Sétima edição do Festival do Minuto conta com 51 curtas

Com o tema Ansiedade, o curta “Ela”, produzido pelos alunos Daiane Munakata, Eduardo Alves, Gabriel Henschel, Isabella Bertão e Júlia Gava, do sexto termo de Publicidade e Propaganda foi o vencedor da 7ª do Festival do Minuto, realizado pela Escola de Comunicação e Estratégias Digitais em parceria com o Design. O evento ocorreu nesta semana, no auditório Buriti, da Unoeste. Na edição, foram inscritos 51 curtas avaliados por um corpo de jurados formado por profissionais da casa e convidados. Os alunos do 8º termo de Jornalismo João Victor Fernandes e Vinícius Dalama garantiram o 2º lugar com o curta Aline? O 3º lugar foi para o curso de Publicidade Eduardo Lapenta, Gabrielle Zampoli e Leonardo Neves, com “Melhor do que parece”. 

O evento é um marco no calendário acadêmico dos cursos de Design e de Comunicação, evidenciando a importância de iniciativas que conectam teoria e prática de forma criativa. Os três primeiros colocados ganharam troféus produzidos na impressora 3D do Labdesign pelos professores Renato Pandur, um dos organizadores do evento, e Marcelo Mota, professor e coordenador do Design. Outra novidade foi a produção de cartazes dos filmes que ficaram no shortlist, ou seja, os 10 primeiros pontuados. Confira o rankeamento do shortlist.

O professor Pandur conta que foram meses de trabalho, definindo o tema, preparando a divulgação e estimulando a inscrição junto aos alunos, a produção artística e artesanal dos troféus, a seleção, organização e toda logística para que o corpo de jurados pudesse atribuir as notas de forma coerente com as práticas básicas do audiovisual. "É um trabalho de um semestre inteiro que resulta nesse evento incrível que reúne todos os alunos para assistir e comemorar as premiações. Um final de semestre merecido para todos”. 

Marcelo observa que ao longo das edições, o festival consolidou um histórico de sucesso que não apenas celebra o talento dos alunos, mas também reforça a sinergia entre os cursos de Design e da Escola de Comunicação. “Esta parceria é fundamental para proporcionar uma experiência interdisciplinar rica, alinhada às demandas do mercado profissional”.

A qualidade das produções chamou a atenção de quem acompanhou o evento. “Ficamos especialmente orgulhosos pela participação expressiva das turmas e pelo notável avanço na qualidade das produções apresentadas. Este evento vai além do ambiente acadêmico, contribui para o desenvolvimento técnico e criativo dos alunos, preparando-os para os desafios da vida profissional com criatividade, inovação e capacidade de síntese informativa. São habilidades indispensáveis na atualidade”, pontua Marcelo. 

A professora Thaisa Sallum Bacco reforça sobre a qualidade do que foi apresentado. “Os resultados surpreenderam, não só pela qualidade técnica, mas pela diversidade. Cada grupo teve autonomia em todo o processo de produção, da confecção do roteiro à pós-produção. No relatório final do projeto, eles testemunharam o quanto foi importante esse exercício para fixar todos os conceitos teóricos discutidos ao longo do semestre na disciplina”, explica Thaisa que ministra Linguagem Audiovisual para estudantes de Jornalismo do 4º termo, que produziram curtas para o Festival ao final da disciplina. 

Foto: Marlene Reverte

Participação acadêmica

O aluno Eduardo, integrante do Ela, explica que a premiação coroou o resultado de todo um trabalho que, de certa forma, teve início no fim da última edição, quando seu curta ficou em segundo lugar. Neste ano, com dois novos integrantes, o grupo investiu tudo na produção. “Estou superfeliz com o nosso resultado, principalmente, por causa do esforço coletivo que todo mundo do grupo colocou no projeto. Como ano passado a gente bateu na trave, esse ano queríamos muito buscar o primeiro lugar e acho que essa vontade de todo mundo ajudou demais no desenvolvimento”.

O outro integrante do grupo, Gabriel, explica que os alunos planejaram todos os aspectos que envolveram a execução do curta. “A gente pensou em deixar perfeito áudio, qualidade da imagem, composição, cores, a trilha. Tentamos ser diferente, causar um espanto”. Gabriel destaca que a atuação da aluna Júlia Gava também foi um diferencial que ajudou muito. Para ele, eventos como esse, de competição, estimula muito o aprendizado, pois permite conhecer os outros trabalhos e pensar em novas propostas. “Aprendemos muito com isso”, sintetiza. 

Contribuição formativa

O professor e coordenador da Escola de Comunicação, Dr. Tchiago Inague, ressalta que o evento tem se mostrado, cada vez mais, firme e com grande aderência com os alunos de Publicidade, Jornalismo, Marketing e Design. “Ele transborda para todos os cursos, onde os alunos são desafiados a narrar uma história em 60 segundos. Eles fizeram de modo brilhante, conduzidos pelos professores. Isso mostra que a faculdade busca aplicar as teorias na prática para que os alunos possam estar aptos ao mercado do trabalho”.

Avaliação criteriosa

Fizeram parte do corpo de jurados os seguintes profissionais Luciano Pascoal, cineasta da Vertigo Filmes, Londrina (PR), Aryell Souza, polo audiovisual do Velho Oeste, Assis (SP), Mariangela Fazano, professora de Semiótica e Estudos da Linguagem, Dra. Regina Gioconda, professora e psicóloga, Paulo Miguel, jornalista e fotógrafo e João Victor, publicitário e diretor de fotografia. 

Conforme o regulamento, os critérios para a avaliação contemplaram a adequação ao tema (Ansiedade), criatividade (originalidade de roteiro), técnica (cinematografia, edição e fotografia) e produção sonora (trilha original e estética do audiovisual). Cada item correspondeu a uma avaliação de 0 a 5 onde cada um dos seis jurados pôde atribuir suas notas. Para a avaliação, os jurados tiveram acesso ao nome do curta, sinopse, vídeo e quadro de avaliação para atribuição das notas.

A professora Mariangela, que organiza o evento desde 2004, e que agora também faz parte do corpo de jurados, conta que vem testemunhando uma evolução impressionante na produção dos estudantes. “No início, era comum observar experimentações mais simples, onde a execução técnica, muitas vezes limitada pelos recursos disponíveis, era superada pela paixão e pela originalidade dos participantes. Hoje, graças ao avanço das tecnologias audiovisuais e ao crescente interesse dos alunos pelo setor, os vídeos têm apresentado roteiros mais elaborados, narrativas inovadoras e uma execução técnica que reflete a qualidade e a profissionalização das novas gerações”.

A professora conta que como jurada tem o privilégio de avaliar os trabalhos com base em critérios como roteiro, originalidade, criatividade, execução técnica, fidelidade ao tema e apresentação. “Essa experiência me oferece a oportunidade de observar como os estudantes transformam as limitações de tempo em um catalisador para a inovação, explorando diferentes linguagens e estilos. A cada edição, o festival reforça sua relevância como ferramenta pedagógica e espaço de expressão artística. Organizar e participar do Festival do Minuto como jurada é, para mim, uma maneira de contribuir ativamente para a formação de talentos e para a valorização do audiovisual como meio de comunicação e expressão”.

Saiba mais 

Este evento foi criado pelo cineasta brasileiro Marcelo Masagão em 1991 e é uma celebração da criatividade e da liberdade de expressão no audiovisual, sendo realizado não apenas em instituições educacionais do Brasil, mas também em diversos países. O formato desafiador de vídeos de até um minuto permite que os participantes explorem sua capacidade de síntese, criatividade e originalidade, enquanto abordam temas sugeridos a cada edição.

                                                                                                                                                                   Colaboração da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste