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Evento orienta cuidados sobre amendoim em sistemas irrigados

4ª edição do Dia do Amendoim foca em precauções para evitar problemas como plantas daninhas, pragas e doenças 


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Foto: Maycon Morano Evento orienta cuidados sobre amendoim em sistemas irrigados
Estações instaladas a campo na Fazenda Experimental da Unoeste

A 4ª edição do Dia do Amendoim deixa o legado sobre cuidados com o cultivo de amendoim em sistemas irrigados na região oeste paulista, onde essa prática ainda é pouco usual e está sendo estimulada por pesquisadores.

Realizado pelo Programa de Pós-graduação em Agronomia (PPGA) da Unoeste e com envolvimento da Fundação do Oeste Paulista de Inovação (Fopi), o evento ocorreu durante a manhã e começo da tarde de sexta-feira (13).

O 4º Dia do Amendoim Sequeiro e Irrigado foi na Fazenda Experimental da Unoeste, em Presidente Bernardes (SP), e recebeu cerca de 200 participantes: produtores, técnicos, profissionais do setor e de estudantes de graduação e pós-graduação.

Conforme o coordenador do PPGA, Dr. Fábio Rafael Echer, o evento ofereceu ampla abordagem sobre o cultivo do amendoim em sistemas irrigados, que não é uma prática muito comum ainda na região, mas que está começando. 

“O intuito foi alertar os produtores sobre os cuidados que precisam ter, como proceder e quais são as precauções para evitar o surgimento ou a potencialização dos problemas como plantas daninhas, pragas, doenças e próprio manejo do solo e água”, pontuou.

“Em conversas com participantes houve a constatação de que o evento superou as expectativas. Gostaram muito do formato. Elogiaram muito o trabalho que a Unoeste e o PPGA vem fazendo em relação às pesquisas que estão produzindo”, contou.

“Esse foi o grande legado do 4º Dia do Amendoim. Agora, nosso grande desafio é fazer o 5º Dia do Amendoim ainda melhor, no ano que vem, junto com o 2º Simpósio Brasileiro do Amendoim. 

Parceiro na organização do Dia do Amendoim, o doutorando Carlos Felipe Cordeiro disse que a ideia central era envolver os produtores para apresentar novos conhecimentos obtidos em pesquisas e a serem utilizados nas lavouras.

Aplicação nas lavouras

O produtor Lucas Penariol Agostinho, de José Bonifácio (SP) na região de São José do Rio Preto (SP), comentou que o Dia do Amendoim agrega bastante informação para ser aplicada nas lavouras e compartilhar com a Turma do Amendoim no Instagram.

Já são 15 anos que Lucas está envolvido com a produção de amendoim, cultura que sua família vem trabalhando nos últimos 45 anos. Outro aspecto destacado pelo produtor sobre o “Dia” é a troca de informações entres os produtores.

Ao contar que produz evento do gênero, falou que o próximo evento da Turma do Amendoim será nos dias 15 e 16 de janeiro próximo. Outro produtor, Helder Lamberti Filho, de Regente Feijó (SP), reafirmou o que disse seu colega.

Integrante do grupo Amendoim Brasil, que se viabiliza pelo Instagram, Helder já recebeu o Dia do Amendoim em propriedade de sua família, a qual também tem servido como campo de pesquisa.

Dentre os estudantes participantes do Dia do Amendoim, o presidente da Agripec, a agência júnior da Agronomia, Leonardo Bueno Duailibe, disse que o evento é uma oportunidade de dar visibilidade à empresa do curso.

Comentou sobre mostrar o que estão fazendo e os serviços que são oferecidos aos produtores, dizendo que quando saírem para o mercado terão entendimento de como lidar com o trabalho e com as pessoas.

Em caráter interinstitucional e internacional, as palestras foram iniciadas pela Dra. Cristiane Pilon, pesquisadora vinculada à Universidade da Georgia, em Tifton, nos Estados Unidos. Ela falou sobre “Estresse hídrico em amendoim”.

Cinco estações 

Em cinco estações com participações rotativas, com os presentes divididos em grupos, a de “Manejo de doenças de solos em áreas irrigadas”, com o engenheiro agrônomo Rodolfo Pires Ribeiro, da cooperativa Camda.

A estação “Manejo de solo e da água” ocorreu com o Dr. Cássio Tormena, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Dra. Maria Albertina Monteiro dos Reis, da Unoeste.

A estação “Sistema de semeadura direta e rotação de cultura” foi conduzida pelo Dr. Carlos Felipe dos Santos, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, Dr. Ciro Antonio Rosolem e Dr. Fábio Rafael Echer, da Unoeste. 

O Dr. Tiago Salgado, da Herbae – Consultoria e Projetos Agrícolas, conduziu a estação, de “Manejo de plantas daninhas em sistemas de rotação de culturas”. A estação “Cultivares de Amendoim” foi programada com pesquisadores do Brasil e Argentina.

Estação com a Dra. Taís Suassuma, da Empresa Brasileira de Pesquisadora Agropecuária (Embrapa), Dr. Ignásio Godoy, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Criadero El Carmen, de produção de sementes na Argentina.

Foto: Homéro Ferreira Homenagem ao Dr. Ciro, entre a esposa Mônica e o Dr. Fábio
Homenagem ao Dr. Ciro, entre a esposa Mônica e o Dr. Fábio

Abertura e homenagem

A abertura se deu em galpão coberto, com pronunciamentos de gestores, homenagem a pesquisador e palestras; seguidas de exposições de resultados de estudos em cinco estações instaladas no campo, na área de cultivo.

O pró-reitor Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste enalteceu a organização na pessoa do coordenador do PPGA, Dr. Fábio Rafael Echer e destacou a importância da participação de produtores e empresas.

Saudação especial foi feita ao professor Dr. Ciro Antonio Rosolem, dizendo que sua presença valoriza o evento, citando sua história de pesquisador construída junto à Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), no campus da Unesp em Botucatu (SP).

Grande referência 

O diretor da Faculdade de Ciências Agrárias da Unoeste, Dr. Carlos Sérgio Tiritan, se referiu ao Dr. Ciro como grande referência em formação profissional e comentou sobre a transformação do agronegócio no Brasil, de sair de importador para exportador.

Fez referência aos últimos 30 ou 40 anos para em seguida dizer que o Dia do Amendoim ajuda a desenvolver essa cultura. O Dr. Fábio disse ser uma honra receber tantas referências em cada área da produção de amendoim.

Também saudou especialmente o Dr. Ciro que foi seu orientador na pós-graduação na Unesp, afirmando que deve boa parte do que se tornou profissionalmente ao ilustre professor pesquisador.

Professor Emérito 

Ao Dr. Ciro a homenagem da Unoeste e do programa foi a concessão de cartão como Professor Emérito em reconhecimento à sua inestimável contribuição à pesquisa e ao avanço do conhecimento agronômico.

Honraria concedida por seu incansável compromisso com a excelência acadêmica e seu impacto transformador na ciência, que serve como inspiração para gerações presentes e futuras. Sua rica história foi apresentada antes da entrega do cartão.

A entrega da homenagem foi feita pelo Dr. Fábio e o Dr. Ciro recebeu juntamente com a sua esposa Mônica. Objetivamente, o homenageado manifestou gratidão. Tomado pela emoção, optou por basicamente agradecer.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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