Para a produção da dissertação “Uso de diferentes gelificantes e de um esterilizante em cultura de segmentos nodais de batata-doce” a engenheira agrônoma Joice Yuri Minamiguchi desenvolveu dois experimentos. Durante a banca de defesa pública na tarde desta segunda-feira (22) apresentou oficialmente os resultados. Entre os gelificantes Phytagel e Ágar, o primeiro apresentou melhores resultados. O esterilizante Kathon apresentou eficiência nas duas primeiras de quatro doses, com bons resultados na produção de mudas livres de fungos e bactérias.
Conforme o orientador Dr. Nelson Barbosa Machado Neto trata-se de um estudo novo, no qual a pesquisadora não encontrou precedentes. Os resultados obtidos podem ser referendados ou não e também sugerem outras pesquisas, não somente com a batata-doce, mas com outras espécies de culturas. Pensamento compartilhado pelas componentes da banca, as doutoras Alessandra Farias Ribas e Maria Auxiliadora Milaneze Gutierre, na condição de membro externo, convidada junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM). O trabalho foi coorientado pelo professor doutor Luiz Gonzaga Esteves Vieira.
A apresentação ensejou amplo debate sobre o tema, com a aprovação para que a autora do estudo receba da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação o título de mestre em Agronomia. A banca estimulou Joice para que faça o doutorado, na própria instituição onde acaba de concluir o mestrado e onde também fez a graduação. “É algo que me propus a fazer e todo empenho não é mais que minha obrigação”, disse Joice durante sua fala final, de agradecimento a todos os envolvidos no processo e em relação à fala do orientador sobre a eficiência demonstrada em todas as etapas da pesquisa.
A batata-doce é bastante consumida enquanto alimento na Ásia, África, América Latina e centro-sul dos Estados Unidos. Na China é utilizada como amido para engomar tecidos. No Brasil os dois maiores polos consumidores são o Rio Grande do Sul e o Nordeste. São Paulo está entre os maiores produtores. A batata-doce também é utilizada na produção de cosméticos e de corante alimentícios. Todavia, o produto poderá ganhar maior importância se passar a ser utilizado na produção de etanol.
De acordo com Machado Neto e com o que foi exposto por Joice, é de baixo custo a produção de batata-doce e tem rentabilidade maior que a cana-de-açúcar na produção de etanol, sem contar que pode ficar no solo até por um ano. São condições que levam o setor sucroalcooleiro a se voltar para a possibilidade de na entressafra passar a processar a batata-doce. Se isso acontecer, o produto ganhará em importância e sua área de produção deverá ser aumentada enormemente, com o experimento desenvolvido na Unoeste e outros que vierem pela frente, podendo prestar significativa contribuição nas produções de mudas de batatas branca, amarela e roxa.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste