de casa Roseli Alves Mairink Dantas agradeceu a equipe da clínica pela ação extensiva de doação, e contou como o atendimento no local tem transformado a vida da Stephanie que foi diagnosticada com a Síndrome de Turner, doença rara causada por alterações nos cromossomos sexuais femininos e que atinge uma a cada 2.500 meninas nascidas no mundo. “A Stephanie não andava, ela começou a andar aqui. Eu costumo dizer que aqui é o segundo lar dela porque os médicos tinham desistido. Quando ela chegou aqui, chegou tipo assim intocável. Ela não gostava que ninguém tocava, não gostava de falar com ninguém. E agora totalmente comunicativa, mudou e cresceu em tudo. E pra mim, na condição de mãe, é muito gratificante. Como ela mesmo fala ‘mãe eu amo a Apec’, ela fala que ama todo mundo da clínica porque ela passou a fazer coisas que não conseguia. Não tenho palavras que possa gratificar pelo tanto que eles fazem pela minha filha aqui”, elogiou em tom de gratidão.

O pequeno Arthur Henrique Alves de Sá, de 10 anos, ganhou um carrinho novinho de presente. Há quatro meses ele é paciente no local. E o pai dele, o consultor de vendas Carlos Henrique Alves de Sá, também teceu elogios ao trabalho desenvolvido com tanto carinho, comprometimento e dedicação pelos profissionais e acadêmicos de fisioterapia. “Os exercícios são progressivos e gradativos, então cada mudança, cada conquista que a gente percebe é uma vitória. Ele caia muito, desiquilibrava muito, hoje não. Então a gente percebe que com os exercícios de uma forma lúdica, ele faz a fisioterapia com mais gosto, aí o resultado é mais visível”, descreveu.

Carlos Henrique também elogiou o fato da clínica ter realizado esse momento especial que culminou na entrega dos presentes às crianças. “A gente tem que aprender a comemorar as pequenas coisas e quem é pai e mãe de criança especial sabe muito bem disso. Uma colher que eles colocam na boca, um tênis que colocam sozinhos já é uma conquista absurda, considerando que pra eles é muito difícil. Então quando registra esse momento fica ali sugestionado a uma parte privilegiada do cérebro, a criança desenvolve muito mais com essas comemorações”.

A Bianca Mafra, de 11 anos e que tem uma doença degenerativa, também foi presenteada nesta manhã. A mãe, a dona de casa Ana Carolina Silva, contou que a filha já é atendida no local há mais de seis anos, o que tem possibilitado estabilização na evolução da doença. Ela diz que nesse tempo todo sempre notou acolhimento e respeito no tratamento da filha por parte de todos. “Os alunos desse ano foram muito acolhedores, nos sentimentos muito acolhidas aqui. E é muito gratificante tanto pela recuperação dela, quanto em ver essa alegria toda num momento tão difícil. A gente tem visto a evolução dela todos os dias nos atendimentos, e o carinho dos alunos conta muito, porque quando a gente pega uma pessoa que não gosta do que faz, parece que o tratamento não evolui. Mas quando a gente pega uma turma legal, parece que o tratamento caminha muito bem e querendo ou não ela se se sente mais à vontade para fazer as atividades. Os médicos até disseram pra gente que talvez não teria jeito, mas o que a gente tem visto aqui é uma prova viva de que tem jeito sim, principalmente quando há resultado no que é feito”.

Foto: Emerson Sanchez Ao lado da mãe Roseli Dantas, a pequena Stephanie adorou ganhar o livro da youtuber Mileninha
Ao lado da mãe Roseli Dantas, a pequena Stephanie adorou ganhar o livro da youtuber Mileninha

 Lições de vida e aprendizagem

Além de crianças, a Clínica de Fisioterapia da Unoeste atende adultos também. No caso das crianças, normalmente são àquelas que apresentam algum problema neurológico ou diagnosticada com algum tipo de síndrome que limita movimentos, impactando nas atividades do dia a dia e escolares. 

Nesta quinta, durante a entrega dos presentes, os acadêmicos Wayne Júnior (4º ano de Fisioterapia tempo integral) e Jaine Souza (5º ano de Fisioterapia noturno) que estagiam no local, se transformaram em papai noel e mamãe noel, respectivamente. Papéis que os enchem de gratidão. “É muito gratificante porque você vê um sorriso no rosto das crianças e elas têm vontade de participar cada vez mais porque veem de forma lúdica, mais interessante pra elas. A evolução é visível”, comenta o rapaz que também aprende muito com os desafios de cada pequeno. “A gente aprende muito, até porque cada criança é uma criança diferente, cada dia a gente passa por uma dificuldade diferente. E são nessas dificuldades que a gente vai aprendendo pra encarar o mundo lá fora”.

A Jaine também sente que cumpriu a missão e demonstrava nitidamente hoje aquela sensação de dever cumprido. “A gente não imaginava que brinquedos simples poderiam trazer tanta felicidade pra essas crianças. Igual a menininha [Stephanie] queria um livro e ela teve o sonho realizado ao recebê-lo hoje. Coisa simples, crianças que têm uma necessidade de algo simples que é o carinho que eles encontram aqui na clínica, o atendimento, toda a amizade, toda a confiança que a gente passa pra eles. Isso é o melhor presente de Natal que a gente pode oferecer pra eles. Além dos brinquedos, a nossa dedicação enquanto fisioterapeutas e profissionais”, destacou.

A Atlética da Fisioterapia também participou da festa realizada nos atendimentos da manhã e tarde. Eles conseguiram um carrinho de pipoca. A distribuição aconteceu durante todo o dia em frente ao bloco E. Além das crianças, quem passava pelo local ganhava pipoca.

GALERIA DE FOTOS

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem