Criatividade e mão na massa: alunos desenvolvem e-bikes
5ª edição do Concurso de Bicicletas Elétricas foi realizada nesta quinta-feira (6) e envolveu os acadêmicos das Engenharias Elétrica e Mecânica
Elas estão por todos os lugares! Por conta da praticidade e do conforto, as bicicletas elétricas, também chamadas por e-bikes, já fazem parte do nosso cotidiano. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), em 2018 foram produzidas 779 mil unidades de bikes elétricas, um aumento de 17% em relação a 2017. Para 2019, estima-se um crescimento de 10%. A fim de agregar esse cenário à formação acadêmica, o curso de Engenharia Elétrica da Unoeste promove o tradicional Concurso de Bicicletas Elétricas. A quinta edição da iniciativa foi realizada nesta quinta-feira (6) e também envolveu os alunos de Engenharia Mecânica.
O coordenador das graduações, Cesar Daltoé Berci, explica que a atividade é voltada aos estudantes do 1º termo e é promovida por meio da disciplina Introdução à Engenharia, da qual ele também é o professor responsável. “A ideia é proporcionar o primeiro contato com um projeto e a implementação de ideias”, explica. Destaca que a construção das bicicletas incentiva uma série de competências. “São habilidades relacionadas desde a projeção da e-bike, além da busca por soluções e a capacidade de improviso”.
Durante a competição, os grupos apresentaram o resultado do trabalho para uma banca formada pelos professores Fernando Fajoni, Rafael Bratifich e Wilson Luiz Pretti. Os critérios utilizados nas avaliações foram originalidade, inovação e funcionalidade. Para Berci, o empenho foi muito satisfatório. “Todas as equipes conseguiram construir as bicicletas. Além disso, os relatórios entregues sobre todas as etapas do projeto estavam muito bons”. Acrescenta que essa vivência se torna um projeto integrador, pois aborda conteúdos como a geometria, física, cálculo e química. “Eles tiveram que calcular forças, potências e relações de transmissão. Acredito que foi uma experiência deslumbrante, pois desde o primeiro termo permitiu uma aplicabilidade prática do conhecimento adquirido nos cursos”.
Lindre Roberto Rufino da Costa, 20, cursa Engenharia Mecânica. Morador de Presidente Epitácio (SP), ele conta que o pai é mecânico e que a oficina já se tornou um negócio de toda a família. “Cresci nesse ambiente e comecei a gostar dessa área”. Para o acadêmico, a formação superior é importante e, por isso, optou por uma graduação que tem a ver com a sua afinidade. “Quero ter uma qualificação mais técnica para poder ajudar o meu pai com o seu negócio”. Sobre a atividade desta quinta (6), diz que o grupo construiu a “Caveirinha” que, inclusive, foi a vencedora. O seu motor possui a potência de 1.000 Watts e a bateria tem autonomia para durar 30 minutos. “Foi um trabalho difícil, mas que nos trouxe um resultado positivo. Aprendi bastante, principalmente sobre os cálculos cinéticos necessários para a construção desse meio de transporte”, conclui.
Angelo Gabriel Conte Furlan, 20, é de Euclides da Cunha (SP) e cursa Engenharia Elétrica. A sua equipe construiu o triciclo “Juninho”. Comenta que a futura profissão apresenta um cenário positivo quanto à empregabilidade e aos altos salários. Descreve que a atividade foi bem diferente, pois motivou para que eles saíssem da zona de conforto. “Agregar a parte técnica com a prática na elaboração da bicicleta e no relatório agregaram bastante à minha formação”.
Para a amiga de sala, Evelyn Xavier, 19, moradora de Tarabai (SP), a iniciativa foi bem legal, pois possibilitou a construção da “Sucatinha” com um baixo custo. “Jamais imaginava que no primeiro termo teria que construir algo. Foi uma experiência bem produtiva”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste