Alta dos casos de dengue reforça a importância de prevenção
Alunos do curso de Medicina da Unoeste realizam ação de orientação e combate ao mosquito transmissor por meio do Programa de Aproximação Progressiva à Prática
Dores nas juntas e dores musculares intensas que podem durar até uma semana, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de paladar e apetite são alguns dos sintomas da dengue. Em Presidente Prudente, de acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), os casos da doença teve um rápido crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado, motivo que levou a prefeitura a decretar situação de emergência na saúde pública. No papel de instituição socialmente responsável, a Unoeste realizou a ação “Prevenção de Doenças Negligenciadas – Dengue", no Território da ESF (Estratégia Saúde da Família) do Jardim Morada do Sol, zona norte da cidade.
A professora Alessandra Martins do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp) da Unoeste explica que a atividade teve o intuito de orientar a população sobre o perigo da dengue, doença que se encaixa na categoria daqueles que muitas vezes se tornam negligenciadas. “Acredito que para a população existe o ganho do conhecimento para realizarem a eliminação dos criadouros e também no esclarecimento sobre a dengue a sua etiologia. É importante destacar que grande parte dos criadouros infestados ou potenciais criadouros se encontra no interior dos domicílios. Então, atividades educativas engajam a população e fazem parte do "empowerment [fortalecimento] comunitário”.
Para ela, a proposta da ação possibilitou com que os acadêmicos do curso de Medicina da Unoeste fossem sensibilizados em relação à importância da educação em saúde, especificamente na prevenção da dengue no município. “Para a formação acadêmica, podemos considerar que os estudos recentes apontam que o tema ‘Educação em Saúde’ tem papel relevante em ações de combate. A prevenção é sempre o melhor caminho a seguir. Especificamente na ação o conhecimento podem sim reduzir os criadouros do mosquito aedes aegypti”, salienta.
Ainda para a docente responsável pela ação educativa, um dos princípios da universidade é formar pessoas competentes tecnicamente. “Precisamos de compromissados socialmente, com formação ética para o enfrentamento de doenças e agravos importantes para a Atenção Primária à Saúde. Além disso a universidade produz e difunde conhecimento socialmente útil, para poder prevenir de forma adequada e eficiente a ocorrência dessa doença e também de outras negligenciadas em nosso país”, concluí.
Prática Acadêmica
Lucca Cristófano de Souza é aluno do 5º termo de Medicina e afirma que orientar a população sobre a prevenção é algo muito importante a se fazer. “Conscientizar a população do bairro sobre as ações protetivas contra a criação do mosquito nos quintais de casa, sobre o uso de repelentes, a busca pela ESF no aparecimento dos sinais e sintomas e a eficácia do tratamento se tornam medidas importantes. Como acadêmico ensinamos muita coisa aos moradores, mas também aprendemos muitas outras em troca a partir da busca de conhecimento, do relato de casos ou então da maneira como eles vivem, para que juntos consigamos levar sempre a prevenção e promoção de saúde a população destinada a nós”.
A aluna do 3º termo do curso médico Gabriela Gomes de Pompeu conta que participar da ação foi gratificante. “Atuar na ação possibilitou aprimorar conhecimentos e adquirir novos saberes com meus colegas e com toda a equipe que estava realizando atividades. Foi possível perceber os déficits e principais necessidades daquela região, possibilitando a realização de ações mais certeiras no futuro. E ver a população interagindo e demonstrando interesse em melhorar o bairro, sem dúvidas, nos motiva cada vez mais a compartilhar nossas vivências”.
A acadêmica destaca que o trabalho que foi proposto com a população possibilita construir o conhecimento do cotidiano nas ações em saúde. “Isso promove a ampliação dos cuidados em saúde e faz com que nos tornemos profissionais capazes de aprender a aprender com as diferentes realidades, respeitando sempre o modelo biopsicossocial. O nosso contato com a população não se limita apenas em melhorar a saúde, mas também aprimorar a qualidade de vida e o bem estar. Visamos com as nossas orientações disseminar saúde e diminuir as vulnerabilidades e os riscos do dia a dia, instruindo a população a fazer escolhas que minimizem ao máximo o desenvolvimento de doenças, uma vez que decidir por esse caminho tem um impacto muito significativo na prevenção da saúde dos cidadãos”, finaliza.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste