Doação de sangue por universitários ajuda abastecer estoques

Como parte das ações do programa “Acolher para Transformar”, estudantes do curso de Ciências Biológicas da Unoeste estão envolvidos em campanha de doação de sangue junto ao Núcleo de Hemoterapia da Santa Casa de Presidente Prudente.

A ação iniciada no dia 5 deste mês, quando do início do ano letivo, tem prosseguimento e irá até o final de abril; conforme o responsável pela ação extensiva, o professor biólogo Dr. William Takata.

A gerente de enfermagem do Núcleo, a doutora em ciências da saúde Elaine Cristina Negri Santos, diz que a doação pelos universitários ajuda fortalecer os estoques e afirma que, por serem jovens, provocam o efeito de gerar doadores por repetição.

Outro fator positivo da campanha dos alunos do curso vinculado à Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) é o efeito multiplicador, com os estudantes mobilizando familiares para a doação.

Maria Eduarda Rossetti Rodrigues levou o pai Marcelo Antonio Rodrigues. Natália Maria da Silva Barbeta levou o irmão Miguel da Silva Barbeta que, por ainda não ter 18 anos, precisou estar acompanhado do pai. 

Carnaval, estoques e preocupação 

De acordo com a Dra. Elaine, embora os estoques estejam regulares, existe a preocupação neste momento em que se aproxima do carnaval, quando a doação de sangue acaba ficando de lado.

“Isso ocorre por causa de viagens e outras ações; sendo que a redução de doação pode comprometer os estoques. As campanhas em período crítico elevam o grau de importância das doações”, pontua.

Também explica que estoque regular é o que está dentro do limite para atender os pacientes, mas a queda no número de doadores pode comprometer. Não há falta de sangue devido a existência de uma rede que se comunica para que isso não ocorra.

Foto: Homéro Ferreira

A rede é ligada ao Hemocentro de Ribeirão Preto e possui núcleos em diferentes cidades, entre as quais estão Araçatuba, Fernandópolis, Franca e Presidente Prudente. O trabalho interligado é para atender grande parte do estado de São Paulo.

Outra questão relevante neste momento é a dengue. Quem foi acometido pela doença não pode doar sangue por 30 dias, depois da recuperação completa. Quem teve dengue hemorrágica são 180 dias. Isso causa impacto negativo na doação de sangue.

Formação profissional e cidadã 

O Dr. William diz que a campanha de iniciativa do curso de Ciências Biológicas mostra que a formação superior não serve somente para profissionalizar, mas também para promover cidadania; e que o ato de doar sangue é de ajuda ao próximo.

Natália fez parte do grupo de doadores que esteve no Hemocentro na manhã de sábado (22). Foi a primeira vez que doou sangue. “É importante para ajudar as pessoas. Não custa nada, é de graça e faz bem ao doador e a quem irá receber”, comenta.

Moradora do jardim Santa Fé, fez o ensino médio na Escola Maria Luiza Bastos, escolheu estudar na Unoeste pela nota máxima no MEC e por morar perto. Afirma que o curso é bom e conta que faz estágio no Laboratório de Ciências do Colégio Átomo. 

Maria Eduarda já tinha doado sangue e entende ser um ato de amor. Técnica agrícola pela Etec (Escola Técnica) Dr. Antônio Eufrásio de Toledo – o Colégio Agrícola – onde seu pai trabalha e sua família mora. Está na Unoeste por influência familiar.

Sua tia Sonia Rossetti é bióloga pelo mesmo curso que está fazendo. Maria Eduarda também faz estágio: cuida do laboratório do Colégio Cristo Rei. Seu pai, Marcelo, é auxiliar docente no Colégio Agrícola.