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Foto: Cedida
Helen de Aguiar Cristofani, Soraia Angélica Mohanna e Cristiane Pirondi Góes autoras do trabalho; na foto durante formatura na Unoeste
As egressas do Curso de Nutrição da Unoeste, Helen de Aguiar Cristofani, Soraia Angélica Mohanna e Cristiane Pirondi Góes, graduadas em 2006, tiveram o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) denominado “Nutrição como terapia para pacientes soropositivos para HIV”, publicado na forma de artigo de revisão na revista científica ‘Jornal Brasileiro de Aids’. A pesquisa foi desenvolvida nos últimos dois semestres do curso com a orientação dos professores Jair Rodrigues Garcia Júnior e Giovana Mochi Davanço.
A ex-aluna Helen Cristofani explica que o artigo faz uma caracterização da Aids e relaciona a doença com os aspectos nutricionais. “Quando a Aids se manifesta, fragiliza o sistema imunológico e torna o paciente mais propenso às denominadas ‘infecções oportunistas’, fazendo com que o estado nutricional também se deteriore”.
A nutricionista Soraia Mohanna informa que ocorre um aumento do estado catabólico (utilização das reservas de nutrientes) e maior gasto de energia, o que deve ser compensado com uma dieta especial para que não haja diminuição muito significativa do peso corporal, conhecido como ‘caquexia’. Também são comuns infecções do aparelho digestório, o que dificulta a alimentação normal”, completa a egressa.
Ela ressalta ainda que o artigo aborda uma outra conseqüência da Aids: a lipodistrofia, muito estudada nos últimos anos. “A lipodistrofia, causada pela doença, é a re-distribuição da gordura em diferentes regiões corporais e aumento de gordura na circulação sanguínea”, diz Soraia.
Para o professor doutor do Curso de Educação Física da Unoeste, Jair Rodrigues Garcia Júnior, a lipodistrofia é algo preocupante, pois predispõe o paciente a problemas cardiovasculares. “Além dos medicamentos comumente utilizados para o controle de gorduras circulantes, como o colesterol, sempre há opção da dieta. Por isso, o artigo aborda a Dieta do Mediterrâneo e sua possível utilização pelos pacientes com a doença”.
Cristiane Góes destaca que “a Dieta do Mediterrâneo, utilizada na região da Europa, que lhe dá o nome, vem se mostrando eficiente para redução das gorduras circulantes ao longo dos vários anos que vem sendo estudada, por isso, podemos considerar a possibilidade de adaptar e adotar na dietoterapia para esses pacientes”, conclui.
O Jornal Brasileiro de Aids está disponível na Rede de Bibliotecas da Unoeste, na Unidade de Informação do Campus I.
Saiba Mais - Dieta do Mediterrâneo, ou Dieta Mediterrânea é um tipo de alimentação característica de alguns países da região do mar Mediterrâneo (Itália, Grécia, Portugal, Espanha, França e outros). Este padrão alimentar é composto, basicamente, de vegetais, legumes, tomate, alho, frutas (maçã) e, principalmente, óleo de oliva, canola, cereais pouco moídos, nozes (pecan) e sementes, queijo branco e iogurte, além de vinho.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste