Ensino de português a imigrantes faz entrega de certificados

O programa de extensão da Língua Portuguesa para Imigrantes tem múltiplas dimensões e é proporcionado pela Unoeste ao Projeto Semear Acolhendo Vidas, pelo qual refugiados são amparados pela 2ª Igreja Nova Jerusalém.

A compreensão da língua falada no Brasil gera vários benefícios em comunicação, superação das dificuldades inerentes de estar em um país diferente, inclusão social, inserção no mercado de trabalho, dignidade e bem-estar.

São apontamentos feitos pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi ao participar da cerimônia de entregas de certificados para refugiados da Colômbia, Cuba, Haiti e Venezuela, sábado (30) no Sesc Thermas.

Tem refugiado morando em Presidente Prudente há mais de 10 anos, como é o caso do haitiano Dumanes Adrien que trabalha na construção civil. Alguns homens vieram primeiro e depois trouxeram suas famílias. Outros já chegaram com as famílias.

Breve histórico 

O projeto junto à igreja com sede no jardim Paulista foi iniciado há 4 anos e nos últimos 3 anos um grupo de voluntários utilizou conteúdo de ensino da língua com aulas para crianças e adolescentes, sendo que para os adultos fez adaptação.

Neste ano de 2024, a Unoeste se juntou aos parceiros do Semear nessa empreitada. Sua contribuição teve início com levantamento diagnóstico visando a elaboração de conteúdo específico, formulado em material apostilado.

Por meio de articulação da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) e os cursos de Pedagogia presencial e EAD, com a parceria de voluntários, atuaram em conjunto.

Cursos de graduação vinculados à Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp). Tem ainda atividades para crianças pelo curso de Educação Física, ofertado junto à Faculdade de Ciências da Saúde.

Ministério da Educação

O programa Língua Portuguesa para Imigrantes tem o aporte da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação. Por parte do Semear, tem aporte do Rotary Club Sul.

Pela Unoeste, o programa tem a frente a professora doutora Danielle Nacimento dos Santos, vice-coordenadora do PPGE e coordenadora dos dois cursos de Pedagogia; e as participações da professora Denise Alessi Delfim de Carvalho e do professor Josué Pantaleão.

Foto: Cedida

Os alunos envolvidos pela pós são a mestranda Luciana Aparecida Medeiros do Nascimento Silva e os doutorandos Jucimara Pagnozi Voltareli e Euclides Taquidir Gussule, professor na Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula.

Pelos cursos de Pedagogia os envolvidos em sistema de revezamento: Ana Luiza Martins de Fares, Ana Júlia Silva de Paula, Caroline Pereira da Silva, Adriene dos Santos Cunha, Raquel Messias Rodrigues e Rafaela de Melo Nunes.

O material apostilado teve a edição da design instrucional vinculada ao Núcleo de Educação a Distância (Nead/Unoeste) Janiele de Souza Santos Uchelli, professora doutoranda em Educação, e a capa e diagramação da professora Ana Paula Donaton Ribeiro. 

Os professores voluntários do Semear, presentes desde o momento inicial da apresentação das apostilas, são Letícia Locatelli da Silva, Simone Harume Miyakuni, Selma Silva Lima, Celso Evaristo Pereira e Ana Beatriz Rosa.

Gratidão aos parceiros

O líder do Semear, Anderson Martins, na finalização do período letivo e entrega de certificados agradeceu cada parceiro, incluindo os pastores da 2ª Igreja, José Carlos Nogueira; e da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), Aníbal Luís Pereira.

Também agradeceu ao Sesc Thermas pelas ofertas do espaço para a cerimônia de entrega de certificados; das piscinas para o lazer dos beneficiados pelo projeto Semear; e o lanche natural.

O agradecimento à Unoeste foi nas pessoas do Dr. Adilson e da Dra. Danielle; classificando essa parceria como fundamental, citando o Programa de Pós-graduação em Educação, os cursos de Pedagogia presencial e EAD e o de Educação Física. 

Ganhos para todos 

Em nome da Unoeste, o Dr. Adilson enalteceu o Semear e todos os envolvidos, destacando o curso de Língua Portuguesa para Imigrantes pela importância ímpar que se resume tanto na inserção social quanto nas comunidades nas quais estão inseridos.

Disse também ser importante para a própria Unoeste em sua missão de reponsabilidade social e pelo trabalho com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Existem ganhos para todos nesse sentido. Estamos trabalhando o acolhimento e inclusão dos refugiados, atuando pelos direitos fundamentais como a dignidade e liberdade, com a inclusão na sociedade e inserção no mercado de trabalho”, pontuou.

Conforme o pró-reitor o programa ajuda a melhorar a comunicação e amplia as oportunidades de trabalho em Prudente e região, citando como exemplo o Terra Parque Eco Resort, em Pirapozinho.

Causas e efeitos 

Como uma coisa leva a outra, o aprender à língua gera melhor comunicação que proporciona interação e oportunidade, promovem dignidade, bem-estar social e uma vida melhor, distantes de seus países.

Há ainda, de acordo com o pró-reitor, a construção do entendimento de que existem espaços para todos e a sociedade caminhando junta evita preconceitos faz do acolhimento a melhor alternativa de convivência. 

Em sua expertise de ofertar ensino de qualidade e produção de novos conhecimentos associados à tecnologia e inovação, condiciona a Unoeste às práticas extensivas, benefícios de grande importância social, destaca o pró-reitor.

Além do curso de língua portuguesa que terá continuidade em 2025, a Unoeste tem proporcionado outras contribuições ao Semear, entre os quais estão serviços de saúde, alimentos para cestas básicas e doação brinquedos.