Egressas de Química se destacam em carreira científica
Mestrado internacional e doutorado direto da graduação são as recentes conquistas de ex-alunas dos cursos de licenciatura e bacharelado em Química da Unoeste
A trajetória acadêmica construída na universidade pode ter vários reflexos na atuação profissional. Enquanto alguns ex-alunos buscam ingressar no mercado, outros utilizam a graduação como um ponto de partida para a carreira científica. Foi justamente isso que os cursos de Química da Unoeste, respectivamente, licenciatura e bacharelado, representaram para as egressas Tatiane de Fatima Dutra e Stephany Gonçalves Duarte.
Formada na turma de 2011, Tatiane mora em Saddle River, em Nova Jersey, nos Estados Unidos (EUA) e, recentemente, ingressou no mestrado em química com concentração em bioquímica na Universidade Estadual de Montclair. “Eu sempre sonhei em estudar no exterior e em 2014 vim para cá por meio de um programa de Au Pair”, conta.
Lembra que o seu inglês não era muito bom para fazer um mestrado e, por isso, resolveu estudar em um Associate Degress Science. “É um curso parecido com as graduações tecnológicas do Brasil. Optei pelo de ciências naturais e, durante dois anos, tive a oportunidade de me capacitar para o meu objetivo final”.
Depois dessa formação, conquistou um emprego na área e aplicou os seus conhecimentos. Após um tempo, se inscreveu para fazer mestrado. “O processo de seleção aqui é bem complexo. Precisei de várias cartas de recomendação, inclusive a professora Patrícia Antunes me enviou uma delas. Também prestei um exame chamado Graduate Record Examination – GRE [Exame de Registro de Graduação] específico para a minha área”.
Após obter êxito nessas duas etapas, o histórico escolar da Unoeste foi avaliado. “A formação obtida no Brasil foi comparada a de um bacharelado americano. Em outras palavras, tudo o que estudei na universidade foi colocada em uma escala chamada Grade Point Average – GPA [Média de Notas] para a mensuração do meu desempenho. Fiquei com a média 3.3 que é considerada muito boa para a área da ciência. Sem dúvidas, essa validação no meu diploma foi essencial para o meu ingresso no mestrado”, destaca.
Ao olhar para trás, Tatiane expõe que a Unoeste lhe oportunizou experiências únicas que fizeram a diferença na sua formação. “Participei de inúmeras atividades desde iniciação científica como ouvinte, trabalhos voluntários, tutorias, e até show de talentos. Também adquiri conhecimento fora dos muros da instituição por meio de viagens a minas de carvão, Polícia Federal, fábricas de papel e usinas nucleares. Enfim, foi uma graduação muito rica e cheia de oportunidades”, termina.
[imagem_centro]
Direto para o doutorado
Quem também buscou a carreira científica foi a ex-aluna do bacharelado em Química da Unoeste, Stephany Gonçalves Duarte. Ela ainda está com o diploma fresquinho, pois concluiu em julho deste ano e já ingressou no doutorado em ciência de alimentos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, na capital paulista.
Ao relembrar a trajetória acadêmica, ela conta que aproveitou todas as oportunidades que a universidade lhe proporcionou. “Fui contemplada pela bolsa Santander Ibero-americanas, onde passei um semestre em Portugal. Ao retornar, também fui contemplada com uma bolsa de iniciação científica pela Fapesp. Me tornei a primeira aluna do curso a ter essas duas conquistas”.
Descreve que em janeiro já buscou informações sobre os mestrados, onde gostou do Programa de Pós da USP de Ciências de Alimentos. “Desde fevereiro, estou tentando ingressar. Meu currículo era bom com três anos de experiência na área de iniciação científica. Foi aí que comecei a conversar com o professor Dr. Jarlei Fiamoncini que, conhecendo minha trajetória, me convidou para tentar o doutorado direto”.
O caminho para essa conquista teve teste de proficiência do inglês, banca de ingresso e análise de currículo. “Fui aprovada com nota 10 de currículo e 8 de projeto, obtendo média 9. Esses índices demonstram que as experiências proporcionadas pela Unoeste foram fundamentais para o meu sucesso”.
A jovem comenta que participou de todos os eventos acadêmicos. “Jornadas, startup weekend, atividades de extensão e de pesquisa. Acredito que isso foi um grande diferencial e me ajudou a alcançar o meu objetivo. É importante dizer que todos os professores tiveram uma contribuição na minha formação, só que as experiências científicas que tive com a professora doutora Maíra Rodrigues Uliana foi primordial. Sou muito grata à ela”.
Stephany já tem um orientador na USP, o professor Jarlei. “Quero dar o meu melhor. Minhas pesquisas estarão focadas na área de nutrição experimental. Começo a estudar agora em setembro e já conquistei uma bolsa Capes. Pretendo também conseguir uma bolsa Fapesp e solicitarei uma outra bolsa para fazer pesquisa e estágio no exterior. Essas são as minhas próximas metas”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste