21º Júri Simulado traz vivência para alunos do 1º termo

Alunos de três turmas do 1º termo de Direito vivenciaram a experiência de participar de um julgamento durante a realização do Júri Simulado, na noite desta terça-feira (27). Além dos alunos, profissionais da área e de outros ramos, familiares, participaram dos “papéis” exercidos com base na obra “O caso dos exploradores de cavernas”, publicada em 1949 pelo professor de Harvard Law School e jurista, Lon L. Fuller e considerado um clássico da literatura jurídica. 

A atividade – que completa 11 anos no curso e que já está na 21ª edição - foi no Salão do Júri, no bloco B3, no campus 2 da Unoeste em Presidente Prudente. Atualmente, a ação é realizada duas vezes ao ano, uma em cada semestre. 

“O caso dos exploradores de cavernas” trata de um caso de cinco homens que ficam presos em uma caverna após um deslizamento de terra. Após discutirem o que necessitavam fazer para sobreviver, chegaram à conclusão de que um deveria ser morto para servir de alimento para os outros. A escolha envolve um jogo de sorte. Ao serem resgatados, os quatro sobreviventes vão a júri por homicídio. 

Segundo o coordenador do curso de Direito, Sérgio Ricardo Ronchi, o caso já foi analisado várias vezes nesta atividade, mas sempre surge uma nova perspectiva em cada edição. “Os alunos sempre inovam, trazem novos participantes. Esse ano mesmo, ficamos até 22h30 na discussão do caso, com auditório lotado”, conta. 

Discussão, surpresas e resultado menos usual

Neste ano, os estudantes foram divididos da seguinte forma para representar as partes desse caso:

- A turma da manhã representou a defesa dos acusados

- Os alunos das turmas da noite ficaram responsáveis pela acusação. 

Foto: Marlene Reverte

Depois de todas as argumentações – e entre elas, protestos com cartazes e até mesmo surpresas, como o momento em que as luzes foram apagadas para simular o que exploradores passaram presos na caverna – o júri decidiu pela absolvição dos acusados. Resultado que, segundo Ronchi, não é o que predomina nesta atividade.

“É uma discussão ética, moral, filosófica, que traz uma base para os alunos de Direito e serve de motivação para eles buscarem conhecimento”, aponta o coordenador. 

A atividade integrou diversos professores do curso de Direito, com atuação mais direta da professora doutora Francislaine de Almeida Coimbra Strasser e do professor Rogério José da Silva.

“Esse júri é muito importante na formação jurídica e já serve para moldar os estudantes que estão começando no curso. Traz uma noção para eles do que vão trabalhar daqui para frente”, finaliza Ronchi. 

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