Leite, carne, ovos e mel estão presentes na alimentação diária das pessoas. Muitos entendem que esses alimentos são importantes e contribuem para uma vida saudável. Entretanto, poucos sabem que o profissional responsável pela produção de qualidade destes itens é o zootecnista. O curso de Zootecnia da Unoeste oferece uma estrutura física e pedagógica diferenciada que prepara os acadêmicos para esta atuação.
Marilice Zundt Astolphi é a responsável pelas disciplinas de Nutrição Animal. Ela explica que a área é responsável pela manipulação da composição química destes derivados. “Conforme pesquisas já realizadas, os derivados enriquecidos com ácido graxo poli-insaturado beneficiam o sistema cardiovascular e, também, propiciam a prevenção da hipertensão, inflamações, asma, artrite, psoríase e vários tipos de câncer. Desta maneira, o zootecnista contribui por meio de diferentes práticas, como por exemplo, na manipulação da ração animal, com o acréscimo de ômega 3 e 6”.
Ela observa que a zootecnia é uma área do conhecimento que abrange um largo espectro de campos dos saberes. “Existem vários segmentos de trabalho, como planejamento, economia e administração, assim como, o melhoramento genético, ambiência, biotecnologia, reprodução, saúde, bem-estar e o manejo de animais inseridos nos sistemas produtivos, também englobando a nutrição, alimentação, formação e produção de pastos e forragens”.
Marilice comenta que existe a necessidade do acompanhamento do produto desde o início de sua cadeia produtiva (nascimento do animal). “Isso exige o envolvimento destes profissionais nas etapas de cria, recria, terminação até a industrialização, onde ocorre a transformação da matéria prima em alimento”.
A docente revela que a graduação oferece todos os recursos necessários para um preparo teórico e prático. “Centro zootécnico, laboratórios técnicos, biblioteca atualizada e Fazenda Experimental são alguns dos espaços utilizados pelo curso. É importante destacar o quadro de professores mestres e doutores, que atuam em conjunto para proporcionar ao estudante conhecimento técnico-científico, possibilitando o sucesso no mercado de trabalho e colaborando para uma melhor qualidade de vida da sociedade na qual está inserido”.
Ana Cláudia Ambiel coordena o curso de Zootecnia da Unoeste. Ela comenta que a formação na universidade possui entre os diferenciais, atividades que estimulam a desenvoltura dos alunos. “Ações como seminários, estágios e apresentações de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) capacitam os universitários no âmbito da comunicação, aspecto que hoje em dia é um muito importante e levado em consideração na hora da contratação por parte das organizações”.
Cristiane Zuliani de Lordo formou-se em 2012. Atualmente a zootecnista trabalha como supervisora em bem-estar animal na Marfrig Alimentos S/A, em Promissão (SP). “A partir de uma visita à empresa, realizada pela graduação, tive a oportunidade de conhecer a parte de confinamento de ovinos. Por meio desta atividade, realizei contatos que posteriormente me ajudaram na conquista do meu primeiro emprego”. Sobre o cargo que exerce, ela descreve que atua em diversos setores, como na indústria, com a avaliação de carcaças, no escritório, elaborando planilhas e diretamente com os bovinos e ovinos, por meio do desembarque dos mesmos, instalação nos currais e abates. “Tenho a chance de trabalhar com a minha grande paixão que são os cordeiros, além disso, as minhas funções me permitem realizar melhorias estruturais, que garantem um abate humanitário, minimizando o sofrimento desnecessário destes animais”.
Leandro Tomazini Carneiro se formou em 2011 e atua como zootecnista – técnico de campo na Frangos Pioneiro, em Joaquim Távora (PR). Ele explica que as experiências fornecidas pelo curso, neste setor, foram fundamentais para adquirir o emprego. “A avicultura é uma ótima área para ser explorada e que ainda tem poucos adeptos, pois muitos preferem segmentos mais conhecidos. O meu interesse surgiu depois que tive as disciplinas de Nutrição de Monogástricos, Avicultura de Corte e Postura. Deste modo, comecei a procurar estágios para enriquecer os meus conhecimentos, que foram fundamentais para esta atuação. Muitas das informações que repasso para os produtores que integram a empresa foram aprendidas na Unoeste”.
Em relação as suas funções, o egresso descreve que presta assistência técnica para 35 integrados (produtores), com um total de 600 mil frangos. “Muita gente só conhece o frango na embalagem e nem imagina o longo processo até chegar à gôndola do supermercado. Toda semana faço visitas aos integrados, para verificação da evolução dos animais, cuido do manejo, inspeção de aviários, saúde, produtividade, qualidade e também sou responsável pelos cuidados ambientais. Estou muito satisfeito em desempenhar estas tarefas, pois sempre quis trabalhar a campo. Além disso, esse contato direto com estas pessoas é muito gratificante e permite que eles tenham bons resultados”, encerra.
Mercado em ascensão – De acordo com Ana Cláudia, o zootecnista possui um papel decisivo em toda a cadeia produtiva de alimentos de origem animal. “Até a sua regulamentação em 1968, pela Lei Federal 5.550, a zootecnia como ciência era uma disciplina nos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária. Devido a crescente necessidade pela especificidade da produção animal, já não mais atendidas pelas outras profissões, nesses 46 anos existem mais de 104 cursos de zootecnia no Brasil que já formaram mais de 20 mil profissionais”.
Ela argumenta que essa tendência de especificidade das carreiras foi se definindo naturalmente ao longo dos anos. “O mercado de trabalho e a sociedade identificaram o zootecnista como profissional da produção animal, por reunir na sua formação o maior numero de disciplinas voltadas para a criação e produção animal”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste