Experiências em áreas pediátrica, cardiológica e de tratamento de câncer foram partilhadas com acadêmicos na 22ª Jornada de Fisioterapia do Oeste Paulista, tradicionalmente promovida pela Unoeste. No último dia do evento, sexta-feira (29/8), o momento foi destinado a receber egressos do curso superior e também profissionais formados em outras instituições, dentre eles Jonathas José da Silva, fisioterapeuta do Hospital de Câncer de Barretos (SP) que assiste pacientes nas alas de ambulatório, enfermagem oncológica, pediatria oncológica, cuidados paliativos, hematologia e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Até em razão da grande complexidade dos casos de câncer, “cada âmbito de atendimento fisioterapêutico tem uma abordagem específica, com sua prioridade e atenção necessária”, declara Silva. O paciente é acompanhado por vários profissionais da área da saúde, inclusive pelo fisioterapeuta, quando entra no Hospital de Câncer até à alta. “Desde o momento em que recebe a notícia que está com a doença já enfrenta um choque, perde as crenças, depois tenta barganhar: ‘se eu sair dessa, faço tal coisa’, na próxima etapa tenta superar e, por último, se entrega ao tratamento”.

A palestra de Silva ocorreu no encerramento da Jornada de Fisioterapia, no teatro César Cava, campus I da Unoeste, onde também estiveram os formados no curso de Fisioterapia da universidade – Luiz Antonio Rodrigues Medina, egresso de 2008, e Gisele Cristina Zamberlan, da turma de 2003. Ela é especialista em fisioterapia respiratória e faz parte do quadro de pessoal da UTI neonatal e pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein, onde está há oito anos, em São Paulo. Especialista em fisioterapia em reabilitação cardiovascular e fisioterapia cardiorrespiratória, Medina está na mesma cidade e trabalha no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e no Hospital Sírio-Libanês.

Os estudantes que assistiram a palestra de Gisele foram apresentados à ventilação assistida ajustada neuralmente, usada para recém-nascidos prematuros. Segundo ela, trata-se de um apoio respiratório para bebês prematuros – nascidos no intervalo de antes de 31 semanas de gravidez até 37 semanas – “com a visão de aumentar a sincronia do paciente com o ventilador para poder respirar de maneira mais fisiológica e com a vantagem de se conseguir menos picos pressóricos e com volumes pulmonares menores”. A técnica, conhecida pela sigla inglesa de Nava, tem demonstrado ser bem segura, de acordo com a egressa, que aproveitou o momento de volta à universidade para pedir aos alunos que aproveitem ao máximo a qualidade de ensino e a capacidade dos professores da Unoeste.

Já Medina contou sobre a experiência que tem na parte de reabilitação cardiovascular, na qual acompanha os pacientes no pós-cirúrgico e após a saída do hospital. “Priorizamos planejar e organizar o atendimento desde a alta hospitalar, fazemos avaliação minuciosa com testes físicos funcionais, cardiopulmonares e ergométricos para prescrever o exercício físico da forma correta”. Além dos benefícios fisiológicos e da interação social, notadamente conhecidos por meio dos tratamentos fisioterapêuticos, o especialista destaca que “a fisioterapia também encoraja os pacientes, principalmente em relação a fazer exercício físico e voltar a uma atividade de vida normal”, algo fundamental para adotar bons hábitos.

Outros egressos também participaram desse bate-papo com os futuros profissionais como: Ana Karênina Dias de Almeida Sabela, Mariana Romanholi Palma e Mariane Fátima da Silva Araújo.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste