Ex-aluna de Fisioterapia inicia pós-doutorado em Harvard
Mariana Janini Gomes se formou na Unoeste em 2012; egressa se dedica à área cardiovascular na Escola de Medicina da universidade nos EUA
Formada em 2012 em Fisioterapia pela Unoeste, Mariana Janini Gomes não parou de estudar com o fim da graduação. Melhor aluna da sua turma, após a formatura foi indicada pela professora Francis Lopes Pacagnelli para um estágio na Unesp de Botucatu (SP) e desde então a egressa tem colecionado conquistas acadêmicas. Depois da conclusão do mestrado e doutorado, a fisioterapeuta acaba de chegar a Boston (EUA) para cursar o pós-doutorado em Harvard.
De acordo com ela, a identificação com a área da saúde aconteceu desde muito nova e a escolha pelo curso de Fisioterapia veio de maneira natural. “A princípio eu não sabia como é extremamente amplo o campo de atuação do fisioterapeuta. Me apaixonei pela profissão já no primeiro semestre do curso. Eu não sabia na época que estava fazendo escolhas tão certas em relação à graduação e à universidade. Ambos me impressionaram logo de início e me proporcionaram, e continuam proporcionando, muitas realizações e conquistas”, diz.
A fisioterapeuta, que realizou o mestrado e o doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica na Unesp, em Botucatu, conta que em relação às suas pesquisas, dedicou-se ao estudo da influência de diferentes tipos de exercício físico sobre alterações do músculo esquelético (mais especificamente o estresse oxidativo muscular) associadas à insuficiência cardíaca em ratos com doenças cardiovasculares.
“A pesquisa experimental em animais é de extrema importância para ampliar o conhecimento em diversas áreas de pesquisa. A partir da pesquisa experimental é possível estudar mecanismos de ação de estratégias terapêuticas, conhecer a fisiopatologia das doenças, avaliar as vias de sinalização que são ativadas/inibidas decorrentes da patologia e em resposta ao tratamento, e, por fim, esclarecer os desfechos finais e sintomas apresentados clinicamente pelo paciente. Como resultado da pesquisa experimental, é possível estabelecer alvos terapêuticos, impedindo o desencadeamento de uma cascata de eventos que culminaria na progressão da doença”, explica.
A ex-aluna conta ainda que durante o mestrado participou de diversos congressos e eventos científicos, dentre os quais destaca o Experimental Biology (Biologia Experimental), em San Diego, na Califórnia (EUA), em 2014. “Esta foi minha primeira participação em um evento internacional. Depois disso, em 2015, recebi premiação de 1º lugar na apresentação de temas livres orais do Simpósio de Fisioterapia, Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). No doutorado participei de mais alguns eventos internacionais como o European Society of Cardiology Congress (Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia), em Roma, na Itália, e o Conferenceon Cachexia, Sarcopenia and Muscle Wasting (Conferência da Caquexia, Sarcopenia e Perda de Massa Muscular), em Maastricht, na Holanda”.
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Ainda durante o doutorado, Mariana realizou um período de estágio em pesquisa no exterior com duração de um ano na Texas A&M University (Universidade do Texas A&M), no Texas (EUA), sob a supervisão do professor Dr. John Lawler. “Durante esse período estive envolvida em todas as análises e atividades realizadas pelo grupo de pesquisa do Redox Biology and Cell Signaling Laboratory (Redox Laboratório de Biologia e Sinalização Celular). Como resultado, apresentei trabalho no congresso Annual Meeting American Society for Gravitational and Space Research (Reunião Anual da Sociedade Americana de Pesquisa Gravitacional e Espacial), em Seattle (EUA). Além de ter sido co-autora de outros três trabalhos apresentados no mesmo evento. Fui co-autora também de dois artigos publicados pelo grupo de pesquisa do Texas”, revela.
Harvard
Mariana já deu início ao Pós-Doutorado em Pesquisa Cardiovascular no Brigham and Women´s Hospital (Brigham e Hospital das Mulheres), hospital da Harvard Medical School (Escola de Medicina de Harvard). O pós-doutorado terá duração de dois anos e será financiado pela Fundação Lemann. “Irei me dedicar à área de pesquisa cardiovascular, no laboratório do Dr. Peter Libby, da Divisão Cardiovascular do Departamento de Medicina. O foco de pesquisa do laboratório é biologia vascular, aterosclerose e cardiologia preventiva. Receber a carta do Dr. Libby me estendendo a oferta da vaga a qual eu estava concorrendo foi muito gratificante e inesperado. O sentimento que fica é o de estar trilhando o caminho certo. As expectativas são as melhores possíveis, acredito que essa experiência permitirá um grande crescimento profissional e pessoal”, fala.
Unoeste
Sobre sua formação na Unoeste, a fisioterapeuta acredita na grande contribuição da universidade para a pessoa e pesquisadora que se tornou. “Durante toda a graduação estive envolvida em praticamente tudo o que a Unoeste podia me oferecer: monitorias, projetos de extensão, eventos científicos, etc. E a oportunidade de vivenciar todas essas experiências despertou meu interesse pela ciência. Além disso, ao me formar levei comigo um pedacinho de cada um dos meus professores, que é a paixão pela ciência e pela fisioterapia, o cuidado com os pacientes, a dedicação com os alunos e o dom de transmitir conhecimento. Cada um deles fez parte da minha formação e, consequentemente, sempre farão parte das minhas conquistas. A Unoeste é uma excelente universidade, com corpo docente extremamente qualificado e extraordinária infraestrutura. Eu sou completamente grata e feliz por ter iniciado minha formação ali”, finaliza.
Vestibular 2020
Fisioterapia é um dos cursos ofertados pelo processo seletivo da Unoeste, que está marcado para o dia 23 de novembro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas exclusivamente pelo site. São 70 cursos presenciais, em todas as áreas do conhecimento.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste