O preço do conforto
Viajar é bom. Descansamos, vemos novas paisagens, vemos outras pessoas e culturas e nos interagimos com o ambiente. Duas formas de conduzir seu lazer, depende de como você pretende viabilizar sua viagem.
Lógico que a primeira coisa que vem na cabeça é o sonho a ser realizado. A segunda é quanto temos de dinheiro no bolso. A segunda vai viabilizar a primeira, ou pelo menos ajustar as expectativas. Entretanto a viagem ocorrerá conforme o nível de conforto desejado.
Mas aqui a questão é de que forma se pretende fazer sua experiência de viagem. A mais econômica logicamente é a de pôr uma mochila nas costas, pesquisar preços, optar por locais de pernoites econômicos, comida frugal, e assim por diante. Passeios? Na hora a gente vê e vai...
Por outro lado, tem aquela viagem que você compra de pacote, com transporte, transfer, hotel, passeios e outras amenidades incluídas. Neste caso, o resultado financeiro é bem mais caro e depende de arranjos com uma agência de viagem.
Quando comentamos com as pessoas, acabam se manifestando que é caro, que não viajariam assim, etc. Mas será que é tão caro assim? Pense um pouco: você trabalha o ano todo, sofre pressão de cronogramas, stress de compromissos, decisões sem fim, angústia de ter de fazer muitas coisas que não faria em primeiro lugar, além de precisar constantemente de se submeter à agenda de diversos compromissos de família, trabalho, religião, amizades e outras formalidades da vida.
A última coisa que se pretende ao tirar férias em uma viagem é ter de se preocupar com estas coisas. Assim, ao se contratar um pacote de viagens, está se colocando um ponto de folga nas decisões. Já tem as coisas decididas, restando apenas o que comer, beber e comprar de souvenir.
Um elemento adicional é a questão de segurança e tranquilidade. Apesar de todas as precauções, os riscos estão presentes, e a última coisa que desejamos é ter o infortúnio de ficar correndo atrás de resolver situação para as quais não nos preparamos, nem queríamos assumir.
Um exemplo disto, ocorreu em uma viagem recente que fizemos, quando uma pessoa do grupo de excursão sofreu um acidente e precisou de suporte médico-hospitalar. As coisas ficam complicadas, quando se está longe de casa, de nossos acessos em termos de saúde, etc. No caso citado, a empresa de turismo acionou imediatamente todos os recursos de suporte, direcionando atendimento de urgência, com cobertura plena de acompanhamento, até o restabelecimento do turista.
Não imaginamos que isto possa ocorrer, nem desejamos. Mas quando ocorre com alguém próximo ao seu lado, nos leva a refletir sobre o custo do sossego e da segurança. Em sua próxima viagem de férias, pense nisto. Talvez o custo x benefício seja bem razoável na hora de contratar uma viagem de lazer segura e realizadora.
Wilson Roberto Lussari é doutor e coordenador de curso de Gestão Comercial EAD e professor do Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unoeste.