Em 1979, o Dr. Paulo César Naoum, considerado um grande especialista nas áreas de câncer e de hematologia, esteve na Unoeste para uma palestra sobre genética no curso de Farmácia. Quatro décadas depois, ele retornou à instituição para se apresentar na abertura do 4º Simpósio de Biomedicina do Oeste Paulista, da 13ª Jornada de Iniciação Científica e do 3º Encontro de Egressos da graduação da universidade. “Agora, me deparo com uma universidade extremamente complexa, muito bonita e que se tornou uma referência nacional. É muito bom estar aqui e ver essa evolução positiva, principalmente no curso de Biomedicina que é recente e já possui uma trajetória de sucesso”, diz.
 
Autor de livros e artigos científicos no Brasil e no mundo, Naoum é fundador e diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto (SP). O profissional ministrou a palestra de abertura do simpósio realizada na noite dessa segunda-feira (18), intitulada “Panorama histórico, desenvolvimento e atualizações em Hematologia”.
 
Segundo ele, a ideia foi trazer a evolução tecnológica e científica da hematologia que estuda as doenças do sangue, mostrando alguns aspectos relacionados ao período entre 1920 e 1970. “Depois nós temos um momento interessante e crucial que foi o aparecimento do HIV, trazendo uma revolução na tecnologia dos diagnósticos médicos e também do tratamento. Nessa busca obsessiva para resolver o problema desse vírus e da Aids, houve uma grande conjunção de esforços de pesquisadores, laboratórios e de indústrias farmacêuticas que mudou completamente a medicina e, diretamente, a biomedicina. Nesse sentido, passei uma leve demonstração do que ocorreu até os conhecimentos atuais que têm esse fato como referência”.
 
Naoum aproveitou para lembrar que a biomedicina é um curso de formação eclética e muito ampla, principalmente, nas áreas de diagnósticos médicos, tanto de análises clínicas, quanto por imagens, além da pesquisa. “Esses futuros profissionais terão um mundo enorme de possibilidades. É até difícil de elencá-las, pois em cada situação existe uma abertura para a aplicação do embasamento do biomédico”.
 
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Na solenidade de abertura também esteve presente o vice-presidente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), Dr. Edgar Garcez Junior. “A entidade procura ter o maior número de participações possíveis em todos os eventos das instituições a fim de se aproximar dos acadêmicos. Por conta da relação estreita com a Unoeste, busco sempre estar presente nas ações da universidade”, revela.
 
Destaca que o curso de Biomedicina da Unoeste cresceu muito nos últimos anos e é extremamente reconhecido pela qualidade dos profissionais que se formam e pelos próprios conselheiros do CFBM que conhecem muito da área da educação. “Existe uma possibilidade enorme de crescimento para a atuação do biomédico na região de Presidente Prudente que é forte na agropecuária e esse fator pode abrir muitas possibilidades, principalmente para aqueles que estão se desvinculando um pouco da área da saúde, atuando em segmentos como a indústria de transformação ou na veterinária, com melhoramento genético”.
 
Quem também palestrou no primeiro dia do evento foi Taise Vitor do Hospital Israelita Albert Einstein e o ex-aluno da graduação, Anderson Ricardo Peres de Brito. Formado em 2016, ele trabalha nos estados do Paraná e de Santa Catarina com Aplication que é uma área de diagnóstico por imagem. “Falei um pouco sobre o universo do ultrassom. Apesar de ser um exame realizado por médicos, o biomédico desenvolve um papel primordial que envolve o treinamento do médico com o aparelho de ultrassonografia, bem como a configuração da mesma para o melhor desempenho durante o exame”.
 
Ele conta que ficou surpreso quando foi convidado para participar do evento e se sentiu muito honrado. “Estar na condição de profissional na instituição me dá um sentimento de orgulho. O fato de compartilhar minhas experiências e os meus conhecimentos me enche de emoção, pois ensinar é a arte mais linda que a vida nos oferece. É com grande felicidade que passo a frente tudo que vivencio e aprendo no meu trabalho”.
 
O jovem de 29 anos acrescenta que uma boa formação associada à vontade de crescer profissionalmente, pode levar a alcançar grandes conquistas. “E a Unoeste, com sua grandiosidade em estrutura e corpo docente, me proporcionou todo o preparo para o mercado de trabalho”, conclui.
 
Evento acadêmico
O coordenador do curso de Biomedicina da Unoeste, Dr. Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues destaca que toda a organização das atividades foi realizada pelos próprios acadêmicos com o apoio docente. “Eles tiveram toda a autonomia para a escolha das temáticas e dos profissionais participantes”. Afirma que a programação se encerra na sexta-feira (22). “São oferecidas palestras, mesas-redondas, minicursos, além da apresentação de trabalhos, que conta com mais de 80 inscritos, inclusive de outras graduações”.
 
As acadêmicas do 6º termo, Fernanda Favareto, Bianca Maioline e Maria Clara Alves contam que iniciativas assim são oportunidades diferenciadas. “Às vezes, não podemos participar desse tipo de ações que são caras e em outras cidades e aqui temos a chance de vivenciar esses momentos. Outro ponto positivo é que essas experiências ampliam o nosso currículo e os temas diversificados nos possibilitam visualizar outras áreas de atuação”.
 
Abertura
Os participantes foram recepcionados com uma apresentação musical e, em seguida, foi composta a mesa principal que além dos doutores Paulo César Naoum, Edgar Garcez Junior e Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues teve a presença da acadêmica Mariana Fernandes, representando a comissão organizadora do evento.
 
Homenagem
Antes da palestra de Naoum, a 10ª turma de Biomedicina convidou publicamente as docentes que serão homenageadas na colação de grau dos formandos.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste