Estudo oferece contribuição para ambientalização curricular

A formação de profissionais comprometidos com melhores relações entre sociedade e natureza tem dimensão de tamanha importância que exige permanente reflexão sobre a ambientalização curricular, especialmente através de estudos científicos.

Com esse viés e em caráter de interinstitucional, recente estudo analisou esse componente na matriz curricular do curso de Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).

Produção científica desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (Madre), mantido pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente.

Processo no qual está inserida a Faculdade Horizonte, de Brasília, em Projeto de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI); pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Implementação da ambientalização

Bacharel em Agroecologia pelo IFB e especialista em educação ambiental, João Paulo Morais de Faria Alves é o autor do estudo, com a orientação do professor Dr. Sérgio Marques Costa.

O estudo teve como objetivo examinar a implementação da ambientalização curricular no IFB, campus Planaltina. A base da investigação foi sobre a correlação dessa temática ambiental com indicadores oficiais e os planos e projeto do curso e do instituto.

Relação sobre incorporação dos indicadores da Rede de Ambientalização Curricular do Ensino Superior (Rede Aces) ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), ao Projeto Pedagógico – Agroecologia (PPC) e ao Plano de Ensino (PE). 

“O estudo empregou uma abordagem exploratória e descritiva, utilizando métodos bibliográficos, documentais e de levantamento de dados quali-quantitativos por meio da identificação de palavras-chaves, no PDI, no PPC e no PE”, explica o orientador.

Gestão e política educacional

O estudo verificou em relação aos indicadores da Rede Aces a presença em nove das 51 disciplinas do curso. “Todas essas disciplinas exibiram ao menos cinco dos indicadores; porém, com uma distribuição desigual”, pontua o estudo.

Para o autor, desta forma foi possível inferir que os resultados possuem implicações importantes para a gestão e a política educacional da instituição que reconhece a importância de integrar conceitos de sustentabilidade em sua estrutura.

Reconhecimento que está atrelado à busca de promover implementações; estando o curso de Agroecologia do IFB de fato ambientalizado e tem como prosperar em reflexões sobre adaptações no Plano de Ensino.

A defesa pública de dissertação foi avaliada pela Dra. Alba Regina Azevedo Arana, coordenadora do Madre; e Dra. Maria Euláidia Araújo, da Universidade de Fortaleza (Unifor), no Ceará.  João Paulo foi aprovado para receber o título de mestre.

“Ambientalização curricular no curso de Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília/DF – IFB” é o título da dissertação do novo Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Foto: Cedida