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Estudo analisa tecnologia no ensino para deficiente auditivo

Programas revelam eficácia como instrumentos de mediação no ensino e aprendizagem da língua portuguesa


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa tecnologia no ensino para deficiente auditivo
Dilma Pereira dos Santos, aprovada mestre em Educação
Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa tecnologia no ensino para deficiente auditivo
Banca examinadora: doutoras Adriana, Raquel e Sandra
Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa tecnologia no ensino para deficiente auditivo
Dilma, a orientadora Raquel e as avaliadoras Sandra e Adriana

Diante da constatação das dificuldades de crianças com deficiência auditiva em ler e escrever, a pedagoga especialista em educação especial Dilma Pereira dos Santos se lançou ao desafio de analisar o uso da tecnologia na mediação no ensino e aprendizagem da língua portuguesa.  Os softwares Tux Paint e HagáQuê foram empregados na pesquisa aplicada numa escola que atende surdos em Foz do Iguaçu (PR). São programas que apresentam eficácia, mas é preciso que o professor domine a tecnologia e que acredite no potencial do aluno.

O Tux Paint é um programa de desenhos, com funções orientadas, incluindo a da escrita. O HagáQuê possibilita ao aluno criar histórias em quadrinhos, a partir do banco de imagens com personagens e cenários. Ambos proporcionam apoio à alfabetização da linguagem escrita. Conforme a autora do estudo, as ilustrações gráficas são estimuladoras. “Se for apenas o espaço em branco, pouco ou nenhum interesse é despertado”, afirma e diz que o aluno também requer o uso da datilologia (alfabeto manual), para saber como escrever determinadas palavras.

Além dos programas em si, outro fator importante do uso da tecnologia para deficientes auditivos, sobre escrita e leitura, é que as letras estão no teclado do computador, bem como os números, símbolos e dados de comando. “A escrita se torna mais fácil em relação ao escrever no papel”, comenta Dilma que fez a pesquisa como parte dos estudos no Programa de Mestrado em Educação, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Recebeu orientação da Dra. Raquel Rosan Christino Gitahy.

A defesa pública de sua dissertação ocorreu na tarde desta segunda-feira (18), com a avaliação pelas doutoras Adriana Aparecida de Lima Terçariol e Sandra Fogaça Rosa Ribeiro, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul. Dilma foi aprovada para receber o título de mestre em Educação e estimulada a continuar o estudo no doutorado, por duas razões: o ineditismo e a importância em contribuir para que a criança, com limitação em ouvir ou com nenhuma audição, possa desenvolver a escrita e a leitura.

A pesquisa, que resultou na produção da dissertação, empregou o conceito do qual o cientista Lev Vygotsky foi o pioneiro, de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida; sendo as interações intimamente ligadas aos atos de ler e escrever.  Dilma diz que fazer o mestrado na Unoeste foi muito enriquecedor e que já imaginava isso quando fez a escolha, a partir das informações no site do programa, de fazer o sacrifício de, a cada 15 dias, viajar 24 horas, entre a vinda a Presidente Prudente e a volta a Foz do Iguaçu, na divisa do Brasil com o Paraguai.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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