Racismo e adoecimento é tema de palestra para área da saúde
Assunto debatido por psicóloga clínica teve como principal público alunos do curso de Medicina de Prudente, Jaú e Guarujá, além de colaboradores da Unoeste
Na noite dessa segunda-feira (15), no Auditório Jasmim no campus 1 da Unoeste, alunos e professores do curso de Medicina de Prudente e colaboradores da universidade acompanharam a palestra sobre “Saúde Mental: Racismo e Adoecimento” proferida virtualmente pela psicóloga clínica Maria Cristina Francisco. Alunos dos campi de Jaú e Guarujá também participaram remotamente. De acordo com a Dra. Édima de Souza Mattos, a proposta da palestra surgiu por meio das demandas do Serviço Universitário de Apoio Psicopedagógico (SUAPp), representado pela professora Cecília Creste, que solicitou a parceria com o Núcleo de Avaliação Tecnológica em Saúde (Nats) devido as temáticas que são trabalhadas pelo grupo.
Para a Dra. Édima que coordena o Nats, é muito significante abordar o tema com futuros profissionais. “Quando discutimos o racismo na grande maioria das vezes abordamos os aspectos sociais, ou seja, o coletivo. A nossa proposta aqui é voltar o olhar para o indivíduo. O que isso causa na vida da pessoa que passa por essa situação, quais as feridas e cicatrizes que podem levar ao adoecimento mental e físico do indivíduo”, fala Édima.
A professora e psicóloga do SUAPp, Cecília Emília de Oliveira Creste, destaca que o racismo pode levar ao adoecimento mental. “Existem relatos sobre exaustão e inseguranças, resultantes de situações diárias de preconceitos. Quando não matam, essas violências adoecem. Por isso é muito relevante trazermos esse tema para discussão na academia e assim levar os estudantes da área da saúde, assim como também de outras áreas a refletirem sobre essa temática, e buscar conscientizá-los sobre essas diferenças e dificuldades que infelizmente encontramos no convívio social e que podem ser superadas com a convivência ética e com as relações democráticas”, pontua.
Para o coordenador do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp) Dr. Alex Wander Nenartavis, as políticas públicas emergem da epidemiologia. “Dentre diversos estudos das populações, a população negra tem maior incidência de doenças que poderiam ser evitadas, então, quando a gente trabalha com epidemiologia e percebemos que é necessário na política pública cuidar mais dessas pessoas é porque está acontecendo algo com o estudante médico. Como futuro profissional ele precisa conhecer e entender a realidade da nossa história do nosso país perante a essas pessoas e possibilitar novas políticas públicas que acolham a população”, finaliza.
Serviço
Interessados em participar da 2ª edição da palestra “Saúde Mental: Racismo e adoecimento” com a psicóloga clínica Maria Cristina Francisco deverão se inscrever pelo e-mail: secretarianats@unoeste.br.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste