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Estudo aponta necessidade de ações de saúde em penitenciária

Artigo “Soroprevalência e determinantes sociais de sífilis em uma penitenciária feminina do interior do estado de São Paulo” foi publicado no Boletim Epidemiológico Paulista


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo aponta necessidade de ações de saúde em penitenciária
Participantes foram submetidas ao teste rápido de Sífilis

Estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em parceria com a Diretoria Regional de Saúde (DRS-11), buscou estimar a prevalência da sífilis em mulheres privadas de liberdade na penitenciária feminina de Tupi Paulista, no interior do estado de São Paulo. A pesquisa foi publicada no Boletim Epidemiológico Paulista e aponta que 5,5% da população participante do estudo testaram positivo, comprovando a necessidade da realização de medidas preventivas e assistenciais que devem ser planejadas por gestores numa perspectiva humanizada.

A sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) curável. Além de ser transmitida no ato sexual sem uso de preservativos, também pode passar para a criança durante a gestação ou parto. De acordo com o estudo, foi encontrado a prevalência de soropositividade do teste treponêmico para sífilis em 16 mulheres do grupo de reeducandas, num total de 289 participantes. O uso de drogas foi o único fator que apresentou correlação significante. A capacidade da unidade carcerária é de 708 reclusas, e durante o estudo mantinham 1.373 com idades entre 25 e 39 anos, segundo dados da SAP. 

Para a professora doutora Édima De Souza Mattos, coordenadora do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS/FAMEPP) e do grupo responsável pelo desenvolvimento da pesquisa, existe a necessidade de planejar e executar medidas que contribuam com a melhoria da saúde da população carcerária. “Os resultados dessa pesquisa revelam o “retrato” da população carcerária feminina, pois demostram vários aspectos sociais como a escolaridade, habitação, emprego/renda, etnia e mapa das condições de saúde numa penitenciária. Os dados revelados corroboram que determinantes sociais e saúde estão intrinsicamente ligados no âmbito social humano”.

Foto: Arquivo/Cedida Envolvidos no projeto: alunas, professores da Unoeste e profissionais do HR e DRS-11
Envolvidos no projeto: alunas, professores da Unoeste e profissionais do HR e DRS-11

Ainda, para a professora, o estudo e sua publicação no boletim proporcionam uma relação de aproximação entre profissionais e essa parcela da população carcerária feminina. “A troca de experiência do mundo real e conscientização sobre a corresponsabilidade de gestores, profissionais da saúde e da sociedade comprova as desigualdades sociais existentes no ambiente carcerário. Por ser pouco pesquisado, ocorre o obscurantismo da realidade das presidiárias. Portanto, é de suma relevância a publicação dos resultados dessa pesquisa numa revista de projeção nacional centrada em epidemiologia, foco desse trabalho”. 

A professora afirma que estão previstas a realização de atividades de Educação em Saúde, que serão ministradas por alunas do curso de Medicina com a orientação de professores e faz o agradecimento aos colaboradores: o médico Dr. Paulo Eduardo Mesquita, o farmacêutico do Hospital Regional (HR) Adriano Messias de Souza, a professora Elaine Dornelas e Maria do Carmo Souza Cruz, da DRS-11. 

Serviço – O trabalho completo “Soroprevalência e determinantes sociais de sífilis em uma penitenciária feminina do interior do estado de São Paulo” pode ser encontrado na edição 215 do Boletim Epidemiológico Paulista, neste link.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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