Programas oportunizam pesquisa para graduação e ensino médio
Levantamento dos últimos dez anos apresenta resultados fantásticos aos que fizeram iniciação científica
Programas de iniciação científica têm apresentado resultados fantásticos na Unoeste, conforme revelam informações levantadas junto aos egressos e relacionadas aos que estiveram inseridos em programas de concessão de bolsas por agência de fomento. O resultado da verificação sobre resultados alcançados é anunciado ao mesmo tempo em que são abertas as inscrições para os processos de seleção de novos projetos para iniciantes.
Aplicado em 2020, o primeiro levantamento de informações foi mediante questionário enviado pelo Google Forms para 94 ex-alunos que participaram como voluntários e anônimos. O retorno foi de 39 respondentes, sendo 18 de cursos das áreas de biologia e saúde, 14 das agrárias, 5 das exatas e engenharias e 2 das ciências humanas e sociais aplicadas. Após a iniciação científica, 41% disseram que ingressaram no mestrado, 38,5% conseguiram emprego na área e 35,9% fizeram especialização. São percentuais que revelam que alguns fizeram mais de uma coisa ao mesmo tempo.
Grande exemplo
Por conta do anonimato, não é possível saber se a hoje doutora em fisiologia e saúde animal Dayane Aparecida Francisco da Silva esteve entre os que responderam o questionário. Mas, a construção de sua história acadêmica é um exemplo de quanto a iniciação científica é importante, inclusive com bolsa e, no seu caso, com a orientação da Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira. Médica veterinária formada pela Unoeste, com ingresso em 2008 e finalização em 2013, durante estes seis anos Dayane fez sete iniciações científicas.
Ela afirma que a iniciação científica foi fundamental em toda sua caminhada acadêmica desde a graduação, mestrado e no doutorado, ambos na própria Unoeste. Atualmente, leciona nos cursos de Medicina Veterinária e de Zootecnia, além de ser responsável pelo Laboratório de Habilidade e Simulação em Medicina Veterinária. “O contato precoce com a pesquisa contribuiu na decisão de buscar as titulações de mestre e doutora”.
Auxílio fundamental
Natural de Presidente Prudente (SP) e com o ensino básico feito em escolas públicas, oriunda do ensino médio na Escola Estadual Professor Placidio Braga Nogueira que fica zona leste da cidade, Dayane obteve ótima pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que resultou na conquista de bolsa de estudos pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Durante o mestrado e o doutorado foi contemplada com taxa; o que classifica como auxílio fundamental para que pudesse continuar estudando.
O exemplo da caminhada vitoriosa da Dra. Dayane Aparecida Francisco da Silva pode ser seguido por estudantes dos cursos de graduação da Unoeste para procurar por seus professores pesquisadores visando as inscrições de projetos nos processos de seleções em duas modalidades: Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic) e Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), ambos com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).
Ótima oportunidade
A oportunidade ofertada no ensino superior também está aberta para os estudantes de escolas públicas, através do Programa Institucional de Iniciação Científica do Ensino Médio (Pibic-EM), com bolsas do CNPq; e os de escolas particulares com bolsas da Unoeste EM. São 12 bolsas Pibic, 1 Pibiti, 8 Pibic-EM e 6 Unoeste EM. As bolsas do CNPq ofertadas 2011 e até 2020 atendeu 118 graduandos Pibic. Desde de 2018, foram 23 bolsistas Pibic-EM e Pibiti, 20 dos quais estudantes do ensino médio.
Com informações disponibilizadas em nome do Comitê Institucional de gestão dos programas e que tem à frente a Dra. Alessandra Ferreira Ribas, o Dr. Jair Rodrigues Garcia Junior comenta sobre o levantamento de dados juntos aos egressos, dizendo que os resultados confirmam que a participação nos programas de iniciação científica e tecnológica do CNPq-Unoeste contribuem de forma significativa na formação durante a graduação.
Gostos pela pesquisa
Segundo o comitê, a proporção significativa destes jovens reforçam seus gostos pela pesquisa e realizam outros projetos ainda na graduação ou partem para pós logo depois da formatura. Além da pós-graduação lato sensu ou stricto sensu e do emprego, os dados obtidos são muito significativos, já a partir de graduação com quase 90% com médias superiores em relação aos colegas de turma e mais de ? com publicações de artigos em revistas científicas, ou seja: 41%. Outros 17,9% têm publicações em anais de eventos científicos.
Após a primeira iniciação científica, 71,8% realizam outra ou outras, sendo que destes 43,6% são bom bolsas do CNPq, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Unoeste. Sobre a importância de ser bolsista para ingresso na especialização, mestrado e doutorado, 71,8% classificam como extremamente importante, 10,3% como muito importante e restante como importante. Quanto à ocupação atual dos egressos, 30,8% cursam mestrado, 12,8% doutorado, 25,6% empreendedores ou autônomos e 15,4% especialização.
Diferentes degraus
Na pós stricto sensu, com bolsas da Capes, os números apontam 20,5% no mestrado e 12,8% no doutorado. Em relação às titulações já alcançadas 15,4% são especialistas e 15,4 mestres, além de 2,6% doutores. Sobre a expectativa de maior titulação, 35,9% querem o mestrado e 35,9% o doutorado. Dentre as motivações para fazer iniciação científica, 82,1% responderam ser a possiblidade de fazer pesquisa; 59% a possibilidade de fazer mestrado ou doutorado e 48,7% como possibilidade de enriquecer o currículo.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste