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A realidade do cuidador informal


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Cuidadores informais de pessoas doentes e acamadas desempenham um papel fundamental no apoio a indivíduos que enfrentam sérios problemas de saúde, muitas vezes de longa duração. Geralmente, esses cuidadores são familiares ou amigos próximos, que assumem a responsabilidade de zelar pelo bem-estar do paciente, fornecendo cuidados diários que envolvem desde a alimentação e higiene até o auxílio com a mobilidade e administração de medicamentos. 

O trabalho de um cuidador informal é intenso e contínuo. Muitas vezes, essas pessoas deixam de lado suas próprias necessidades e prioridades para se dedicarem ao outro, o que pode resultar em exaustão física e emocional. O impacto no cuidador é significativo, pois a rotina extenuante e o alto nível de responsabilidade podem afetar sua saúde mental, bem-estar e até mesmo seus relacionamentos sociais. O sentimento de sobrecarga é comum, principalmente quando o apoio formal (de profissionais de saúde ou serviços especializados) é escasso ou ausente. Apesar das dificuldades, o papel dos cuidadores informais é essencial. Eles oferecem não apenas cuidados físicos, mas também suporte emocional, criando um ambiente de afeto e proximidade que muitas vezes faz toda a diferença no processo de recuperação ou manutenção da qualidade de vida do paciente. A relação de confiança e o vínculo afetivo entre o cuidador e a pessoa assistida tornam-se elementos cruciais para o bem-estar de ambos. 

Contudo, o cuidado informal também pode levar ao isolamento social do cuidador, que frequentemente sente que sua vida social e profissional fica em segundo plano. Além disso, a falta de apoio e de recursos para esse tipo de cuidado pode gerar frustrações e dificuldades no manejo das necessidades da pessoa doente ou acamada. É importante que haja uma maior conscientização sobre a importância desses cuidadores e que a sociedade ofereça mais apoio, seja por meio de políticas públicas, serviços de assistência de saúde física e psicológica ou programas de treinamento para capacitação do cuidado, para garantir que os cuidadores possam desempenhar seu papel sem comprometer sua saúde e qualidade de vida. Pensando nisso, o curso de Fisioterapia da Unoeste criou o projeto de extensão universitária “cuidar de quem cuida”, e que há um ano tem colhido muitos frutos. Com a parceria da clínica escola de Fisioterapia da Unoeste, cuidadores informais de pacientes dependentes recebem inúmeras avaliações físicas e funcionais, e os estudantes supervisionados pela realizam um rastreio em saúde dessa população que muitas vezes não tem tempo de ir ao médico e procurar ajuda. Os estudantes realizam também orientações e treinamento prático sobre as formas adequadas de transferir os pacientes da cama para a cadeira de rodas, confeccionam cartilhas e vídeos com orientações sobre o manejo de pessoas acamadas e encaminhamentos quando necessário. Os estudantes cuidam de quem tanto cuida e não tem tempo de autocuidado. 

Dra. Aline Duarte Ferreira é fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia da Unoeste.

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