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Foto: Cedida
Suelen revela que ainda tem muita coisa para ser descoberta sobre o protozoário, por isso, vai seguir com a pesquisa no doutorado
Com pesquisa inédita no Brasil, egressa do curso de Medicina Veterinária da Unoeste, concluiu, recentemente, pós-graduação stricto sensu em Oftalmologia Veterinária, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Suelen Berger Baldotto, 28, aprofundou os estudos em um protozoário que afeta o sistema oftálmico de animais e também de seres humanos, através do projeto “Investigações sobre oftalmologia de animais de companhia não convencionais, com ênfase na soroprevalência do Encephalitozooncuniculi”. Foi constatado alto número da doença no Brasil.
Para desenvolver o trabalho, a ex-aluna foi contemplada com uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Por isso, durante dois anos, se dedicou integralmente a pesquisa. “Trabalhei dentro da universidade, atendendo no ambulatório, participando de projetos de extensão, e ajudei outros projetos de colegas de mestrado e doutorado”. Suelen conta que sempre teve interesse pela área acadêmica e de pesquisa, e que todos os seus estágios foram feitos em hospital escola.
Após concluir duas residências e uma especialização, ela encontrou no mestrado a oportunidade de conciliar atendimentos e pesquisa. Em relação à escolha do estudo, Suelen frisa que sempre gostou de oftalmologia veterinária e parasitologia. Com o projeto, pode trabalhar com os dois. “Pesquisei uma doença que aqui no Brasil ainda não havia sido aprofundada, sendo uma zoonose. Também fiz testes oftálmicos em coelhos [Oryctolagus cuniculus] e carcarás [Caracaraplancus]”, explica.
Suelen salienta que o projeto contribuirá muito com a saúde pública, já que a doença infecta também seres humanos. “Poderá auxiliar no diagnóstico diferencial de outras doenças, e, com isso, instituir tratamento adequado para ambas as espécies acometidas”, afirma. Com a conclusão de mais uma etapa acadêmica, Suelen revela que irá seguir para o doutorado na mesma área. “Ainda existe muita coisa a ser descoberta sobre este protozoário”, garante.
A confirmação de que o gosto pela pesquisa sempre existiu, está no vasto currículo acadêmico dela. Com residência em Clínica Médica e Oftalmologia Veterinária na UFPR, especialização em Clínica Médica e Cirurgia de Pequenos Animais pela Unoeste, e agora mestre na área, ela já se prepara para a prova do doutorado que ocorrerá no final deste ano. Atualmente, a egressa realiza atendimentos domiciliares, em especial, na área de oftalmologia, e continua com os estudos. “Com certeza, pretendo seguir para a docência. Gosto de ensinar, dividir conhecimentos e atender em hospital escola”, aponta.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste