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Estudo constata baixa cobertura vacinal de mulheres grávidas

Vacinação durante a gravidez é essencial para proteger tanto as mães quanto os recém-nascidos de doenças infecciosas


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Foto: Homéro Ferreira Estudo constata baixa cobertura vacinal de mulheres grávidas
Dr. Edilson, João Pedro, Luiza, Luís Panucci, Dr. Euribel e Dr. Giuffrida

Baixo nível de documentação vacinal de mulheres grávidas e lacunas críticas de conhecimento sobre essa medida de proteção a doenças infecciosas destacam deficiências na qualidade da assistência pré-natal na saúde pública.

Ao analisar cartões pré-natais, estudo, em hospital público, revela resultado preocupante: apenas 11,2% com documentação da vacinação completa, com todas as quatro vacinas recomendadas; enquanto 31% não têm nenhum registro de vacinação.

A relevante produção científica com usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) no oeste paulista resultou em artigo que ganhou espaço em revista de visibilidade mundial, a Frontiers of Public Health, cuja tradução é Fronteiras em Saúde Pública.

A proposta da pesquisa levou em consideração que a vacinação durante a gravidez é essencial para proteger tanto as mães quanto os recém-nascidos de doenças infecciosas que podem ser prevenidas pela vacinação.

“Os recém-nascidos dependem de anticorpos maternos, transferidos da placenta para o feto e através da amamentação, para adquirir imunidade especialmente durante a primeira infância”, conforme os envolvidos no estudo. 

“Embora de grande importância a cobertura vacinal entre gestantes no Brasil permanece pouco conhecida, particularmente em regiões com poucos recursos, como o oeste paulista”, afirmam. 

Registro obrigatório 

No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) supervisiona os esforços de vacinação em toda a população, priorizando gestantes e crianças. Desde 1988, a caderneta de pré-natal serve como registro de saúde obrigatório.

Obrigatoriedade que vale tanto nos sistemas de saúde pública quanto no setor privado em todo país, resultando em documentando o atendimento obstétrico com os resultados de exames e as vacinações.

Documentação que é considerada ferramenta fundamental para o registro de informações essenciais de saúde, incluindo o esquema vacinal, que orienta os profissionais de saúde durante o parto. 

Apesar de sua importância, estudos que utilizam dados da caderneta de pré-natal revelam problemas sistêmicos, como documentação incompleta e registros inconsistentes dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

O PNI recomenda quatro vacinas principais durante a gravidez: tétano, difteria e coqueluche acelular (Tdap); hepatite B; influenza e Covid-19; de obrigatório registro na carteira pré-natal; o documento mais importante da gestante.

O estudo junto ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, pelo qual a Unoeste oferta mestrado em doutorado, foi conduzido no Hospital Estadual de Presidente Prudente, uma maternidade pública que atende pacientes do SUS.

Área de abrangência 

Unidade que compreende 45 cidades da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS-11). Foram avaliados registros de vacinação nas carteiras de pré-natal e o conhecimento sobre as vacinas recomendadas pelo PNI.

O estudo foi conduzido entre agosto de 2022 e abril de 2023. A população do estudo compreendeu 1.130 mulheres internadas para parto, das quais 541 (47,9%) tinham carteiras de pré-natal disponíveis para revisão.

No pós-parto, os dados das carteiras de pré-natal foram extraídos e as participantes responderam a um questionário estruturado para avaliar seu conhecimento sobre vacinas. Com os dados extraídos, o resultado é preocupante.

Além dos 11,2% dos cartões pré-natais analisados documentarem a vacinação completa e de 31% sem conter nenhum registro de vacinação; e de 91,1% que acreditavam ter tomado vacina durante a gravidez, 61,5% não conseguiram especificar quais vacinas.

Portanto, houve a constatação de baixo índice de vacina e lacunas de conhecimento das mulheres com idade média de 27,1 anos. Os envolvidos no estudo entendem que a resolução desses problemas exige esforços conjuntos.

São esforços para aprimorar a capacitação dos profissionais de saúde, especialmente médicos e enfermeiros; fortalecer a educação em saúde pública; e padronizar as práticas de documentação. 

Ciências da Saúde 

O artigo recém publicado faz parte da dissertação de mestrado em Ciências da Saúde (Medicina II) do médico ginecologista e obstetra Luís Antônio Gilberti Panucci, com a orientação do professor doutor Luiz Euribel Prestes Carneiro. 

Produção científica que contou ainda com a participação da estudante de Medicina Luiza Sant’Anna Pinheiro; e de João Pedro Teixeira Roque, especialista em informática do Hospital Estadual. 

Também participaram os professores doutores Rogério Giuffrida, dos programas de pós em Ciência Animal e Meio Ambiente na Unoeste; e Edilson Ferreira Flores, do Departamento de Estatística da Unesp, em Prudente.

Serviço

O artigo pode ser encontrado na íntegra pelo título: Evaluation of vaccination coverage and the knowledge of parturient admitted for labor in a public tertiary maternity hospital in western São Paulo, Brazil.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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