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Foto: Mariana Tavares
Mesmo com propostas de trabalho em cidades maiores, Juliene Botti Silva preferiu permanecer em Presidente Prudente
Buscar oportunidade de emprego em grandes centros não é mais a prioridade da maioria dos acadêmicos. Muitos concluem a graduação e preferem se estabelecer em municípios menores. O Censo de 2010 comprova este cenário ao definir que muitos brasileiros estão saindo das capitais rumo a cidades vizinhas. São Paulo ainda é o mais procurado, porém, de cada dez pessoas que vão morar no estado, somente quatro permanecem na capital. Aponta que entre 2005 e 2010, a capital paulista perdeu 387 mil moradores.
Tranquilidade, qualidade de vida e custo de vida baixo são perspectivas que favorecem na hora de optar. A fonoaudióloga Juliene Botti Silva, formada pela Unoeste em 2010, conta que decidiu ficar em Presidente Prudente e trabalhar em consultório juntamente com outros profissionais. “Preferi permanecer na cidade pelo vínculo que já tenho, pois minha família é daqui”. Ela conta que recebeu propostas de emprego em cidades maiores, porém, avaliou que teria muitos gastos com moradia, alimentação e transporte, o que “não compensaria o salário”. Além disso, ela pontua que o dia a dia nas capitais é mais estressante.
Marco Aurélio Munhóz, graduado em Ciência da Computação pela Faculdade de Informática (Fipp/Unoeste), trabalha atualmente como gerente de desenvolvimento de uma empresa prudentina. Salienta que quando concluiu o curso já estava empregado na área, mas tinha vontade de se mudar para um grande centro. Desistiu ao perceber que as propostas salariais não compensavam. “Vendo isso, eu e minha esposa decidimos permanecer na cidade”, comenta.
Arranjo Produtivo Local – Estimular o desenvolvimento de uma cadeia produtiva. Essa é uma das principais propostas dos Arranjos Produtivos Locais (APLs). Desde o ano passado, Presidente Prudente e região contam com um APL de empresas que produzem software – único no Estado de São Paulo. A proposta é criar condições para que essas empresas cresçam e, consequentemente, beneficiem os funcionários, como explica Emerson Silas Dória, coordenador de cursos da Faculdade de Informática (Fipp/Unoeste), uma das gestoras do projeto, juntamente com o Sebrae-SP.
Segundo ele, uma das ações do APL que está contribuindo para fortalecer esse ramo na região é a capacitação que as empresas estão realizando para obtenção da certificação de qualidade MPS.Br (Melhoria do Processo de Software Brasileiro), do Softex, de Campinas (SP). “Isso representa muito para quem está se formando. Ribeirão Preto é a cidade que mais tem empresas certificadas, com 19. Alcançando essa meta iremos conseguir transformar nossa região num centro de referência, o que irá contribuir para que os profissionais permaneçam aqui”, salienta.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste