Combate à dengue reúne especialistas do país no 8º Enetec
Debates tratam de inovação no ambiente educacional e métodos de prevenção ao Aedes aegypti
Especialistas de universidades do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e São Paulo estiveram reunidos em uma mesa-redonda para discutir um tema: “Formas de combate ao Aedes aegypti”. O debate foi uma das atrações do 8º Encontro Nacional de Educação Tecnológica (Enetec), realizado nesta sexta-feira (21), no Teatro César Cava, uma parceria da Unoeste, Visual Class e Prefeitura de Presidente Prudente.
Encantados pela inteligência e ginga do robô “Nao”, que se movimentou e falou com desenvoltura na cerimônia de abertura, alunos e professores da educação básica receberam prêmios e participaram do 1º Concurso Nacional Visual Class, o 10º Concurso Internacional Visual Class. Dentro da programação, as cerimônias de premiação do 8º Concurso Nacional Professor Multimídia e dos concursos dos alunos também engrandeceram o evento.
Tradicional por estimular a implantação de tecnologia na educação, com novos métodos de interação entre alunos e professores, o evento de 2016 tinha mais um objetivo: o combate ao mosquito da dengue. “Pensamos em impedir que a zika e a chikungunya chegue aqui, para não piorar a situação. Temos que fazer alguma coisa. Decidimos reunir os principais especialistas do Brasil para abordar as tecnologias de combate à dengue, a ideia é enxergar novos caminhos”, conta o presidente da comissão organizadora do Enetec e mediador da mesa de debates, Celso Tatizana.
E foi exatamente isso que aconteceu durante a “mesa redonda”, os especialistas trouxeram novas propostas, todas contando com o apoio da tecnologia, para o combate ao Aedes aegypti. Apresentaram-se no palco do teatro, o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, coordenadora da Defesa Civil do Estado de São Paulo; Álvaro Eduardo Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Margareth de Lara Capurro, da Universidade de São Paulo (USP); João Zequi, da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Maulori Curié Cabral, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Enquanto o professor Maulori apresentou uma ideia já utilizada em alguns países da América do Sul e Central, da utilização de mosquiteiros – que é um cortinado comumente usado em volta de berços de bebês ou leitos, que impede o contato direto com o mosquito. O coronel Oliveira falou das ações que foram e estão sendo realizadas para o combate do mosquito, e da resistência que o mesmo cria. “Todas as ações são válidas para a prevenção, estamos abertos a tudo que possa melhorar. O âmbito acadêmico é fundamental, porque depende da consciência das pessoas”, afirma.
Na véspera
Aproveitando para absorver conhecimento, estudantes do 4º termo do curso de Enfermagem, professores e representantes da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), assistiram à palestra do professor Álvaro Eduardo Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dia antes do Enetec, na quinta-feira (20). “Os alunos estão vendo essa parte da prevenção na teoria, estão justamente na parte da prevenção, e aqui tem a oportunidade de verem experiências práticas que deram certo”, segundo a coordenadora do curso de Enfermagem, Maria Nilda Camargo de Barros Barreto.
Quem também esteve no local foi o coordenador do curso de Ciências Biológicas, Silvério Takao Hosomi, que atentou para a oscilação climática do oeste paulista, fator determinante para a proliferação do mosquito da dengue. “A temperatura muda muito, um dia de calor muito forte, no outro chove. A primavera e o verão colaboram ainda mais com isso, e vivemos uma epidemia na cidade onde as ações contínuas mostraram não ser tão efetivas. É importantíssimo para o estudo das ciências biológicas”.