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Simpósio debate estratégias para controlar a leishmaniose

Uso de coleira impregnada com inseticida tem mostrado eficiência e Ministério da Saúde atenderá a região de Prudente


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Foto: Homéro Ferreira Simpósio debate estratégias para controlar a leishmaniose
Dr. Lucas: encoleiramento com inseticida tem se mostrado eficiente

Com palestras e mesas-redondas, o 5º Simpósio de Leishmaniose do Oeste Paulista teve expressiva participação e deixou importantes contribuições sobre os desafios e estratégias de controle. Foram mais de 200 participantes, trabalhadores da saúde pública em municípios da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS-11), com sede em Presidente Prudente. O evento foi sediado no campus 2 da Unoeste, com o Auditório Azaleia lotado, durante a quarta-feira (29) desta semana. O uso de coleira com inseticida tem mostrado eficiência e o Ministério da Saúde atenderá a região.

Conforme o médico infectologista Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, professor do curso de Medicina e dos programas de Pós-graduação em Ciências da Saúde e Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, a realização envolveu o Instituto Adolfo Lutz (IAL), Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo, Coordenadoria de Controle de Doenças, Instituto Pasteur e Unoeste, por meio do Mestrado em Ciências da Saúde. As palestras aconteceram de manhã e à tarde, sendo que cada período foi encerrado com discussões temáticas.

Com expertise no assunto, os palestrantes convidados e vinculados a importantes instituições e órgãos gestores da saúde pública foram o Dr. Lucas Edel Donato, Dra. Roberta Maria Fernandes Spinola, Dra. Vera Camargo Meves, Dra. Silvia Oliveira Altieri, Dra. Lourdes Aparecida Zampieri D´Andrea e Dra. Helena Hilomi Taniguchi. Dentre as abordagens estiveram a incorporação das coleiras impregnadas com inseticida, a situação epidemiológica da leishmaniose visceral no estado, aspectos epidemiológicos e operacionais da Vigilância, aspectos clínicos e tratamento e gerenciamento de insumos.

Responsabilidade social 

A cerimônia de abertura contou com os parceiros envolvidos na realização do simpósio, recepcionados pelo Pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão Dr. Adilson Eduardo Guelfi. “A Unoeste sente-se honrada em sediar mais uma vez o simpósio, pela importância regional e estadual que o tema trata. Ao abordar a leishmaniose, uma doença negligenciada, e discutir soluções efetivas junto com parceiros expressivos como o Ministério da Saúde, DRS, IAL e Pasteur, a Unoeste assume o seu compromisso de responsabilidade social promovendo uma saúde melhor para sua comunidade”, pontua ele.

Foto: Homéro Ferreira Composição da mesa do cerimonial de abertura do simpósio
Composição da mesa do cerimonial de abertura do simpósio

Com programação das 8h às 17h, com uma hora de almoço, a primeira palestra foi a do Dr. Lucas, consultor técnico pela Organização Pan-Americana de Saúde, atuando pelo Grupo Técnico das Leishmanioses no Ministério da Saúde. “A leishmaniose visceral como doença infecciosa causada por um parasita, leishmania, que precisa de um vetor [mosquito palha], de um reservatório, o cão doméstico, e do hospedeiro definitivo que é o homem. Ela avança rapidamente no oeste paulista, considerada endêmica para a doença”, explica o Dr. Euribel.

Pode levar à morte 

“Embora o número de pacientes infectados esteja diminuindo, a doença continua se expandido para novos municípios do oeste paulista, um fenômeno que se repete em quase todas as regiões do Brasil onde a doença está presente. É uma doença que acomete vários órgãos como medula óssea, baço e fígado, e que se não for diagnosticada precocemente pode levar à morte”, alerta, acrescentando que a expansão da doença para novos municípios, um dos principais elos da cadeia é o cão doméstico, que quando infectado, é capaz de infectar novos “mosquitos palha” que por sua vez irão infectar os homens.

“Um cachorro infectado torna-se grande fonte de dispersão da doença. Uma vez que o cão é diagnosticado com a doença, a eutanásia (sacrifício) do animal é uma das principais estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde, mas a medida não é aceita por parte dos proprietários. Uma maneira que está se mostrando muito eficiente no controle dos cães é o encoleiramento do animal com um inseticida que impregnado em seu corpo não deixa os vetores infectarem o animal”, conta. Os municípios classificados como prioritários, pelo aumento expressivo do número de casos, irão receber coleiras do Ministério da Saúde. 

 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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