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Estudo avalia eficiência de tecnologias biológicas em milho

Bioestimulante tem resultado promissor no desenvolvimento inicial das plantas e inoculação tem maior efeito em laboratório 


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Foto: Cedida Estudo avalia eficiência de tecnologias biológicas em milho
Experimento a campo, na Fazenda Guatá, em Lucas do Rio Verde (MS)

Aplicação de tecnologias biológicas no tratamento de sementes apresenta resultado promissor no desenvolvimento inicial da cultura do milho com a aplicação de bioestimulante, enquanto a inoculação tem maior efeito em laboratório. 

Tais substâncias à base de microrganismos geram benefícios para as plantas com relação ao crescimento e ao desenvolvimento, podendo promover eficiência nutricional, tolerância ao estresse e fixação de nitrogênio.

O estudo do engenheiro agrônomo Ivalino Alves Xavier Pinto resultou na dissertação com o título “Avaliação da eficiência do tratamento de sementes com bioestimulantes e Azospirillum na promoção do desenvolvimento inicial na cultura do milho”.

Grande relevância

A pesquisa levou em consideração que o milho é uma cultura de grande relevância econômica e social no Brasil, sendo amplamente cultivado em diversas regiões do país; incluindo Mato Grosso, onde atua o responsável pelo estudo.

Também considerou que estratégias com uso de bioestimulantes e inoculação com Azospirillum brasilense têm sido estudadas para melhorar o crescimento e desenvolvimento das plantas; e aumentar resistência a estresses abióticos e bióticos.

Os abióticos são relacionados às tensões causadas por algumas situações, tais como seca, baixa ou alta temperatura.  Os bióticos têm a ver com ações de ataques de organismos vivos, tais como fungos, insetos, bactérias, pragas e ervas daninhas.

Em Mato Grosso

Com orientação da professora Dra. Ceci Castilho Custódio, o estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do tratamento de sementes com bioestimulantes e Azospirillum brasilense na emergência e crescimento das plantas de milho.

Via tratamento de sementes, o experimento foi realizado no laboratório de sementes da Fundação Rio Verde de Pesquisa e na Fazenda Guatá, no município de Lucas do Rio Verde, no estado de Mato Grosso.

Foram utilizadas sementes de milho híbrido NS79 VIP3, com inclusão da inoculação com Azospirillum brasilense (Azotop) e diferentes bioestimulantes: Stimulate, Biozyme, Germinate e Radifarm: além de um controle sem bioestimulantes. 

Parâmetros avaliados

O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados (DBC), com quatro repetições. Foram avaliados parâmetros como emergência e velocidade de emergência no laboratório e no campo.

As avaliações também compreenderam outros parâmetros, que foram os de crescimento da parte aérea e radicular por ganho de biomassa seca, altura e diâmetro do colmo em campo até 35 dias. 

Os bioestimulantes promoveram um crescimento mais vigoroso das plantas, resultando em maior biomassa e altura. Dentre os produtos testados, Biozyme apresentou o melhor desempenho no desenvolvimento radicular e da parte aérea.

Interação significativa

A inoculação com Azospirillum brasilense teve impacto significativo apenas nos ensaios laboratoriais, sugerindo que sua eficácia pode depender da interação com fatores ambientais e do solo.

Ainda conforme dados apresentados pelo autor na defesa pública, não foi observada interação significativa entre os bioestimulantes e a inoculação para a maioria dos parâmetros avaliados, indicando que seus efeitos foram isolados.

O uso de bioestimulantes, especialmente Biozyme, mostrou-se promissor para o desenvolvimento inicial das plantas de milho. A inoculação com Azospirillum brasilense teve maior efeito em condições controladas de laboratório do que em campo.

Variação do impacto

“O impacto dessas tecnologias pode variar de acordo com fatores ambientais, sugerindo a necessidade de estudos adicionais para melhor compreender os mecanismos envolvidos e otimizar seu uso na cultura do milho”, pontua Ivalino.

A defesa pública de dissertação ocorreu na manhã desta segunda-feira (16), totalmente on-line. Houve aprovação pelos avaliadores interno, Dr. Tiago Aranda Catuchi, e externa, Dra. Juliana Pereira Bravo.

Com isso, Ivalino está credenciado para receber o título de Mestre em Agronomia, a ser outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-gradução (PRPPG) da Unoeste, em Presidente Prudente.

Projeto de cooperação

Pelo Projeto de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI), a Unoeste ofertou o mestrado junto à instituição de ensino superior Unilasalle/Lucas, de Lucas do Rio Verde.

A avaliadora externa atua como professora na instituição parceira do projeto autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação.

A cerca de 1,5 mil km de Presidente Prudente, Lucas do Rio Verde fica a 334 km da capital mato-grossense Cuiabá. No setor do agronegócio, ocupa posição de destaque como 5º maior produtor de soja do estado.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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