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Estudo contribui na busca de eliminação da sífilis congênita

Para isso será necessário eliminar falhas no pré-natal, diagnóstico precoce e tratamento adequado da gestante com sífilis


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Foto: Cedida Estudo contribui na busca de eliminação da sífilis congênita
Dr. Murilo Moretti, Dr. Luiz Euribel, Patrícia Rodrigues Naufal Spir, Dra. Daniela Bertolini, Dra. Renata Calciolari e Dr. Wanderley Marques

Estudo científico sobre sífilis congênita (transmissão da mãe para o filho) em nível de doutoramento contribui na busca da eliminação da transmissão da doença em Presidente Prudente e região.

A constatação é de que os fatores de prevalência estão relacionados a falhas no pré-natal, em diagnóstico tardio e no tratamento inadequado da gestante com sífilis, conforme demonstrado na pesquisa.

Prudente é o terceiro município do estado de São Paulo com maior número de casos de sífilis congênita. O que é considerado importante agravo de saúde pública não só no plano local, mas em todo estado de São Paulo, no Brasil e no mundo. 

Esse assunto foi abordado e discutido na última sexta-feira (19), dia em que foi comemorado o aniversário de 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), por médicos da Universidade de São Paulo (USP-SP).

Médicos vinculados ao Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS – doenças sexualmente transmissíveis – de São Paulo (CRT-SP) e da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) em seu campus 2, em Prudente.

Banca de defesa pública

Fato ocorrido durante a defesa da tese da médica infectologista pediátrica Patrícia Rodrigues Naufal Spir; avaliada e aprovada para receber o título de Doutora junto ao Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (PPGMadre).

Tese apresentada com o seguinte título: “Avaliação do perfil sociodemográfico, clínico-epidemiológico e da distribuição espaço-temporal da sífilis em gestantes atendidas em uma maternidade pública no estado de São Paulo”.

O orientador foi o professor pesquisador Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro e a coorientadora Dra. Daniela Vanessa Moris de Oliveira, que receberam na banca os avaliadores internos Dra. Renata Calciolari Rossi e Dr. Murilo Sabbag Moretti.

Os avaliadores externos foram a Dra. Daniela Vinhas Bertolini, médica infectologista pediátrica da CRT/SP e do Programa Estadual de IST/HIV/Aids e o Dr. Wanderley Marques Bernardo, professor da USP/SP e da Universidade de Medicina de Santos. 

Ainda estavam presentes na ocasião, representando a Vigilância Epidemiológica Municipal de Presidente Prudente, o Dr. Carlos Roberto de Macedo e enfermeira Vania Domingos da Silva Zangirolami.

Sífilis: implicações graves

O estudo foi sobre sífilis em gestante (SG) e sífilis congênita (SC).  A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, curável e de notificação compulsória no Brasil. Apresenta implicações graves quando não tratada. 

É evitável por meio do diagnóstico e tratamento oportuno de gestantes e parceiros. A meta, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-americana de Saúde (Opas), de eliminar a sífilis congênita é de 0,5 caso por 1.000 nascidos vivos até 2030.  

“Em nossa região, a taxa identificada pelo estudo, foi de 10,7 casos para 1.000 nascidos vivos no município de Presidente Prudente e de 10,5 nos municípios de GVE XXI [Grupo de Vigilância Epidemiológica), no ano de 2023”, conforme o estudo.

 Foram avaliadas gestantes com sífilis e seus respectivos recém-nascidos atendidos em uma maternidade pública, voltada para o SUS, que abrange a Rede Regional de Atenção à Saúde (RAS-11) e abrange 45 municípios.

Foram analisados aspectos sociodemográficos e características clínico-epidemiológicas, bem como a distribuição, de acordo com o município de residência no oeste paulista e no município de Presidente Prudente.

Facilitadores para solução

A finalidade foi buscar identificar os aspectos facilitadores para o desfecho sífilis congênita e os locais de maior ocorrência da doença. O período do estudo foi entre janeiro de 2019 a dezembro de 2023.

Nestes quatro anos foram avaliados 689 casos de sífilis em gestantes atendidas em uma maternidade pública, sendo 251 casos com desfecho de sífilis congênita. Alguns outros aspectos foram discutidos neste estudo, como o impacto da pandemia COVID-19.

Ainda fizeram parre das discussões ações do Comitê de Investigação de Transmissão Vertical (CITV) local, destacando o impacto do comitê como importante estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para contribuir na redução da transmissão vertical. 

Falhas no pré-natal, diagnóstico tardio e tratamento inadequado da gestante com sífilis demonstraram ser fatores que continuem para a perpetuação da Sífilis congênita no município de Presidente Prudente e região.

Sugestão para redução

O estudo sugere que com o conhecimento dos locais de maior concentração da doença é possível traçar ações direcionadas ao cenário local pode-se criar importante ferramenta para a redução da transmissão vertical em nossa região.

Porém, se faz necessário o alinhamento e envolvimento dos gestores de saúde buscando subsidiar a consolidação das ações públicas; conforme apresenta o estudo em conduzido pela médica Patrícia Rodrigues Naufal Spir e elogiado pelos avaliadores.   

Conforme o orientador Dr. Euribel, a presença da banca examinadora externa foi de extrema relevância, no sentido de exaltar a importância dos dados coletados, e dos resultados encontrados e como orientação sobre a divulgação de um modelo de estudo.

“Modelo do estudo que pode ser reproduzido por outros serviços. Pode ser uma ferramenta à ser utilizada no diagnostico local e construção de estratégias específicas, contribuindo para redução da transmissão vertical”, pontua o orientador. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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