Ex-aluno de Direito é aprovado na magistratura de SC

Pesquisa do Magistratura Estadual em Foco – site especializado em conteúdos voltados para quem sonha em ser juiz de Direito no Brasil –, e realizada com 201 aprovados em concursos de magistratura estadual nos últimos oito anos (de 2016 a 2023), mostra que a média de tempo de estudo até a primeira aprovação nesse tipo de concurso público gira em torno de 4 anos e oito meses. E mais: o tempo de estudos diário priorizado por esses candidatos aprovados passa de cinco horas (média de 5 horas e 20 minutos).

É, se não, uma das carreiras na área do Direito mais visadas, e por essa razão um dos cargos mais difíceis de se alcançar tendo em vista a ampla concorrência. Mas o ex-aluno do curso de Direito da Unoeste, Rodrigo Portela Matos Silva, de 32 anos, acaba de entrar para esse seleto grupo ao ser aprovado para ser juiz substituto no Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, comprovando a excelência do ensino jurídico ofertado pela universidade que é conceito máximo (Nota 5) pelo MEC. A posse dele como magistrado, inclusive, ocorreu nessa segunda-feira (14).

O período da graduação do Rodrigo no Direito Unoeste foi de 2011 a 2016. A dedicação dele na área jurídica já era perceptível desde os primeiros anos da faculdade, conforme garante o coordenador do curso, Sérgio Ricardo Ronchi. “O Rodrigo foi um aluno muito dedicado, sempre teve boas notas, se esforçando ao máximo na aprendizagem. Era visível aos professores que ele se destacaria pelo empenho demonstrado durante toda sua trajetória acadêmica”, lembra ele.

Trajetória acadêmica que ele precisou conciliar com trabalho na área enquanto estudava. É que em 2012, no segundo ano da faculdade, ele foi aprovado no concurso público para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo, que exigia o nível médio de escolaridade. 

“Permaneci na instituição até os dias atuais, atuando por dois anos e meio na função de confiança de Assistente Judiciário. E embora eu tenha sido aprovado no exame da OAB ainda durante a graduação, não exerci a advocacia por se tratar de atividade incompatível com o cargo público no TJ-SP”, contou.

Amor pelo Direito desde cedo

Natural de Presidente Prudente, mas já morando em Florianópolis, Santa Catarina, o agora magistrado se recorda que sua paixão pelo Direito começou ainda na adolescência, quando notou que a capacidade de transformação social que o Direito apresenta o encantava e inspirava nele a vocação de trabalhar na área. Sabendo disso, não hesitou em escolher a Unoeste para fazer a faculdade. 

“A universidade sempre foi uma referência regional em termos de qualidade de ensino nos cursos de graduação e pós-graduação que oferece. A estrutura da universidade é excelente e conta com corpo docente altamente qualificado e empenhado em trazer para o aluno a conciliação entre teoria e prática necessária à formação de um bom profissional. Todas essas características, portanto, foram determinantes na escolha da Unoeste”, frisou, tecendo elogios ainda a toda estrutura e composição do curso de Direito da Unoeste.

“Os professores, como toda a coordenação e os demais colaboradores da instituição são muito empenhados com o seu objetivo, que é a formação de um profissional completo, humano e voltado às questões sociais em que inserido”.

O coordenador do Direito Unoeste falou que todo o corpo docente e funcionários do curso comemoraram a conquista do Rodrigo. “Foi com muita alegria que recebemos a notícia. A aprovação tão rápida num concurso com tamanho grau de dificuldade somente vem atestar, mais uma vez, a qualidade do curso de Direito e o compromisso dos professores, dos colaboradores e da Unoeste com a qualidade do ensino e com a capacitação profissional; além, claro, do comprometimento dos nossos alunos. Cada vez mais somos a Família Direito Unoeste”, se orgulha Ronchi.

