6ª edição de Dia de Campo reúne mais de 300 participantes
Evento sobre os sistemas de produção agropecuária ocorreu na Fazenda Experimental da universidade
Mais de 300 pessoas participaram do 6º Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária”, promovido pelos cursos de agrárias da Unoeste. Organizado pelo Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro) e pela empresa Agripec Júnior, a iniciativa realizada na Fazenda Experimental da universidade, localizada em Presidente Bernardes (SP), reuniu acadêmicos, estudantes da Etec de Quatá (SP), profissionais da área e produtores rurais.
De acordo com o professor Dr. Alexandrius de Moraes Barbosa, foram apresentados os resultados de algumas pesquisas que são desenvolvidas na propriedade. “Esse evento já se tornou uma tradição e a cada edição supera as expectativas, tanto pelos assuntos, quanto pela quantidade de inscritos”. Ele acrescenta que, além do apoio de empresas externas, a organização contou com a parceria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) e da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Presidente Prudente.
Inicialmente, os participantes foram recepcionados pelo coordenador do curso de Agronomia da Unoeste, Dr. Carlos Sérgio Tiritan e, em seguida, Barbosa apresentou os dados climáticos das últimas safras no oeste paulista. “A intenção foi trazer uma nova visão sobre a água no sistema solo-planta-atmosfera”, explica Barbosa. Segundo ele, o produtor não analisa o quanto de chuva é fixado no solo e o quanto é disponibilizado para as plantas. “Isso se chama balanço hídrico e essas informações são encontradas gratuitamente no site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Esses dados também são importantes para o monitoramento das culturas e para quem usa o sistema de irrigação, pois indicam o momento certo de realizar essa prática”.
Após essa explanação, os participantes foram divididos em grupos e encaminhados para as estações técnicas. O Grupo de Estudos do Algodão (GEA), trouxe os resultados de alguns estudos sobre a cultura como, por exemplo, a pesquisa ligada às épocas de semeadura. “Avaliamos períodos diferentes para o plantio (final de outubro, meados de novembro, final de novembro e meados de dezembro). Foi possível concluir que o potencial produtivo da lavoura é maior, quando o plantio é realizado mais cedo, nesse caso, no final de outubro”, explica o professor responsável pelo grupo, Dr. Fábio Rafael Echer.
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Na estação sobre os sistemas de produção integrados, o Gpagro explanou dados sobre o consórcio entre milho e forrageiras. “Avaliamos que a produtividade do milho irrigado na safra verão 2018/2019 (de setembro à 1ª quinzena de janeiro) é positiva com um aumento entre 20 e 30%”, salienta o professor Dr. Tiago Aranda Catuchi. Segundo ele, o consórcio da cultura com uma forrageira gerou 7 toneladas de matéria seca por hectare. “Esse volume de palha poderá ser utilizado para o plantio ou pastejo dos animais”. Ele acrescenta que a prática é benéfica para o solo, pois realiza a ciclagem dos nutrientes. “Constatamos o aumento do teor de matéria orgânica e água que, consequentemente, podem elevar a produtividade”.
A terceira e última estação foi apresentada pelo Grupo de Estudos em Bovinocultura (GEB) e trouxe considerações sobre a produção de bezerros nelore a pasto, suplementados no verão. “Normalmente, essa suplementação é realizada no inverno, que é o período em que as pastagens apresentam deficiência nutricional”, explica o responsável pelo grupo, o professor Dr. Paulo Claudeir Gomes da Silva. Nesse sentido, inserimos no verão, uma suplementação contínua, que atrelada à pastagem de qualidade, potencializa o ganho de peso do bezerro. “Se antes o animal ganharia entre 500 e 600 gramas por dia, com esse manejo o ganho foi de 985 gramas por dia num período de 135 dias, uma média de 385 kg. Desse modo, percebemos que a prática pode agregar valor à pecuária”, conclui.
Participantes
Recém-formado em Agronomia pela Unoeste, Gabriel Chaves Parmezan participou do evento com o pai João. Na ocasião, o agrônomo apresentou algumas informações na estação do Gpagro, grupo de estudos que integrava. “É gratificante disseminar novas informações sobre as tecnologias que empregamos aqui na fazenda da universidade”, conta Gabriel. Para o seu pai, prestigiar esses eventos é muito positivo. “Nessas atividades, tenho a chance de obter informações que podem agregar à minha atividade”, comenta João.
O casal Rubens Leão Cavalcanti e Andrea Cavalcanti veio de Presidente Prudente (SP), para o dia de campo. “É a primeira vez que integramos uma ação da instituição”, diz Rubens. Para ele, essa postura da universidade é muito importante. “Esses momentos promovem a difusão da tecnologia que pode ser aplicada ao campo”, encerra.
Estiveram também no evento, os estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) “Doutor Luiz César Couto”, da cidade de Quatá (SP). “Eles estavam bem ansiosos para participarem dessa atividade”, revela o professor da instituição, Bruno Correia Brito. Segundo ele, as turmas de agropecuária e agronegócio demonstram interesse em fazer cursos na área de agrárias, e a Unoeste pode ser uma opção de estudo. “Temos alunos de outros estados como do Mato Grosso do Sul e do Acre, que pretendem continuar a formação aqui na região. Nesse sentido, atividades que demonstram um pouco da rotina da universidade podem ajudar na escolha pela graduação e pela instituição onde vão estudar”.
Filantropia
O 6º Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária” contabilizou a arrecadação de 273 kg de alimentos não perecíveis que serão doados para uma instituição de caridade de Álvares Machado (SP).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste