Jovens sonham com o ensino superior e transformam suas vidas
Tanto para estudantes ou para quem já se formou, diploma é sinônimo de realização pessoal e porta de entrada para o mercado
Desempregado e em meio à crise econômica de 2016, Breno Guanais dos Santos, 22, viu na venda de ovos e de amendoim uma saída para pagar as suas despesas. Três anos depois, o hoje estudante de Agronegócio da Unoeste é um empreendedor ‘nato’ e se dedica à comercialização de amendoins doces e salgados. “Estou vencendo graças ao meu empenho e à formação que adquiro na universidade”, revela. A jornalista Isabela Rocha Eugênio, 21, e a professora de história Jackeline Cristina de Araújo Oliveira, 31, também sonharam, acreditaram e já conquistaram o diploma de ensino superior. Para elas, a graduação obtida na instituição proporcionou novas experiências e deu um novo sentido para suas vidas.
Natural de Bastos (SP), há cerca de 90 km de Presidente Prudente, Santos viaja diariamente para estudar Agronegócio. Durante o dia, ele visita a clientela e realiza a entrega dos pacotinhos de amendoins doces e salgados. No ônibus que vem para a faculdade, também aproveita para vender os produtos aos colegas da sua cidade. “Comecei há três anos e hoje já consigo trabalhar somente no meu negócio”, revela o acadêmico.
Segundo o jovem, depois que ingressou na universidade passou a olhar o seu negócio de outra forma. “Antes, eu comprava o amendoim doce ou salgado em bastante quantidade e reembalava com a minha marca. Agora, apesar de adquirir alguns tipos de amendoim para revenda, eu também compro o produto in natura e realizo o seu processamento, gerando valor e qualidade para esses aperitivos”. Ele revela ainda que na região onde mora, o mercado é muito concorrido. “Percebi que já existia amendoim de maçã do amor, chocolate e groselha, mas leite ninho ainda não. Por isso, pesquisei receitas, fui fazendo ajustes, até chegar ao produto final”. Ele destaca que o campeão de vendas é justamente a sua receita diferenciada.
No 5ª termo de Agronegócio, Santos destaca as mudanças que o ensino superior trouxe à sua vida. “Tenho aprendido muito, desde o funcionamento do fluxo de caixa, logística, estoque, até as ações que agregam valor ao meu produto e ajudam na sua divulgação. Com os embasamentos sobre empreendedorismo, planejamento e controle, acreditei no meu potencial e hoje tenho a minha própria empresa”.
Aos 21 anos, Isabela Rocha Eugênio, formou-se em Jornalismo no segundo semestre de 2018. A jovem é cega de nascença, mas para ela essa condição nunca foi empecilho para os seus sonhos. “Sempre digo para as pessoas que eu não sinto falta de uma coisa que eu nunca tive, foi o meu mundo desde que eu nasci, foi a minha vida sempre. Nunca me senti exatamente diferente. É claro que com o passar dos anos adaptei algumas coisas, mas sempre tive muita ajuda de amigos, familiares e professores”.
Ela afirma que sempre quis cursar uma faculdade e optou pelo jornalismo, pois tem paixão pela escrita. “Claro que, ao longo dos anos de graduação, eu acabei me identificando com outras áreas da profissão e tendo ótimas experiências em todas elas, mas a vontade de trabalhar escrevendo prevalece”.
Isabela afirma que não teve grandes dificuldades durante o curso. “Os professores foram ótimos e sempre estiveram dispostos a adaptar tudo da melhor maneira possível. Os materiais em sua maioria eram digitalizados, o que facilitou muito e, quando não eram, eu podia contar com os docentes e colegas que me auxiliavam”.
A recém-formada lembra que sempre participou das atividades e vivenciou todas as experiências possíveis. Seu TCC foi justamente na área de fotografia. “Foi desafiador aprender a fotografar e mais incrível ainda, descobrir que sou mesmo capaz de realizar uma tarefa que, a princípio, pensava ser quase impossível”. Atualmente, ela realiza alguns trabalhos como freelancer. “Minha área favorita é a on-line e é com isso que pretendo atuar. Também tenho um amor pelo jornalismo literário e espero, algum dia, me especializar e aprender mais a respeito”.
Para Jackeline, a formação obtida foi fundamental para a sua atuação. Em 2016, ela se graduou em História e, ano passado, concluiu a especialização em História, Sociedade e Cultura, ambos pela Unoeste. Moradora de Sandovalina (SP), conta que é agricultura e, na época da faculdade, viajava todas as noites para estudar em Presidente Prudente. “Para conquistar a graduação eu devo muito à minha mãe, que me ajudou e apoiou. Chegava em casa mais de meia noite e acordava às 5h, para tirar leite das vacas”, recorda.
Expõe que os bons ensinamentos obtidos na Unoeste foram motivadores na sua carreira docente, já que atua em uma escola municipal de sua cidade. “Sempre gostei de história contemporânea e essa afinidade aliada ao embasamento sólido que adquiri me possibilita desenvolver plenamente essa abordagem com os alunos. Tenho a chance de levar para a sala assuntos mais recentes que despertam o interesse deles e fazem com que percebam a importância da história em nossas vidas”.
Aos 31 anos, a egressa comemora mais uma etapa em sua carreira: fará mestrado profissional em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O ProfHistória é um programa de pós-graduação que visa a formação continuada de professores da área, que atuam na educação básica. Esse programa stricto sensu é coordenado pela instituição carioca e ofertado em universidades que integram a Rede Nacional do ProfHistória. Nesse caso, meus estudos começam em março na Universidade Estadual de Maringá (UEM/PR)”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste