Sexta-Feira, 8 de Novembro de 2019

Simpósio de Atualização traz temas relevantes da enfermagem

8ª edição do evento acontece até amanhã (9); programação conta com palestras, minicursos, gincana e a tradicional cerimônia da Passagem da Lâmpada

  • Foto: Gabriela Oliveira Simpósio de Atualização traz temas relevantes da enfermagem Cuidado com Feridas na Atenção Básica foi abordado por Fernanda da Secretaria Municipal de Saúde

Tradicionalmente, o curso de Enfermagem da Unoeste promove o Simpósio de Atualização. Tal iniciativa, que se encontra em sua 8ª edição, é um importante momento que traz temas pertinentes à futura profissão. Apresentaram-se, na abertura realizada na manhã de hoje (8), no Teatro César Cava, as enfermeiras Fernanda Trevisan do Prado, da Secretaria Municipal de Saúde e Shirley Nemézio Zuniga, do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente.
 
Organizado pela coordenação e docentes em parceria com o diretório acadêmico, atlética e as ligas acadêmicas, o evento prossegue até amanhã (9). No período da manhã deste primeiro dia, os participantes foram recepcionados com uma apresentação musical realizada pela banda Nursing Action composta por alunos e professores do curso. Em seguida, Fernanda Trevisan do Prado abordou o tema “Cuidado com Feridas na Atenção Básica”.
 
A profissional comenta que a intenção foi apresentar o trabalho realizado no município voltado para as feridas em geral, destacando principalmente o tratamento e a prevenção da lesão por pressão. “Esse tipo de ferida acomete pessoas acamadas e com deambulação prejudicada. Como elas ficam muito sentadas ou deitadas, existe uma pressão do tecido corporal contra o colchão ou almofada, provocando o desenvolvimento da ferida”.
 
Segundo ela, graças ao trabalho preventivo da Secretaria de Saúde, o número de casos desse tipo de lesão é bem insignificante. “Nesse sentido, a maioria das feridas ou lesões acontece por situações de insuficiência vascular, associadas aos agravos crônicos, diabetes, ou até mesmo, casos ligados ao tabagismo. Disponibilizamos para a comunidade materiais e coberturas importantes para o tratamento, que geram um resultado bem bacana”.
 
Fernanda destaca que o papel do enfermeiro nesse contexto é essencial. “É ele que conduz todo o processo desde a avaliação, definição da conduta, de como vai ser realizado o curativo, articulação de toda a rede solicitando apoio quando necessário de outros profissionais, até o momento final de cicatrização dessa ferida e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida para o paciente”.
 
Ela lembra a importância da participação do paciente e de sua família nesse processo. “Graças a isso, temos conseguido bons resultados. Por exemplo, nos casos de úlcera por pressão precisamos de uma mudança de vida e de postura que envolve o reposicionamento do paciente, a hidratação da sua pele até uma alimentação adequada. Essas orientações são todas transmitidas por nós”.
 
Sobre a vinda à Unoeste, conta que ficou muito grata pelo convite. “Compartilhar a minha experiência durante esses sete anos na atenção básica é muito importante para mim como enfermeira e para o município, pois é uma forma de aproximar os acadêmicos da nossa realidade para que eles se interessem cada vez mais pelo assunto e área de atuação”.
 
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Após essa abordagem foi a vez de Shirley Nemézio Zuniga se apresentar. Enfermeira no Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Sciras) do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente, ela falou sobre a “Atuação do Enfermeiro na Prevenção e Controle de Infecção de Corrente Sanguínea Associada ao Cateter”.
 
A profissional esclarece que as infecções por cateter não são tão comuns, porém, estão entre as mais graves. “Os pacientes mais suscetíveis são os recém-nascidos, idosos ou com um tempo de internação prolongada e que passaram por vários procedimentos”.
 
Durante a explanação, comentou um pouco do seu papel no controle e na prevenção das infecções de corrente sanguínea, além de abordar a atuação dos enfermeiros assistenciais. “São duas vertentes bem diferentes. O meu trabalho é voltado para a vigilância e na busca de focos de infecção. Após essa detecção é realizada uma notificação para a Vigilância Sanitária. Já o enfermeiro assistencial, cuida do paciente no cotidiano à beira leito. Vai ser propriamente dito: a mão na massa, onde é ele que participa da inserção, do monitoramento e na manipulação do cateter”.
 
Formada em 2014 pela Unoeste, a ex-aluna revela ser muito gratificante voltar à universidade para esse momento. “Além da relevância do assunto, já que esses acadêmicos podem ser os futuros profissionais que lidarão com esses tipos de situações, é uma emoção falar um pouco do meu dia a dia. Fiquei muito lisonjeada com o convite”, termina.
 
8º Simpósio de Atualização de Enfermagem
Realizado até amanhã (9), o evento tem uma programação diversificada com palestras, minicursos, gincana e a tradicional cerimônia da Passagem da Lâmpada. De acordo com a coordenadora da graduação, Maria Nilda Camargo de Barros Barreto, o simpósio traz temas que precisam ser discutidos, pois a ciência é movimento e vai se modificando.
 
As acadêmicas María Antonia da Silva Quiroz, do 7º termo, e Mariana Lemos Duque de Medeiros, do 6º termo, participam da organização do simpósio. Integrantes do Diretório Acadêmico elas afirmam que esse envolvimento é capaz de desenvolver diversas competências. “Liderança, gestão de pessoas e trabalho coletivo estão entre as aptidões que adquirimos”, diz María. Para Mariana, também é trabalhada habilidades como a comunicação, fundamental para a futura atuação. “A organização e o planejamento também são características que conquistamos durante esse processo”, diz ela.
 
Maria Nilda declara que a Passagem da Lâmpada será realizada na noite desta sexta (8). Essa cerimônia é um momento único em que os acadêmicos que estão prestes a se formar, ou seja, no último termo, transmitem as suas experiências e compromissos para os estudantes do termo anterior. “A patrona da nossa profissão é a enfermeira Florence Nightingale. Durante a Guerra da Crimeia, ela conseguiu reduzir a mortalidade entre os soldados, pois todas as noites, percorria os leitos dos feridos com uma lâmpada para prestar os cuidados de enfermagem. Esse ritual é inspirado nela e é um momento de celebração da graduação. Para nós é um diferencial, pois essa cerimônia que já é tradicional em muitos países é pouco difundida no Brasil”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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