Projeto busca diminuir sinais de desatenção e hiperatividade
Parceria da Unoeste com Secretaria de Educação de Prudente é voltada para beneficiar alunos da rede municipal
Com o objetivo geral de instrumentalizar professores da Rede Municipal de Ensino de Presidente Prudente com estratégias de ensino a fim de minimizar sintomas de desatenção e hiperatividade dos alunos, projeto de pesquisa-ação neuropedagógica, desenvolvido por pesquisadores vinculados à Unoeste, teve atividade extensiva na noite de quarta-feira (26) desta semana na Secretaria Municipal de Educação (Seduc). Com a participação de professores de 3º ano de 30 escolas de ensino fundamental, que atendem mais de 900 alunos, foi aplicada a formação de como trabalhar com crianças que porventura apresentem os sintomas, ministrada pela psicóloga Laízi da Silva Santos, especialista em neuropsicologia, egressa do mestrado em Educação na Unoeste e doutoranda em educação na Unesp.
O projeto foi iniciado antes da pandemia do coronavírus e retomado agora, por conta da necessidade de algumas atividades presenciais. Outro motivo de ter levado um tempo para ser reativado, foi por conta de troca no comando da Seduc, pela qual responde atualmente a secretária Sirlei Aparecida Gomes dos Santos Oliveira. A iniciativa do Dr. Armênio Alcântara Ribeiro, neuropediatra e professor da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp/Unoeste), foi integrada ao Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats), pelo qual responde a Dra. Édima de Souza Mattos, envolvendo também a professora Dra. Selma Alves Martins, com a colaboração externa da neuropediatra Dra. Mariana Maciel Algazal. Na atividade na Seduc a recepção foi da coordenadora pedagógica do atendimento educacional especializado Cristiane Piperas.
Embasamento científico
Dentre as falas dos envolvidos na abertura do encontro, o supervisor de ensino e coordenador técnico do ensino fundamental na Seduc, Edmar Aparecido da Silva, falou em nome da secretária que estava participando de audiência pública na Câmara Municipal, sobre segurança nas escolas. Pela Unoeste, além da Famepp, o projeto envolve pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Educação, pelo qual é ofertado mestrado e doutorado. O projeto é conduzido com cuidado e zelo em relação aos envolvidos, sendo que as professoras buscam a autorização dos pais de cada aluno. Os dados são levantados por elas, mediante observação e preenchimento de documentos entregues aos pesquisadores. Documento com os mesmos questionamentos foi preenchido antes e depois da formação, para comparação dos dados.
Os responsáveis pelo projeto entendem que embora ainda bastante subdiagnosticado, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) vem sendo alvo de crescente interesse da comunidade acadêmica, profissionais da saúde e da educação que, muitas vezes, realizam erroneamente, o diagnóstico do transtorno firmado em situações fisiológicas do próprio desenvolvimento imaturo da criança. Ocorrência acentuada no ambiente escolar. Educadores têm a predisposição em diagnosticar alunos como hiperativos e encaminhá-los para consultórios médicos. Diante do que, o projeto trabalha com a necessidade da realização de mais estudos e intervenções que objetivam a melhor compreensão dos sintomas do TDAH nessa faixa etária (8 anos de idade) e oferecer uma fonte de embasamento científico aos professores para que estes enviem para tratamento farmacológico apenas as crianças com real necessidade.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste