A utilização dos recursos de água doce é fonte de numerosos
problemas, cuja resolução necessita uma profunda reflexão ética.
A água é desperdiçada; seu uso indisciplinado expõe terras
frágeis à desertificação; sua disponibilidade e qualidade são
determinantes para a qualidade de vida e da estabilidade da sociedade
do século XXI.
A questão é saber se o planeta pode suportar o ritmo atual de
exploração dos recursos de água doce. É preciso ressaltar a questão
da equidade de acesso aos recursos hídricos, bem como a salubridade
destes recursos que são, freqüentemente, vítimas de diversas formas
de poluição, tanto em países de pouca oferta quanto naqueles
abundantes em água.
A água, fonte de vida, é igualmente um recurso de valor
econômico e uso coletivo, que deve ser gerido de maneira a não
provocar conflitos ou desequilíbrios entre países ou dentro de um
mesmo país.
A UNESCO considera que a reflexão ética é parte
indissociável ao desenvolvimento de formas de gestão sustentável
dos recursos hídricos.
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Com esta obra, a série Cidades em Transição passa a ser composta de seis livros. Este é o segundo que vem a público pelo Selo Cultura Acadêmica, da Editora da Unesp, que é, atualmente, o veículo de difusão do trabalho da Rede de Pesquisadores sobre Ciências Médias (ReCiMe).
Essa rede foi formalizada em 2007. Entretanto, uma década antes, alguns de seus pesquisadores já vinham dialogando, em mesas redondas e sessões de comunicações de eventos científicos, em bancas examinadoras de dissertações e teses, bem como em outros ambientes, o que possibilitou a elaboração de um projeto de pesquisa conjunto, que vem gerando resultados como os agora divulgados.
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Este livro é o quinto da Série CIDADES EM TRANSIÇÃO, que compõe a Coleção GEOGRAFIA EM MOVIMENTO. É composto de duas pesquisas correlatas: "Uma cidade média na Amazônia Oriental: a centralidade urbano-regional de Marabá no Sudeste Paraense" e "Algunas claves sobre las transformaciones urbanas de la ciudad media de Los Ángeles".
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Obra climatológica que oferece tratamento dinâmico às questões climáticas do Mato Grosso do Sul, principalmente à circulação atmosférica regional e às implicações pluviais. Considerando-se que tal região, a exemplo do que ocorre com o território paulista, encontra-se na confluência dos principais sistemas atmosféricos da América do Sul, possuindo mais de um tipo de regime pluviométrico (áreas com regime do tipo "Brasil Central" e outras com regime do tipo "Brasil Meridional"), o autor deste livro procura compreender a relevância de estudos que privilegiam a distribuição das chuvas como um dos indicadores do seu "mosaico" climático.
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Os textos reunidos nessa coletânea trazem para reflexão questões referentes aos movimentos sociais, reforma agrária e assentamentos rurais. Muitas outras publicações já trouxeram a luz diferentes enfoques sobre os assentamentos rurais, isto evidencia o quanto esse tema é importante para discussões sobre a questão agrária brasileira. E demanda por terra dos Sem Terra e suas experiências realizadas nos acampamentos e assentamentos, clama por compreensão visto que nenhuma sociedade pode pensar em mudanças sem refletir profundamente sobre todos os seus segmentos sociais.
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Diferentemente da tradição dos estudos urbanos brasileiros, em que predominam as pesquisas sobre áreas metropolitanas, os textos reunidos neste livro focalizam o desenvolvimento de cidades médias em contextos espaciais distintos. Para tanto, valem-se das noções de centro – forma espacial – e centralidade – conteúdo e atributo dessa área central – como forma de expor mudanças, permanências e ressignificações de elementos enquanto manifestações de um processo geral.
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Este livro inaugura uma etapa que visa valorizar os estudos resultantes de recortes temáticos ou analíticos da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe) e intenta divulgar pesquisas que abordam a realidade de cidades médias de diferentes regiões do país, revelando a diversidade e a complexidade da urbanização brasileira.
As cidades médias possuem papéis específicos na rede urbana brasileira, pois, além da destacada importância regional, como referência espacial para as pequenas cidades e o meio rural, estabelecem relações, ao mesmo tempo, com centros urbanos maiores e mais importantes hierarquicamente. O elo urbano-regional das cidades médias confere a elas o papel de núcleos estratégicos na rede urbana, visto que aglutinam as vantagens de serem aglomerados urbanos desenvolvidos, com possibilidades de se articular com o espaço regional, conformando, assim, sua área de influência.
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O livro constrói um diálogo entre pesquisadores brasileiros e franceses, de diferentes campos do conhecimento, sobre dois temas que passaram a ocupar os espaços do debate acadêmico e das ações públicas, nas duas últimas décadas: a questão do desenvolvimento e a questão territorial. Duas questões foram colocadas para os pesquisadores: qual o significado do conceito de território a partir de seu campo de estudo e quais contribuições podem aportar para a compreensão dos processos de desenvolvimento. Além de um rico debate no sentido epistemológico, a partir dos diversos campos de análise o livro aponta também algumas indagações: como trabalhar a relação entre espaço e território, como caraceterizar fronteiras territoriais em um mundo em que, elas marcam profundamente tanto a união/ intercâmbio quanto a ruptura/interdição? E várias outras quetões que compoem a agenda de debate da economia, geografia, ciencias políticas, sociologia e da administração.
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Na elaboração deste e-book houve empenho para citar corretamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos
autorais de quaisquer informações e materiais utilizados neste
texto, e há disposição para possíveis acertos posteriores caso,
inadvertida e involuntariamente, a identificação de algum deles
tenha disso omitida.
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Neste livro são abordados os fatores do crescimento econômico e dos desequilíbrios regionais no Estado de São Paulo entre 1980 e 2000. Fundamentado na teoria mainstream de crescimento econômico e nas teorias da localização, bem como nas contribuições da Nova Geografia Econômica, a obra relaciona o crescimento local com seus determinantes econômicos, sociais e geográficos, tais como educação, emprego e composição setorial. Ferramentas fornecidas pela Econometria Espacial também foram aplicadas ao se inserir a geografia como determinante das taxas de crescimento dos municípios. Dessa forma, o livro fornece ainda uma revisão da abordagem clássica de Econometria Espacial e seu ordenamento sistemático.
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Neste livro, o autor discute as recorrentes epidemias de dengue no Brasil (e no mundo) sob a ótica da geografia da saúde. Segundo ele, a doença - que havia sido erradicada em vários países, incluindo o Brasil, entre as décadas de 1950 e 1970 - teve seu caráter modificado com a expansão e consolidação desigual dos espaços urbanos. No território brasileiro tal expansão foi acompanhada do aumento exponencial do número e do tamanho das cidades, do crescimento do fluxo de pessoas e materiais e, aliada a esses fatores, da degradação da saúde pública.
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O foco desta pesquisa é a análise de empreendimentos de economia solidária na região administrativa de Presidente Prudente - uma das mais pobres do estado de São Paulo -, principalmente do ponto de vista do desenvolvimento local e sustentável. O livro é também um estudo, sob a perspectiva dialética marxista, da teoria do desenvolvimento das forças produtivas e de suas contradições com as relações de produção subjacentes.
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A Pandemia do Covid-19 desencadeada no ano de 2020, no cenário mundial, impulsionou mudanças na vida cotidiana e, na seara da educação fez emergir demandas de reinvenção dos processos educativos em todos os níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior. Nesse contexto, fomos absorvidos
pelo ensino remoto, passagem da prática pedagógica presencial para o universo
digital, implicado pela tecnologia, ferramentas digitais, plataformas, aplicativos e
janelas de possibilidades.
Nesta correlação este ebook Ensino Remoto na Educação Básica: teorização, prática e experiências consolidadas idealizou-se tendo em vista focalizar
o ensino remoto na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio) e o debate teórico, prático e experiencial do processo ensino-
-aprendizagem no contexto pandêmico. Com este dimensionamento acolhe em
sua tessitura nove capítulos, estudos teóricos, reflexões teórico-práticas, relatos
de experiência reflexivos e pesquisas com coletas de dados.
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As mudanças climáticas seriam mesmo fruto exclusivo da ação humana? Ou esta seria mera coadjuvante – se tanto – neste cenário? Paulo Cesar Zangalli Junior analisa aqui os paradigmas aquecimentista antrópico e do aquecimento natural e revela que a primeira corrente exerce de longe a maior influência sobre a mídia e os conteúdos escolares.
O autor demonstra que isso ocorre porque a ciência da mudança climática global embasa-se fortemente no paradigma segundo o qual são os seres humanos os principais responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta nas últimas décadas. Como a produção científica a justificar tal paradigma concentra-se em institutos de pesquisa dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Noruega e Suíça ou realiza-se em colaboração com aquelas instituições, constrói-se um discurso hegemônico: “Podemos afirmar que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os países que determinam as regras científicas e, quiçá, políticas e econômicas da discussão”.
A mídia, nesse contexto, atua como sujeito legitimador das agendas públicas sobre o assunto, lançando mão de “uma pauta de notícias calendarizadas que privilegiam os discursos oficiais e as conferências científicas”. Segundo o autor, ao assumir o ser humano como principal responsável pelas mudanças climáticas, a mídia emprega mensagens simbólicas geralmente carregadas de apelos morais quando defende intervenções para o enfrentamento do problema, além de dar destaque a eventos extremos, relacionados estritamente aos impactos do aquecimento global.
Já nas escolas a abordagem do tema confunde-se com a das demais questões ambientais e, mesmo que conheçam os dois paradigmas científicos e os apresentem aos alunos, os professores enfatizam mais o do aquecimento como fruto das emissões de CO2 da sociedade urbana industrial.
O clima, porém, pontua o autor, é extremamente dinâmico e complexo, e mudanças, como as verificadas atualmente, jamais passaram despercebidas à história da Terra: “Caberá ao tempo nos dar maiores evidências sobre esse assunto que resulta em tão polêmico debate”.
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O livro procura compreender o fenômeno de internacionalização das empresas e grupos econômicos com origem e consolidação nos países latino-americanos, especialmente do Brasil, Argentina, Chile e México, que vêm captando crescente volume de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) por meio de um número bastante significativo de empresas grandes e médias.
De acordo com o autor, trata-se de um movimento de pouco mais de cem anos e com vários pontos de inflexão, que sinaliza a tendência de ampliação das escalas espaciais de acumulação desses capitais particulares "multilatinos", embora de maneira desigual. Argentina e Brasil, por exemplo, alternaram-se na liderança dos estoques e fluxos de capitais produtivos realizados até os anos 1980. Desde então, México e Chile incrementaram sua relevância regional, ao passo que a Argentina apresentou uma significativa redução.
As condições políticas e econômicas ao longo da história recente desses quatro países são também analisadas no livro. Uns mais, outros menos, eles levaram a cabo políticas de substituição das importações - com distintas intensidades - e promoveram, em diferentes momentos, políticas neoliberais de abertura econômica desenfreada, de desregulamentação financeira, de privatização e concessão de empresas públicas, entre outras, que influenciaram diretamente as estratégias corporativas dos grupos econômicos locais e a estrutura industrial.
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O Brasil concentra uma das maiores reservas de água doce do mundo que, aliada à sua
biodiversidade e à beleza dos seus rios e lagos, representa um importante patrimônio natural do País.
Todavia, os problemas relacionados à distribuição espacial e temporal da água têm representado
enormes desafios para milhares de brasileiros. Neste contexto, o Banco Mundial se insere como um
agente de desenvolvimento, disponibilizando assistência técnica, experiênciasinternacionais e apoio
financeiro para a elaboração e a implementação de programas sociais de impacto, visando a melhoria
das condições de vida daqueles que são mais afetados por esses problemas.
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Esta obra reúne trabalhos de pesquisadores de três universidades públicas brasileiras apresentados durante o I Colóquio de Pesquisas do Núcleo de Estudos Agrários da Unesp de Rio Claro, realizado em outubro de 2010. Organizada por Darlene Aparecida de Oliveira Ferreira, Enéas Rente Ferreira e Adriano Corrêa Maia, pretende compreender a realidade agrária brasileira contemporânea a partir de suas principais características, considerando o passado e o presente.
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Os cemitérios são lugares que, a despeito da temporalidade, espacialidade
e estrutura carregam entre si elementos importantes e de interseção. Podemos
destacar alguns destes elementos, quais sejam, as condições que resultam em
seu nascimento e inserção na paisagem urbana ou rural, no qual emergem.
São, neste sentido, tradutores de desejos que perpassam por sentimentos de
vaidade, poder, glória e múltiplas histórias. Podem, também, serem depositários
de artefatos que dialogam com a cultura material e a cultura artística de uma
dada época e sociedade.
Assim compreendemos os cemitérios. E é objetivo deste e-book colocar
em destaque os estudos nacionais que estão sendo realizados no tocante a
este tema. Isto é, o propósito é reunir pesquisas que apresentem em seu cerne
questões tocantes aos espaços cemiteriais no Brasil, revelando sua multiplicidade
e abrangência.
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O livro de João Pedro Pezzato discute a atual organização curricular dos cursos de formação de professores de Geografia, comparando com viés crítico as experiências da Universidade de Santiago de Compostela, da Espanha, e do Curso de Licenciatura em Geografia da Unesp de Rio Claro, interior de São Paulo.
Para Pezzato, enquanto na Espanha todas as disciplinas estão relacionadas com os conhecimentos específicos da área, percebe-se no Brasil o predomínio de um modelo conceitual no qual os conteúdos pedagógicos de algumas disciplinas não têm nenhuma articulação com a própria Geografia. O resultado é, muitas vezes, o divórcio entre a componente científica específica e aquela mais diretamente relacionada com as questões educativas.
O pesquisador chama a atenção ainda para a falta de articulação entre pesquisa e ensino, e para a rala distinção, no Brasil, entre a formação de bacharéis e de licenciados em Geografia, já que não existem diferenças significativas entre os componentes curriculares das duas modalidades. Por isso, para ele é premente a adoção de inovações curriculares no ensino da Geografia, inclusive no que diz respeito ao ensino da leitura e da escrita no contexto da disciplina.
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A sociedade experimenta no período técnico atual transformações profundas advindas, sobretudo, do uso crescente dos serviços de telecomunicação e das tecnologias de informação que redirecionam, em diversos sentidos, os processos de acumulação, ampliação do capital, mas também das redes de articulação e gestão territorial. Em termos metodológicos e práticos, de um lado, observa-se empiricamente uma crescente incorporação das tecnologias da informação e telecomunicação na produção econômica e dos bens materiais e, de outro, se verifica a intensificação do fenômeno da desigualdade, complementaridade, antagonismo entre es paços dotados de maior densidade técnica e outros com menor carga de infraestrutura material e inovação.
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Geografia e política de assistência social
Territórios, escalas e representações cartográficas para políticas públicas
Nesta obra Paula Vanessa de Faria Lindo busca demonstrar que os instrumentos teórico-metodológicos da Geografia podem contribuir para a concepção e o aperfeiçoamento de políticas públicas de combate à exclusão social.
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O livro analisa três cidades do estado de São Paulo - Bauru, Marília e São José do Rio Preto - a partir do conceito de heterarquia urbana, desenvolvido pelo professor do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da Unesp, Márcio José Catelan.
O objetivo do estudo é propor uma leitura do espaço da rede urbana e das cidades médias, de acordo com as complexas interações espaciais observadas no mundo contemporâneo, as quais articulam escalas geográficas e alteram as lógicas e a produção do espaço, tornado-se resultado, também, dos interesses e dos destinos do capital empresarial.
A heterarquia urbana, de acordo com o autor, serve como meio para compreender teoricamente o espaço em rede, no que tange ao debate sobre a estruturação e as articulações em rede: "De princípio, podemos dizer que a heterarquia urbana representa o que é a rede de fato, quais são suas propriedades, como elas se articulam e quais são seus atributos - que dentre outros conteúdos abrangem o espaço, as escalas geográficas, os agentes econômicos e o capital".
Dentre outras conclusões do autor, está a de que a diversidade de cidades, tomadas do ponto de vista hierárquico, ou por subordinação, por conta das diferentes funções e papéis de cada uma, pode ser vista por meio da heterarquia urbana. E a partir dessa referência é possível identificar articulações de complementaridade entre as cidades de diferentes funções no âmbito da rede.
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O objetivo deste livro não é suprir as deficiências ou as lacunas da história do pensamento geográfico e, tampouco, adotar o escrúpulo historicista de compreensão de uma história petrificada em narrativas e pontos de vista acerca de problemas científicos que interessam a poucos. Neste sentido, não se trata, fundamentalmente, da história do pensamento geográfico como tradicionalmente se concebe o conjunto de temas relacionados ao desenvolvimento científico da geografia.
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Roberto Cardoso de Oliveira foi o mestre de uma geração de antropólogos que com ele criaram as instituições de antropologia no Brasil e fizeram a disciplina existir. Suas contribuições intelectuais e pessoais são inúmeras, mas o que permeou sua trajetória intelectual foi a escolha da problemática que o envolveu no início de sua carreira quando trabalhava com Darcy Ribeiro no Museu do Índio no Rio de Janeiro e que serviu de inspiração para intitular esta coletânea: a relação conflitiva entre índios e brancos no contexto do país nos anos 1950. Essa problemática, segundo o autor, que “iluminava a face escura da lua” reverteu uma posição política que considera o índio como selvagem e, portanto, incapazes, fadado ao desaparecimento como o esquema evolucionista.
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A proposta de Denis Richter neste livro - fruto de pesquisa de campo realizada com alunos da 3.a série do ensino médio de Presidente Prudente (SP) - é investigar o raciocínio geográfico desenvolvido pelos estudantes a partir do ensino da Geografia em unidades de ensino públicas e privadas.
Partindo da construção de mapas mentais da cidade, Richter analisou e interpretou o raciocínio geográfico formado ao longo da educação básica, identificou e avaliou os conteúdos que os alunos possuíam de Geografia e levantou como eles utilizavam a linguagem espacial para expressar seus conceitos espontâneos e científicos.
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Resíduos Sólidos: Notas Sobre a Atuação do Estado é uma compilação de materiais acadêmicos, papers e entrevistas temporalmente inscritas no período pertinente a duas investigações em nível de pós-doutoramento com foco na problemática dos resíduos sólidos brasileiros (PNPD/Fundação CAPES, 2015 e UNICAMP/CNPq, 2011).
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O geógrafo Lutiane Queiroz de Almeida analisa neste livro os riscos e vulnerabilidades socioambientais para tentar compreender as inter-relações entre vulnerabilidades sociais e exposição aos riscos naturais, como as inundações urbanas. Como estudo de caso, analisa a bacia do rio Maranguapinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, que além de ocupar territórios da capital cearense, se estende pelos municípios de Caucaia, Maracanaú e Maranguape.
Recorrendo ao cruzamento de uma multiplicidade de dados, parte levantada por ele próprio, referentes a pluviometria, topografia, evolução de ocupação urbana, demografia, renda e educação, entre outros, Almeida criou e aplicou ao espaço analisado um Índice de Vulnerabilidade Socioambiental.
Sustentado por inúmeros mapas e tabelas, o trabalho, que serve de modelo para o estudo de outras áreas urbanas do país, demonstra que os espaços com maior exposição aos riscos de inundação são aqueles que detêm os mais altos indicadores de vulnerabilidade social.
