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Queijo é tudo igual


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Lembra daquela receita viral de macarrão com tomate cereja e queijo feta, assado no forno que conquistou a internet? Então, esse queijo é na verdade feito de leite de ovelha, um alimento que não era amplamente conhecido antes desta receita chegar aos holofotes. Embora o leite de vaca e seus derivados ainda reinem como os laticínios mais consumidos no mundo, a produção de leite de ovelha tem ganhado força, principalmente na culinária gourmet. 

Esses produtos menos conhecidos apresentam valor nutricional excepcional e componentes funcionais naturais que contribuem para a saúde humana. No Brasil, o estado de Santa Catarina lidera a produção de leite de ovelha, respondendo por parcela significativa da produção do país. Este tipo de queijo conquistou o coração dos chefs contemporâneos. Mas você já se perguntou sobre os diferentes tipos e benefícios nutricionais desta joia culinária?

Vamos embarcar numa viagem saborosa e muito interessante, do famoso Roquefort francês que originalmente é feito com leite de ovelha, conhecido também como queijo azul e frequentemente utilizado em saladas e molhos, ao Pecorino italiano, queijo duro, salgado e de sabor acentuado, muito utilizado na forma de “queijo ralado” em pratos de massa, chegando até o Serra da Estrela português, que passou a integrar uma das setes maravilhas da gastronomia do país.

No Brasil, os queijos de ovelha mais produzidos, com Serviço de Inspeção Federal (SIF), incluem o Pecorino Toscano Fresco e Maturado, Feta, Roquefort e Ricota Fresca. Em relação aos seus valores nutricionais, o queijo de ovelha normalmente contém valores altíssimos de proteína, aproximadamente entre 20 a 25%, bem como de vitaminas como a B12, essencial para manter a função nervosa saudável e auxiliar na produção de glóbulos vermelhos. Tem ainda quantidades notáveis de vitamina A, que é crucial para promover uma boa visão, apoiar a função imunológica e manter a pele e as membranas mucosas saudáveis. 

Em relação ao cálcio, possui 50% a mais quando comparado ao leite de vaca. Outro beneficio é em relação aos teores de lactose, com níveis mais baixos em comparação ao queijo de vaca, sendo uma opção adequada para quem tem sensibilidade à lactose ou problemas digestivos. 

O queijo de ovelha contém níveis mais elevados de ácidos graxos benéficos, como o ácido linoléico conjugado (CLA) e ácidos graxos de cadeia média, que têm sido associados a potenciais benefícios à saúde, a exemplo de ajudas no controle do peso e na saúde cardiovascular. Dispõe ainda de propriedades antiinflamatórias que podem ajudar a reduzir o risco de doenças inflamatórias crônicas. Além disso, o queijo de ovelha contém níveis variados de ferro, contribuindo para a produção de hemoglobina e mioglobina pelo corpo.

Enfim, ao se deliciar com os ricos sabores do queijo de ovelha, é fundamental lembrar da moderação, considerando seu conteúdo calórico. Incorporar uma diversificada gama de queijos, incluindo o queijo de ovelha, numa dieta equilibrada não só proporciona uma explosão de nutrientes, mas também oferece uma deliciosa aventura culinária, promovendo uma rotina alimentar saudável e agradável.

Marilice Zundt é professora doutora da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) nos cursos de ciências agrárias e no Programa de Pós-graduação em Ciência Animal (mestrado e doutorado) 

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