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Lifelong learning
Estudantes universitários das modalidades de ensino técnico e médio alimentam a ilusão de que, depois de formados, nunca mais precisarão estar numa sala de aula, fazer trabalhos, estudar em livros e no computador. Realmente, alguns profissionais formados fazem exatamente isso quando já estão no mercado. E vão ficando desatualizados, ultrapassados e para trás em suas atividades.
Lifelong learning, que traduzindo significa aprendizado ao longo da vida, é o conceito que os estudantes deveriam ter em mente desde o início do ensino fundamental. Deve ser um papel dos professores e pais deixar bem claro aos estudantes que eles passarão pelas fases formais “obrigatórias” de aprendizagem até o final da graduação, mas depois a aprendizagem se tornará um jogo infinito.
Enquanto não há mudança de cultura, pouquíssimos jovens ficam animados com essa perspectiva de “estudar para sempre”. Mas há uma vantagem enorme nesta última fase da aprendizagem (que não termina), pois os profissionais-estudantes podem literalmente escolher o que aprender, seja num curso na universidade, em plataformas ou de forma autônoma com o imenso conteúdo da internet.
O conceito surgiu na Europa na década de 1970 e sempre foi utilizado na prática pelos profissionais preocupados em se aprimorar cada vez mais e continuar a evolução em sua atividade. A diferença é que no século XXI o conhecimento passou a ser produzido e propagado numa velocidade muito maior, provocando a obsolescência cada vez mais rápida dos conhecimentos anteriores.
Vivemos hoje a indústria 4.0 centrada na tecnologia, automação e aprimoramento dos processos, enquanto já caminhamos para a sociedade 5.0, que está em concepção para que a tecnologia tenha maior direcionamento para o bem estar dos seres humanos, considerando o tripé de qualidade de vida, inclusão e sustentabilidade.
Para os profissionais das diversas áreas de atuação alguns conhecimentos sobre comunicação, aprendizado de máquina, inteligência artificial, trabalho em ambiente virtual, integração em equipe multidisciplinar, habilidades sócio-emocionais (soft skills), dentre outros, são essenciais para que se mantenham na média e em com condições de buscarem maior destaque e sucesso profissional.
E então, que tal mudar seu mindset para a atitude de crescimento e já pensar em se inscrever num curso para o próximo mês?
Jair Rodrigues Garcia Júnior é fisiologista e professor da Unoeste