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Raul Borges Guimarães produziu esta obra pensando principalmente nos estudantes de geografia que estão em busca de informações sobre biogeografia e geografia da saúde. Mas o autor ressalva que o livro também se dirige aos profissionais de saúde que identificam essa subdisciplina como uma alternativa para enriquecer a abordagem social e ambiental dos problemas de saúde. Com tal objetivo, ele procurasintetizar os questionamentos que levanta em especialem sua dissertação de mestrado, tese de doutorado e tesede livre-docência. Resultado de 20 anos de estudos geográficos no campo da saúde coletiva, a obra remete à formação inicial do autor na área de saúde coletiva entre 1986 e 1987 no Instituto de Saúde de São Paulo. Naquela época, ele relata, a busca era pela relação entre o espaço geográfico e o processo saúde-doença. Mas os resultados do trabalho o levaram para o estudo dos equipamentos médico-hospitalares e o impacto da inovação tecnológica no trabalho do médico e a perceber, logo em seguida, o poder dos circuitos médico-hospitalares na produção da própria cidade. A constatação o transportou para o estudo da saúde urbana. Assim, Guimarães partiu “do território para a geografia inscrita no corpo do cidadão brasileiro”, especialmente daquele que vive do trabalho, para contribuir com o entendimento da saúde pública. Ele explica que esse movimento tem como base a renovação da epidemiologia (que busca caracterizar os determinantes sociais e ambientais dos problemas de saúde), a preocupação com o desenvolvimento da promoção de saúde, compreendendo o território como estratégia de ação, e a necessidade de regionalizar o sistema e os serviços e ações de saúde, entre outros fatores ligados à história recente da saúde coletiva.
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O patrimônio cultural, tanto material quanto imaterial, constitui testemunho da história e da identidade de um país, além de ser um valioso ativo econômico e turístico para as cidades. No Brasil, o potencial de geração de riqueza e de externalidades é enorme: são 1.250 patrimônios tombados, entre os quais 85 centros urbanos protegidos, cada um deles com centenas de edificações, podendo-se estimar um total de mais de 5 mil imóveis protegidos.
Desses patrimônios, 21 sítios históricos brasileiros obtiveram o reconhecimento máximo internacional com o título de Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Em 2020, será a vez de o Sítio Roberto Burle Marx concorrer a esse título, como o maior e mais completo espaço dedicado à pesquisa, à difusão e à preservação do legado cultural de um dos mais importantes nomes da arquitetura e do paisagismo do Brasil. São quase 400 mil m² de área, que abrigam uma das coleções mais importantes de plantas tropicais e semitropicais do mundo, com número superior a 3.500 espécies de plantas nativas e exóticas.
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O trabalho tenta discutir a relação entre crescimento urbano e sustentabilidade a partir da experiência de Maringá, cidade de porte médio do norte do Paraná com características únicas. Concebida por um engenheiro urbanista para ser uma espécie de "cidade-jardim" inglesa em solo brasileiro, a cidade teve seu projeto implantado por uma companhia colonizadora privada (cuja antecessora era britânica), o qual foi relativamente preservado pelos vários planos urbanísticos subsequentes.
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O livro é resultado do projeto "Extraterritorialidades, entrecruzamento de soberanias e conflitos na América Latina”, coordenado pelo Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI-UNESP), com apoio da Fundação Friedrich Ebert e do Memorial da América Latina.
O objetivo é analisar problemáticas emergentes associadas à governabilidade e ao conflito, tomando como referência três dimensões estratégicas de ordenamento territorial que projetam poderes e disputas de hegemonia.
Em primeiro lugar, a perspectiva desde os Estados Unidos, cuja agenda de segurança hemisférica identifica “áreas não governadas”, associadas a territórios com baixa presença do Estado, que favoreceria a atuação de redes do crime organizado, do terrorismo e de movimentos sociais antagônicos com os lineamentos da sua política externa.
A segunda dimensão compreende os espaços de soberania reivindicados por geopolíticas indígenas e camponesas. O foco principal é o entrecruzamento de interesses e conflitos decorrentes da ofensiva associada a projetos de infraestrutura promovidos por Estados, individualmente ou através de iniciativas de integração regional, favorecendo empresas nacionais e transnacionais.
