Psicologia Unoeste realiza Aula da Família para calouros

Podemos definir família como um sistema grupal em que seus membros, elementos deste sistema, participam através do desempenho dos papeis, criam uma estrutura que sustenta este sistema. Teoricamente falando, a família tem o papel de ser a base, ela é o núcleo fundamental que proporciona suporte emocional, educacional e moral aos seus membros, nela também são adquiridas habilidades práticas para enfrentar desafios do cotidiano. Sabendo disso, e com a finalidade de integrar as famílias a universidade, o curso de Psicologia da Unoeste realizou no último sábado (9) a “Aula da Família”, no Auditório Azaleia, no campus 2. Estiveram presentes mais de 30 famílias com pais, mães, irmãos, avós, tios e tias, cunhados e cunhadas e primos. Nas mais diferentes composições de famílias, os participantes foram acolhidos pela coordenadora do curso, Dra. Regina Gioconda de Andrade.

Logo em seguida, os presentes acompanharam e participaram de uma palestra conduzida pela professora doutora Zilda Rodrigues Nogueira. Também participaram de uma bate-papo e conheceram a instituição por meio de um vídeo institucional. Para Regina, o intuito da Aula da Família é aproximá-las da universidade. “É primordial que eles nos conheçam e saibam o que a gente propõe, o que a gente espera, o que eles podem encontrar aqui. Estou muito feliz com a participação de todos. O tema é importante para que a gente trabalhe conceitos, aspectos da psicologia. Isso ajuda muito no caminhar do ano letivo”. 

Regina pontua que a escolha pela formação superior em alguns casos podem gerar conflitos familiares e que trazer as famílias para conhecer o curso mostra a elas os motivos que levaram o jovem a fazer tal opção. “Foi muito bacana porque nessa aula eu consegui apresentar 80% do corpo docente. Então, essas famílias criam uma relação com o professor, com o curso, quando o aluno em casa cita o nome do docente as famílias têm uma referência e isso gera confiança e, assim, ela pode acompanhar e ajudar esse jovem a desenvolver autonomia, para que ele se transforme e se torne um psicólogo com autonomia”.

Por fim, a coordenadora destaca a fala da professora Zilda durante a palestra. “Temos famílias que são compostas de maneiras diversas. Existem famílias de sangue, famílias que não são de sangue, famílias que são apenas compostas de pai, mãe, tio ou tia, irmãos ou avós. A composição da família não é a família tradicional que a gente sempre cita, pai, mãe e irmãos. E a professora Zilda foi muito feliz quando ela fala que o principal ingrediente da família é o amor e não o laço sanguíneo”. 

Foto: João Paulo Barbosa

Aprovação familiar

Dentre os participantes, a aluna Maria Eduarda Campos esteve acompanhada de sua mãe, Milena Martins Campos que é egressa do curso de Psicologia e nesse sábado retornou a universidade para acompanhar a filha nesse momento. “Voltar a instituição que me formei para trazer a minha filha é muito significante. É muito gostoso ver a trajetória que eu fiz e saber que ela vai fazer. Estar na faculdade, recordar, olhar os exemplos dos professores, me faz ver que a escolha que fiz lá atrás foi certa. Acredito que essa transição de mundos, de momentos, de pais e agora ela adulta e ingressando no curso, demarca o meu papel de mãe, o papel da universidade. O papel dela enquanto universitária agora é com ela”. 

Para a filha, a mãe sempre foi um exemplo de profissional. “Tenho muita gratidão de poder ter a minha mãe ao meu lado nessa aula. Ela atua na área que eu quero me formar e agora vou conhecer ainda mais essa área. Sempre gostei muito da área da saúde, mas sempre quis um contato mais aprofundado com as pessoas e como sempre tive o exemplo da minha mãe ao meu lado, o curso da Unoeste sempre foi uma boa opção”, fala Maria Eduarda. 

Claudenir Zanfolim da Silva é avó da aluna Fabrícia Rocha, e ao lado da neta e na primeira fila do auditório participou de todos os momentos ativamente. “Gostei muito. Foi muito proveitoso. Aprendi muita coisa que não sabia, essa aula foi maravilhosa. Eu amei”. Para Fabrícia, a aula é um momento de integração. “Vejo como uma oportunidade das famílias se integrarem ao nosso mundo, daquilo que a gente aprende em sala de aula e que vai trazer pra família que muitas vezes é de outra geração, nossos pais, nossos tios, nossos avós. Eles vão ser integrados no nosso mundo que eles ouvem pouco falar. Foram abordados um pouco do que é o conceito de família, um pouco do que é o conceito de psicologia, do porquê a gente escolheu o nosso curso. É muito importante que as famílias atuem como fonte participativa da nossa vida e que elas estejam cientes do que vamos ser como profissionais”, expõe a aluna.

Álvaro Luiz Pereira e Silva participou da aula ao lado dos pais, da irmã e do cunhado. Para Selma Pereira e Silva, mãe dele, a aula superou todas as expectativas. “Eu não imaginava que seria assim. Talvez pensei em um outro formato, mas me surpreendeu muito. Desde a introdução, mostrando como a faculdade é tão diversa e com tantos cursos hoje. Foi muito interessante quando apresentaram a estrutura da instituição e depois do curso, as notas, os conceitos. Minhas expectativas para a formação do Álvaro são muito boas, sei que ele terá uma boa capacitação e que estará preparado para o mercado de trabalho. Acredito que hoje o mundo, entende a necessidade desse profissional”.

Selma destaca a fala da professora Zilda sobre a família. “O momento em que ela fala da família, dos pais, da estrutura da família, dessa ordem que tem dentro de uma família, de não poder viver pelos filhos, de valorizar os pequenos passos, as conquistas, de criar o filho pro mundo e aos poucos empoderar esse filho para assumir as responsabilidades da vida, mexeu muito com as minhas questões pessoais. A aula para mim foi maravilhosa. Eu até parabenizei a professora Zilda porque eu sinceramente me emocionei”, fala. 

Para o filho e futuro psicólogo, ter a família ao lado nesse início de curso é muito importante. “É nossa família dentro do próprio ambiente da universidade com uma participação mais ativa e isso faz diferença absurda em nossa vida. Tanto nos sentidos de crescimento quanto no sentido financeiro, da profissão, e como ser humano mesmo. E eu acho que ter essa base da família, ter alguém para estar lá e ajudar você na queda da vida, digamos assim, é muito importante. Me apaixonei pela área devido ter iniciado terapia e entendi a importância disso dentro da saúde mental da pessoa e dentro da saúde de uma forma geral. Como a gente está vendo dentro do curso aqui na Unoeste, a saúde não é só cuidar do corpo, mas cuidar da mente também. E eu me apaixonei. Desde a primeira aula, eu estou gostando de todas as aulas. Eu acho que cada dia é um melhor que o outro”.