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Agenda 2030 requer novos caminhos para educação superior

Documento da Organização das Nações Unidas (ONU) traz dentre os objetivos a educação de qualidade que é interligada a outras metas; abordagem marcou abertura do 15º Enaens


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Foto: Gabriela Oliveira Agenda 2030 requer novos caminhos para educação superior
“Instituições precisam se adequar às questões condizentes com a nova realidade”, pontua Pereira

“É muito importante falar sobre a educação, que é o presente e, também, o nosso futuro”, a afirmação é da acadêmica do 5º termo de Agronomia da Unoeste, Mariana Cristina de Sousa. “A educação não termina no momento em que o aluno cumpriu o doutorado ou pós-doutorado. Ela continua ao longo da vida”. A segunda frase pertence a Carlos Alberto Pereira, conferencista da abertura do 15º Encontro Anual de Ensino Superior (Enaens), promovido na manhã desta terça-feira (23).
 
Além da jovem estudante do curso de agrárias, dezenas de alunos e docentes prestigiaram a atividade, que marcou o início das ações propostas pelo Enaens, evento que integra a programação do 23º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste. Pereira, que é associado ao Conselho Internacional para Educação Aberta e a Distância – International Council for Distance and Open Education (ICDE) e docente do Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologias da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentou tema relacionado à reorganização do ensino superior na Agenda 2030 e os desafios das universidades digitais.
 
O pesquisador explica que a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), propõe 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas correspondentes, geradas pelos 193 países-membros da entidade, do qual o Brasil também é signatário. “Diferente dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), as 17 propostas desse documento estão interligadas. Então, quando eu penso em educação de qualidade, que é o 4º objetivo, também vou refletir sobre a questão do gênero, da sustentabilidade ou da empregabilidade”.
 
De acordo com Pereira, o maior desafio das universidades é que elas deixem de ser do último século. “Nascemos com um pé no milênio passado e outro no atual, ou seja, tivemos a chance de viver em duas eras completamente distintas. Nesse sentido, as instituições de ensino precisam se adequar às questões condizentes com essa nova realidade. Por exemplo, o mundo digital requer uma ética diferenciada: quando vemos uma campanha eleitoral marcada por fake news que podem deturpar a vontade da população, precisamos abordar sobre o respeito na sociedade na era digital. Mas como é que vamos pensar sobre essas questões? Fingimos que só mudou o ano? Não devemos pensar assim, pois as perspectivas de se olhar o mundo também mudaram”, afirma.
 
Resgatando a fala inicial sobre uma educação contínua, o pesquisador argumenta que melhorar a qualidade de vida, faz com que as populações mundiais envelheçam. “As pessoas precisam ser produtivas por mais tempo e, por isso, as instituições de ensino superior e a educação em geral precisam estar abertas para o retorno desses ex-alunos de todas as idades”. Aproveitou para citar a Universidade Aberta da China, que possui uma linha específica de formação para os grandes idosos, por meio de cursos on-line. “O outro desafio é que o professor precisa ‘sair fora da caixinha’, ele vai ter que se qualificar o tempo inteiro. Sem falar, que o aluno também busca informações a todo instante e, a partir do momento que o docente e o estudante compartilham o que sabem, um novo conhecimento pode ser gerado”.
 
Pela primeira vez em Presidente Prudente, Pereira elogia a postura da Unoeste em abrir espaços para debater essa temática, que está dentro do tema principal do Enepe, sobre a imaginação, conexão e inovação por meio da cultura maker. “Estou muito satisfeito de estar aqui, porque eu acho que vocês estão tendo a coragem de enfrentar esses desafios da Agenda 2030 e dessa era digital”.
 
Foto: Gabriela Oliveira Docentes, acadêmicos e pesquisadores participaram da abertura do 15º Enaens realizado no auditório Azaleia, campus II
Docentes, acadêmicos e pesquisadores participaram da abertura do 15º Enaens realizado no auditório Azaleia, campus II

Olhar acadêmico – Henrique Isaias, 19, cursa o 4º termo do bacharelado em Educação Física e Marcela Cruzeiro Oliveira, 19, está no 3º termo de Fisioterapia. Moradores de Anhumas (SP), eles namoram há quatro anos e, planejaram participar juntos do Enepe 2018. “Depois que participei de um evento científico na cidade de Londrina (PR), tive vontade de buscar mais ações que contribuam com o meu envolvimento na área da pesquisa”, revela Isaias, que por conta da afinidade com esportes, escolheu uma graduação relacionada. Já para Marcela, que sempre quis cuidar de pessoas, o evento é a oportunidade de adquirir novos conhecimentos. “Fui incentivada pelo meu namorado e estou gostando das atividades que escolhi participar”.
 
A futura engenheira agrônoma Mariana conta que resolveu integrar o Enepe, pois inscreveu estudo científico em que é coautora. Com 25 anos, ela conta que é de Itirapuã (SP), cidade que fica há 550 km de Presidente Prudente. “Sempre busco novas experiências e a escolha pela formação superior também foi assim. Quando me inscrevi no Programa Universidade para Todos (Prouni), optei por uma cidade que não conhecia. Fiquei impressionada quando cheguei à Unoeste e vi a dimensão da universidade e a sua estrutura. Me apaixonei pelo curso, aqui me sinto acolhida. Aproveito tudo o que o campus tem a oferecer, além de estudar, esse lugar também é meu lazer já que faço caminhada por aqui”. Ela acrescenta que a palestra de abertura do Enepe foi motivadora e lhe estimulou a estudar ainda mais. “Estou vivenciando experiências agregadoras, como essa conferência que falou sobre as tendências na educação superior e que me proporcionou reflexões bem relevantes”.
 
Solenidade – A mesa da abertura do 15º Enaens contou com a presença do palestrante Carlos Alberto Pereira e dos pró-reitores os doutores José Eduardo Creste (Acadêmico) e Adilson Eduardo Guelfi (Pesquisa, Pós-graduação e Extensão). Creste aproveitou o momento para agradecer a comissão organizadora das atividades, que se comprometeu na realização de um evento da magnitude que é o Enepe. “São mais de 3,5 mil inscritos de 11 Estados e 56 instituições. A Unoeste está lisonjeada em recebê-los e em proporcionar uma programação que despertou o interesse de tanta gente”.
 
Sobre a conferência inicial do Enaens, Creste destacou a pertinência de se falar sobre a reorganização do ensino superior. “Certo dia, participei de um evento que dizia: nós continuamos ensinando como aprendemos. Essa é a questão! A transição pela qual passamos exige uma adequação. Precisamos nos conectar e mudar. A Unoeste enxerga esse grande desafio e está propensa a aceitar as mudanças. Acreditamos que o futuro é agora”, encerra.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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