A terceira dimensão aborda perspectivas estatais associadas a mecanismos de integração latino-americanos, especificamente a UNASUL e a ALBA, que tem como característica comum a preocupação em construir uma agenda capaz de expressar interesses regionais, especialmente nas relações com os Estados Unidos.
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Neste livro o autor busca compreender as transformações econômicas recentes no território cearense, pautadas em uma proposta de integração irrestrita ao mercado e à dinâmica da globalização. O foco principal do estudo é o papel decisivo do poder público, principalmente por meio de estímulos à implantação de estabelecimentos industriais procedentes do Centro-Sul do Brasil, que procuravam territórios onde os fatores de localização lhes fossem favoráveis.
Por conta de renúncias fiscais e, também, do baixo preço da força de trabalho, instalaram-se indústrias onde ainda não existia esse tipo de estabelecimento. Tal circunstância permitiu ao pesquisador inclusive discutir os aspectos diretamente ligados às transformações espaciais engendradas pela industrialização, além das relações do setor industrial com as formas econômicas locais mais tradicionais.
O autor não deixa de observar que o processo de modernização econômica do Ceará levou à criação de inúmeros empregos e ao aumento da remuneração para os trabalhadores que se empregaram nas novas empresas, os quais recebem salários mais altos do que os pagos em média no estado.
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Esta obra é o resultado de um trabalho coletivo, cuja preocupação maior é a integração
entre atividades de ensino, pesquisa e extensão, no qual o uso de recursos
didáticos é visto como facilitador no processo de aprendizagem. Neste sentido, o projeto
“Trilhando pelos Solos”, desde 2004, realiza no Laboratório de Sedimentologia
e Análise de Solos (LabSolos), da Faculdade de Ciências e Tecnologia/UNESP, em
Presidente Prudente-SP, atividades que visam ensinar os fatores de origem do solo e
sua conservação. Para isto utiliza vários materiais didáticos como maquetes, macropedolitos,
amostras de rocha, representação de depósitos tecnogênicos e kits de solo
para complementar os conteúdos trabalhados em sala de aula e preencher a lacuna
deixada a respeito do tema nos livros didáticos dos Ensinos Fundamental e Médio.
Assim, o livro TRILHANDO OS SOLOS Atividades Lúdicas e Jogos no Ensino de
Solos, complementa o difícil desafi o de conciliar a atividade didática relacionando o
lúdico e o trabalho escolar. Os autores procuram mostrar como é possível no interior
da escola, ensinar conteúdos relacionados ao ensino de solos, desenvolvendo atividades
lúdicas (jogos, fl anelógrafos, histórias em quadrinhos), associado a um projeto
didático pedagógico que auxilie na formação dos estudantes. Obs: necessita de cadastro gratuito para acessar o livro.
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Esta é a tradução para português dos artigos que compuseram o número especial da revista francesa Géographie et Cultures, intitulado Vu du Brésil. Explora a dinâmica da pesquisa em Geografia Cultural desenvolvida no Brasil, bem como questionamentos que permeiam esta produção, ainda pouco conhecida na França. Temas como hibridismo cultural, transculturação, multiterritorialidade, “maritimidade”, fronteiras sociais e territoriais, assim como temáticas específicas do contexto cultural brasileiro – o futebol, as festas juninas, a capoeira e o fandango – são abordados com o objetivo de aquecer o debate acerca da questão identitária brasileira.
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Visões imaginárias da cidade da Bahia é um trabalho surpreendente. Ele rompe com a aridez de uma geografia clérica, seguindo a orientação de Milton Santos, para o qual “o maior erro que a geografia cometeu foi o de querer ser ciência, em vez de ciência e arte”. A proposta dos autores é a de retornar ao pensamento sartreano, tão caro a Milton. Pensamento que expressa em Esboço de uma teoria das emoções, no qual “... uma emoção remete ao que ela significa. E, o que ela significa é a totalidade das relações da realidade-humana com o mundo”, através da “...queda brusca da consciência no mágico".
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