Quais são os efeitos das alterações do meio ambiente na área da fonoaudiologia? Para responder esta pergunta, a 10ª Jornada de Fonoaudiologia da Unoeste reuniu, em mesa-redonda, profissionais de diferentes áreas. Crescimento populacional, poluição, desenvolvimento regional, bem como os danos causados na audição estiveram dentre os assuntos destacados na primeira atividade do evento, que ocorreu na noite dessa segunda-feira (10), no campus I da universidade.

“Fonoaudiologia e Meio Ambiente: Doenças e Impactos” foi o tema da discussão que contou com a fonoaudióloga da saúde pública de Pirapozinho (SP), Aparecida Pavanelli Matosinhos, e das professoras Dra. Alba Arana, geógrafa e diretora da Faculdade de Artes, Ciência, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste, e Dra. Patrícia Antunes, coordenadora do bacharelado e da licenciatura em Química – ambas também do mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da universidade.

"Nossa área tem muita relação com as alterações do meio ambiente, por isso, trouxemos essas profissionais para tratar dessas questões, principalmente sobre a poluição voltada à utilização desmedida dos agrotóxicos e os danos que causam à saúde do homem, além de prejudicar o meio ambiente”, relata a professora da Fonoaudiologia que foi moderadora da atividade, Meire Judai. Segundo ela, existem vários danos causados pelos agrotóxicos, como “perdas auditivas, relacionadas à exposição a esses produtos e chamada de ototoxicidade, e algumas outras alterações que não são muito estudadas, como as vocais, que podem ocorrer em decorrência dessa exposição, desde crises alérgicas até modificações de estrutura que também estão em estudo”.

A jornada traz como novidade os painéis da Mostra de Resumos de Monografias. Ao todo, são 16 trabalhos desenvolvidos em 2014, sendo todos completos e com resultados divulgados, conforme expõe a coordenadora da graduação, Dra. Maria Cristina Corazza. A cerimônia de abertura ficou por conta do Coral da licenciatura em Música da Unoeste, conduzido pelas professoras Kátia Aparecida Calil e Luciana Carolina Fernandes de Faria. Sob o olhar atento do público, o grupo cantou e interpretou músicas do repertório popular brasileiro e foi muito aplaudido por todos os presentes.

Atividades da jornada – Conforme a coordenadora da graduação, esta edição amplia a possibilidade de discussão e aprendizagem para os alunos e egressos participantes, em razão da participação de profissionais de outras áreas do conhecimento. “Temos da química, geografia, pedagogia, psicologia, além de fonoaudiologia. Tudo isso é interessante para trabalharmos a visão multidisciplinar dos acadêmicos”.

A primeira palestra desta terça-feira (11) será ministrada pela ex-aluna da graduação, Danielle Prandini Gazabini, fonoaudióloga clínica e da Prefeitura de Anhumas (SP), que abordará “Considerações sobre Distúrbios de Aprendizagem em Crianças e Adolescentes”. Ela explica que crianças e adolescentes com esses distúrbios necessitam de um investimento pedagógico que estimule habilidades e potenciais de aprendizagem. “O fonoaudiólogo deve conhecer, por meio do processo diagnóstico com articulação multidisciplinar, as habilidades e dificuldades de cada indivíduo para orientar sua prática terapêutica e, principalmente, para orientar os professores e gestores das instituições educacionais que os pacientes frequentam”, relata.

Sobre retornar à universidade em que se formou em 2004, Danielle afirma ser uma honra. “Aprendi com os melhores mestres e doutores sobre a ciência que, hoje, é uma de minhas maiores paixões: a fonoaudiologia”. Na sequência de sua palestra, a psicóloga e docente da Unoeste, Deucy Ferruzi, falará sobre “Transtornos do Humor no século 21”. Por fim, amanhã (12), as fonoaudiólogas da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, Mariana Caldeira e Flávia Lanziani falam, respectivamente, sobre “Atuação Fonoaudiológica na Neonatologia” e “Perspectivas na Atuação Fonoaudiológica em UTIs com adultos”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste