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O futuro da educação à nossa porta

Réflexions sur l’éducation.


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É inegável o quanto que a ciência e a tecnologia evoluíram. Os dados do IBGE demonstram que mais de 155 milhões de brasileiros, ou seja, 85% da população brasileira, utilizam os celulares para uso pessoal e para acesso à internet. Assim, por fazer parte do cotidiano dos brasileiros, esses recursos tecnológicos deveriam ser transportados para a educação como instrumentos hábeis para tornarem o ensino mais atraente. Consequentemente, transformarem os alunos em pessoas proativas, pois o meio de aprendizagem passa a ser inovador e ao mesmo tempo engajador.

Como já ensinava Imannuel Kant ( Tradução de Alexis Philonenko. Paris: Vrin, 1996) não se deve educar com base na sociedade atual, mas sim numa sociedade melhor. E é por isso que a tecnologia deve ser implementada na educação do nosso país, para auxiliar o professor nas atividades a serem desenvolvidas em sala de aula e melhorar a qualidade de ensino.

E é nesse ambiente de imersão tecnológica que a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) está comprometida com os seus alunos. Uma de suas criações foi a Arena Lab, uma sala altamente tecnológica, de 7 metros de diâmetro e extremamente escura, com uma arena elevada em 15 cm, em forma de mandala, cercada por uma parede de 2,5 metros de altura e composta por círculos para 36 pessoas. No teto está projetada uma estrutura metálica circular para acomodar todos os projetores de luz, cuja intenção é impactar e provocar estímulos sensoriais, por meio de jogos de perguntas e respostas, conforme o assunto que se trabalha em sala de aula. 

Como docente fiz um quiz com os alunos do curso de Direito do 2º termo B, no último dia 30 de maio. Na dinâmica, eles tinham trinta segundos pra responder assuntos relevantíssimos para um operador do direito, como prescrição, decadência e responsabilidade civil. Pela tomada de decisão rápida e pela aprendizagem dinâmica, saíram mais preparados para o mercado de trabalho. 

Normalmente essas matérias que nortearam o jogo são densas e complexas. Por isso a sala tecnológica possibilitou um engajamento na aprendizagem e, ao mesmo tempo, a satisfação dos alunos com a vida profissional por acurar habilidades em suas áreas de interesse. Ora, os alunos engajados são mais dedicados, motivados e focados a terem sucesso.

Esse cenário exclusivo de busca de conhecimento pela imersão tecnológica, em que os alunos se preparam para novas experiências, é o caminho para a educação e uma sociedade melhor. O futuro é hoje e está a nossa porta. Basta investir no alicerce: na educação. 

Francislaine Coimbra é advogada, doutora em Direito e professora na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista)

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