Magistratura não por acaso

Sobre o foco na magistratura, Rodrigo revelou que o ingresso dele no quadro de servidores do Poder Judiciário Paulista foi determinante para sua escolha em querer seguir carreira na magistratura. “Ali pude conviver diariamente com a atividade do juiz e fortalecer a convicção, já existente, de que era a carreira que pretendia seguir e que me faria feliz”.

Empenho e dedicação

Depois que se formou em julho de 2016, Rodrigo conta que por questões pessoais ficou um período sem estudar, cerca de um ano. Mas ainda em 2017, decidiu de forma definitiva a se dedicar de corpo e alma a esse projeto de vida. 

“Prometi a mim mesmo que só pararia quando passasse, sem pensar no tempo que ia demorar. A conciliação do trabalho com os estudos evidentemente não é fácil, requer muita organização, esforço e dedicação diários e, naturalmente, algumas renúncias temporárias a certos prazeres que todos nós temos em nossa vida. No entanto, a conquista do sonho almejado vale toda a pena”.

Foto: Cedida

Família: base de tudo

Nesse processo todo de esforço e dedicação o apoio da família foi fundamental. “Eu e alguns amigos, hoje também juízes, costumamos dizer que ninguém veste a toga sozinho. Existe toda uma rede de apoio por trás disso que nos dá suporte, carinho e compreensão nos momentos difíceis para prosseguir na caminhada. Eu, particularmente, posso dizer que fui muito privilegiado nesse aspecto e aproveito o momento para deixar minha sincera gratidão a meus pais, irmã e à minha namorada que, inclusive, graduou-se comigo na Unoeste e hoje atua na advocacia previdenciária. Sem eles nada seria possível”. 

Ao longo dessa caminhada, Rodrigo prestou no total cerca de 25 provas, com reprovações em primeira fase, discursivas e sentenças. Mas ele persistiu ao invés de desistir pelo cansaço. “A caminhada dos concursos foi longa (risos). Mas reitero que tudo valeu a pena”. 

Novo trabalho

Rodrigo foi aprovado no concurso para ingresso na magistratura de Santa Catarina, que se trata de um órgão do Poder Judiciário da esfera estadual. “Quanto ao local de trabalho, inicialmente teremos o curso de formação inicial que tem previsão de término em fevereiro de 2025, na capital Florianópolis. Somente após é que iremos definir a Comarca de lotação de cada um dos aprovados”. 

Rodrigo tomou posse no cargo de juiz substituto no Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina nesta segunda-feira (14). A partir de agora, os desafios do togado serão ainda maiores, e ele já compartilhou como pretende desempenhar essa nova função que tanto sonhou um dia alcançar.

“Dentro do sistema jurídico-constitucional vigente, a magistratura desempenha o papel de solucionar os litígios, de assegurar a tutela dos direitos fundamentais, bem como o da preservação do Estado Democrático de Direito contemplado na Constituição de 1988. Não se trata, evidentemente, de um desafio simples. Mas creio que com um trabalho sério, independente e imparcial, é possível que a prestação jurisdicional atenda satisfatoriamente às demandas sociais em conformidade com o espírito da Constituição Federal. Esta será a premissa básica de minha atuação funcional”.

Acreditar para alcançar

Aos egressos e atuais alunos de Direito da Unoeste que sonham em ser juiz um dia, o novo juiz deixou um conselho especial. “Acreditem em si! Apenas isso. O seu sonho é do tamanho de sua crença em si mesmo. Não há nada que o trabalho bem feito, com dedicação, amor e zelo não consiga realizar. Mas lembrem-se de também de serem felizes no caminho. A conquista será apenas a consolidação de seu trabalho, mas a beleza está presente em todo o percurso realizado!”.

Aliás, esse feito do Rodrigo mostra que o aluno de Direito da Unoeste pode chegar onde quiser. É o que garante o coordenador Sérgio Ronchi. “Aqui temos o compromisso com a qualidade do ensino, nosso aluno transforma o seu sonho em objetivo e o seu objetivo em realidade. O Direito Unoeste superou a tradição e mudou a história do ensino jurídico em nossa região”.

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