Plasma rico em plaquetas acelera o processo de cicatrização
Eficiência é obtida no tratamento de feridas com aplicações em intervalos curtos e de forma seriada
Pesquisa científica avalia o efeito do plasma rico em plaquetas, conhecido pela sigla PRP, na cicatrização de feridas. O modelo experimental foi desenvolvido em coelhos. A conclusão foi de que há eficácia. Houve aceleração no processo de cicatrização. A constatação é de que a aplicação deve ser feita em intervalos curtos e de forma seriada. É assim que se comprovou o potencial terapêutico sobre as lesões cutâneas. “Pode ser uma alternativa para o tratamento de feridas”, diz a autora da pesquisa Eliane Szücs dos Santos.
Os estudos foram desenvolvidos nos últimos dois anos no mestrado em Ciência Animal da Unoeste, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, com orientação da Dra. Cecília Braga Laposy. A dissertação produzida foi defendida publicamente na tarde desta quinta-feira (14), com a avaliação pelas doutoras Rosa Maria Barilli Nogueira e Audrey de Souza Marquez na condição de membro externo, convidado na condição de pesquisador que atua na Universidade Norte do Paraná (Unopar).
Com a devida aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (Ceua) o plasma rico em plaquetas aplicado em feridas cutâneas induzida no dorso de coelhos, sendo do lado direito considerado controle, tratado com NaCI 0,9%. No lado esquerdo houve o tratamento com gel autólogo do plasma. As lesões foram avalizadas por um período de 17 dias em seis coelhos, sendo três machos e três fêmeas adultos, da raça Nova Zelândia, com pesos pouco acima de 3 kg.
Por seis vezes, com intervalos de três e quatro dias, os animais foram avaliados quanto ao peso e comportamento. As feridas foram avaliadas morfológica e morfometricamente. No último dia foi feita biópsia para avaliação histopatológica. Conforme Eliane, a morfometria das feridas foi avaliada estatisticamente pelos métodos de Mauchly e contrastes pelo método de Sidak; e teste t-pareado.
“Macroscopicamente foi evidente a cicatrização precoce da ferida tratada com PRO gel autólogo em relação ao grupo controle, o que também foi comprovado nas análises histológicas. Conclui-se que o PRP é eficaz e acelera o processo de cicatrização quando aplicado em intervalos curtos e de forma seriada, comprovando seu potencial terapêutico sobre lesões cutâneas”, afirma Eliane que foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste